quarta-feira, 25 de janeiro de 2006

Facas de seda

Facas de seda...
Sinto-as leves no corpo…
Punhais de frases
De lâminas transparentes…
Seco a garganta
Em correrias loucas atrás do que corro atrás...
Afogo-me numa gota de água
Sem precisar da chuva
Sem necessitar da noite...
Adormeço numa peça de teatro
Com cenários de pensamentos
Com guiões de pesadelos
Entre actores desconhecidos...
Tenho nas mãos a vida que não sinto
E pergunto-me onde estou…
Se alguém me reconhece…
Se ainda me reconheço…
Ouço-te na plateia onde sempre estiveste
De onde nunca saíste…
Onde sei que sempre estarás…
E choro sorrisos tontos
Que guardas no teu coração…
E o frio acaba…

22/Abril/2005

Sem comentários: