quinta-feira, 19 de janeiro de 2006

Espalhado no chão

Espalhei no chão
As memórias
Não senti cores
Sons ou odores
Apenas ilusão
Apenas histórias

Procurei alegrias
E vi fantasias
Projectos sem dono.
Senti mãos frias
Medo e abandono
Procurei pensamentos
Senti tormentos

Espalhei as memórias
Sentei-me com elas
Entre lágrimas e glórias
Fecham-se janelas
Corre-se a cortina
E a noite permanece
Fogueira que não aquece
Dor que me fascina

Durmo acordado
Como tantas vezes fiz
Serena, a dor
Deita-se ao meu lado
Olha-me feliz
Olha-me com amor

E sinto-me chorar
Sinto-me morrer
Sinto-me gritar
Sem um som libertar
Sem sangue verter

Reli os minutos que vivi
E adormeci de cansaço
Junto a uma luz
Que ainda não perdi
Que me espera no fracasso
E que longe me seduz

Acordei
Vejo o passado que juntei
Sorrio finalmente
Finalmente...

9/Setembro/2004

1 comentário:

Anónimo disse...

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