terça-feira, 24 de janeiro de 2006

Mar de saudade

Repouso num mar de saudade
Desde que vi teu rosto pela última vez...
A lua confessa-me que já vai longa a noite
Interminável como todas as outras...
Mas que posso eu fazer
Se em todas as estrelas
Vejo a luz que teu sorriso erradia...
Se em toda a memória
Coloco uma parte de ti...

O mar fala-me do teu sabor
E de como o senti nos meus lábios
Fala-me da frescura da tua pele
E de como a senti nas minhas mãos...
De como flutuei nos teus braços
Como se fosses tu o próprio mar...

Encontrei o vento
Perguntei-lhe por ti
Pedi-lhe que me trouxesse
O aroma dos teus gestos
O cheiro das tuas palavras
Neste mar de saudade
Pude sentir a magia dos teus olhos
De como vejo através deles
De como vejo imagens de raras pequenas grandes coisas
Que fazem o que és...
Pequenos pedaços da tua alma
Que me fazem sentir a verdadeira saudade
De ti que estás sempre comigo
E que guardo no melhor lugar que tenho,
Onde nenhuma dor... nenhuma mágoa... nenhuma lágrima ousará importunar-te...
Neste mar de saudade onde repouso
Fico olhando para ti
Neste coração onde te guardei...

17/Outubro/2004

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