quarta-feira, 30 de junho de 2010
terça-feira, 29 de junho de 2010
Fuso desaparafusado
O argumento é sensível
A vida e o nevoeiro também
Restam-me duas voltas neste carrocel
Gostaria de me aprontar
Para o que por aí rebenta silenciosamente
Ontem estava distraído
Mas hoje... hoje...
Hoje é que é dia de ser grande dia
Hoje são flores e cheiros de alma
Comboios velozes cruzando a planície
Sim, hoje...
Hoje que o vento se constipou
Na vertigem do meu querer muito
Hoje...
Ou amanhã...
Porque a dúvida das chegadas
Pesquisa-me os sentidos
Baralha-me o fuso desaparafusado
29/Junho/2010
A vida e o nevoeiro também
Restam-me duas voltas neste carrocel
Gostaria de me aprontar
Para o que por aí rebenta silenciosamente
Ontem estava distraído
Mas hoje... hoje...
Hoje é que é dia de ser grande dia
Hoje são flores e cheiros de alma
Comboios velozes cruzando a planície
Sim, hoje...
Hoje que o vento se constipou
Na vertigem do meu querer muito
Hoje...
Ou amanhã...
Porque a dúvida das chegadas
Pesquisa-me os sentidos
Baralha-me o fuso desaparafusado
29/Junho/2010
O Sol desceu
O sol desceu até mim
Dentro dos teus olhos
Olhou-me e serenou minha alma.
Andei perdido
Suspenso por pensamentos
E vieste...
Trouxeste o céu azul
Envolto em macias sedas
E acordei no meio de um abraço
E respirei todo o ar do mundo...
E vieste...
E fiquei feliz...
19/Setembro/2004
Dentro dos teus olhos
Olhou-me e serenou minha alma.
Andei perdido
Suspenso por pensamentos
E vieste...
Trouxeste o céu azul
Envolto em macias sedas
E acordei no meio de um abraço
E respirei todo o ar do mundo...
E vieste...
E fiquei feliz...
19/Setembro/2004
Corrente
Vou na corrente
Minutos esperados em vão
Risos... inutilidades
E palavras aos pedaços
Vou na corrente
Infinita de ansiedades
Prepotente no destino
29/Junho/2010
Minutos esperados em vão
Risos... inutilidades
E palavras aos pedaços
Vou na corrente
Infinita de ansiedades
Prepotente no destino
29/Junho/2010
"Sem nome"
Sorri quando a dor te torturar
E a saudade atormentar
Os teus dias tristonhos vazios
Sorri quando tudo terminar
Quando nada mais restar
Do teu sonho encantador
Sorri quando o sol perder a luz
E sentires uma cruz
Nos teus ombros cansados doridos
Sorri vai mentindo a sua dor
E ao notar que tu sorris
Todo mundo irá supor
Que és feliz
Charles Chaplin
E a saudade atormentar
Os teus dias tristonhos vazios
Sorri quando tudo terminar
Quando nada mais restar
Do teu sonho encantador
Sorri quando o sol perder a luz
E sentires uma cruz
Nos teus ombros cansados doridos
Sorri vai mentindo a sua dor
E ao notar que tu sorris
Todo mundo irá supor
Que és feliz
Charles Chaplin
quarta-feira, 23 de junho de 2010
Havia
Havia uma flor
E duas lágrimas cravadas na pedra
Havia uma dor
E uma luz ténue e dois candelabros apagados
Havia uma caixa vazia de pertences e ilusões
Havia a lembrança e a angústia
O pânico do esquecimento
Havia um dia
Cheio de sol e chuva
De vontade de anoitecer rapidamente
23/Junho/2010
E duas lágrimas cravadas na pedra
Havia uma dor
E uma luz ténue e dois candelabros apagados
Havia uma caixa vazia de pertences e ilusões
Havia a lembrança e a angústia
O pânico do esquecimento
Havia um dia
Cheio de sol e chuva
De vontade de anoitecer rapidamente
23/Junho/2010
quarta-feira, 26 de maio de 2010
Mãos vazias
Preciso destas mãos vazias
Mãos recomeçadas
Mãos reconstruídas
Preciso de um princípio
Que me mostre um fim
