domingo, 29 de janeiro de 2006

Confissões

Eu confesso...
Amar-te é loucura
Que sinto e não meço...
É luz que perdura
Na noite em que te espero
É sono que não tenho
Beijo em que te quero
É pedaço de vento
Em que vou e venho
É esquecido lamento
Num sorriso inventado...
Amar-te é doçura
É compasso ritmado
Longínqua amargura...
É mão que te sente
É olhar que chora
Por teu corpo ausente...
É sonhar um gesto teu
É face que cora
Por um beijo que se deu...
Amar-te é magia
É invejar o teu dia
É viajar à tua lua
Adormecer num abraço
Declamar-te num traço
Pintar-te nas paredes da rua...
Amar-te é pensamento
É guardar-te no Sol
Sonhar-te ao luar
É doce momento
Que gosto de recordar
No meu coração mole
Amar-te é sorriso
É sentir que te preciso
Correr para te ver
Para te cheirar
Para te sentir e te ter
É batida acelerada
Que não consigo acalmar
É longa madrugada
Em que te completo
Amar-te é coração repleto
De canções de amor
É peito cheio de dor
Com a mágoa da saudade
É sonho sem idade
Carinho que te dedico
Estado de alma em que fico
Quando te olho assim
Como flor num jardim
Amar-te é destino
É desejar-te sem tino
Querer-te loucamente
É olhar que não mente
É lágrima que te sente
Amar-te é loucura
De que vivo e me alimento
É tua voz no vento
É tranquilidade que dura
É razão de existir
Porque amar-te é vida
É poção, é elixir
É ter a alma perdida
Amar-te é como me sinto
É verdade que não finto
E a ti me entrego sem hesitar
Sem sequer ousar pensar
Que um dia poderás partir
Desaparecer do meu mundo...
Deixar-me num sono profundo
De que jamais quererei sair...

6/Novembro/2004

Sem comentários: