quinta-feira, 26 de janeiro de 2006

Na rua chovia

Na rua chovia
A água caía
E eu nada via

Virei-me para ali
E foi quando me vi
Tão perto de ti

Com tanta emoção
Deixei pelo chão
O que tinha na mão

Fiquei sem saber
O que havia de fazer
Só queria te ver

A tua mão beijei
O teu rosto olhei
E para dentro chorei

Lembrei-me do mar
Da solidão ao luar
E de tanto te esperar

Lembrei-me da magia
Do teu olhar de alegria
E uma lágrima corria

Abracei-te no vento
E naquele momento
Senti-me sedento

De todo o desejo
De sentir um beijo
Do amor como o vejo

Então vi-te partir
Querendo te seguir
Mas sem conseguir

Vi a tua imagem
Perder-se na paisagem
Como uma miragem

E sozinho fiquei
Sem saber se sonhei
Se num pesadelo entrei

Resta-me a vida
Tantas vezes sofrida
Tantas vezes ferida

E uma ténue esperança
Como um sorrir de criança
Enquanto a alma se não cansa

Guardei a tua luz
Que tanto me seduz
E à menoridade me reduz

Tenho-te em mim
E sempre será assim
Minha flor, meu jardim

29/Dezembro/2004

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