Busco dentro de mim as razões deste amor que sinto
E encontro-as em ti…
Em ti que existes no meu respirar…
Nenhuma palavra que escrevo te reflecte na plenitude…
Nenhum sentimento que arde tem o calor que brilha nos teus olhos...
Observo-te sereno e tranquilo
E percorro todos os caminhos contigo na minha mão
Voando sobre muros e torres em liberdade total…
Observo-te e esqueço todas as palavras como se desaprendesse de falar…
Sinto a emoção apropriar-se de mim... o amor em cada lágrima…
Sinto-me preso aos teus passos, refém da tua existência…
Preciso de te tocar... de sentir o pulsar da tua pele...
Desejo beijar-te…
Mas meu olhar não perde o teu…
E rapidamente reprimo os meus desejos
Deliciando-me com o prazer
De partilhar contigo um sorriso
De partilhar contigo um silêncio…
Observo-te e sinto-me impotente
Incapaz de te dizer tudo receando ver-te partir…
Porque te amo numa forma de amor que nunca experimentei
Sem ilusão... sem desconforto... sem desconfiança…
Em que cada dia só faz sentido
Se te disser como és única em que cada momento da tua vida...
Precisas sentir que és amada
Pela beleza que se inspira em ti para tornar belas as coisas belas…
Observo-te e busco dentro de mim as razões deste amor que sinto…
E descubro-as no céu, nas nuvens, nas estrelas…
Em todas as coisas que me lembram de ti
Em todas as coisas que passei a conhecer
Depois de as teres ensinado aos meus olhos...
Descubro-as em todos os lugares onde desejava muito que estivesses…
Busco dentro de mim as razões deste amor que sinto
E encontro-as em ti…
Em todas as frases que não consigo articular
E que são as únicas que te queria dizer…
12/Janeiro/2005
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