Que o meio logo invento
Preciso tanto mas tanto
Que daria tanto do que não preciso
Troco já duas caixas de hesitações
Por meia certeza absoluta
Troco já dois amanhãs em eterna pausa
Por esboço de um hoje completo
Preciso mesmo destas mãos vazias
De as fazer novas sem linhas nem temores
Preciso delas frescas e intactas
Para agarrar tudo o que passa por mim esvoaçando
26/Maio/2010
Mãos recomeçadas
Mãos reconstruídas
Preciso de um princípio
Que me mostre um fim
Que o meio logo invento
Preciso tanto mas tanto
Que daria tanto do que não preciso
Troco já duas caixas de hesitações
Por meia certeza absoluta
Troco já dois amanhãs em eterna pausa
Por esboço de um hoje completo
Preciso mesmo destas mãos vazias
De as fazer novas sem linhas nem temores
Preciso delas frescas e intactas
Para agarrar tudo o que passa por mim esvoaçando
26/Maio/2010
domingo, 4 de abril de 2010
Serei
Serei tão ridículo quanto as minhas palavras deixam entender?
Serei apenas reflexo vazio e surdo da minha própria sombra?
O que sou na essência? No sumo? Às claras? Em carne?
Alguma coisa que valha a pena tomar-se como palpável?
Acontecimento suficientemente importante para ser notado?
Serei dono das escritas por fazer?
Submisso das escritas impossíveis?
Atento no sentir mas desprendido no querer?
Serei o que as palavras sustentam?
Duas letras gastas e desorientadas?
Serei edifício reluzente e imponente?
Serei cabana soprada à mais leve das brisas?
Serei pergunta ou simplesmente comentário breve?
7/Abril/2010
Serei apenas reflexo vazio e surdo da minha própria sombra?
O que sou na essência? No sumo? Às claras? Em carne?
Alguma coisa que valha a pena tomar-se como palpável?
Acontecimento suficientemente importante para ser notado?
Serei dono das escritas por fazer?
Submisso das escritas impossíveis?
Atento no sentir mas desprendido no querer?
Serei o que as palavras sustentam?
Duas letras gastas e desorientadas?
Serei edifício reluzente e imponente?
Serei cabana soprada à mais leve das brisas?
Serei pergunta ou simplesmente comentário breve?
7/Abril/2010
domingo, 28 de março de 2010
Ser eu
É difícil ser eu
Quando o ter significa pertencer
É difícil ser eu
Quando recuso recusar o renegável
Quando procuro nos escombros da razão adiada
Esboços que tão cuidadosamente elaborei
É difícil ser eu
Quando o que sou bem longe daqui
É mais aceitável do que o que sou aqui tão perto
É difícil ser eu
Quando escrevo tanta linha desalinhada
Quando percorro de ponta ao meio
E acabo por morrer a meio da noite
É difícil ser eu
Se para ser eu deixo de ser imitação do eu
Se o verdadeiro modo de sentir-me eu
É Romeu sem conhecimento de Julieta
Paixão comedida no fulgor e excitação
É difícil ser eu
Se tanto de mim fugiu de mim próprio
Se tão pouco eu ponho, nas horas que ainda vivo
Novembro/2009
Quando o ter significa pertencer
É difícil ser eu
Quando recuso recusar o renegável
Quando procuro nos escombros da razão adiada
Esboços que tão cuidadosamente elaborei
É difícil ser eu
Quando o que sou bem longe daqui
É mais aceitável do que o que sou aqui tão perto
É difícil ser eu
Quando escrevo tanta linha desalinhada
Quando percorro de ponta ao meio
E acabo por morrer a meio da noite
É difícil ser eu
Se para ser eu deixo de ser imitação do eu
Se o verdadeiro modo de sentir-me eu
É Romeu sem conhecimento de Julieta
Paixão comedida no fulgor e excitação
É difícil ser eu
Se tanto de mim fugiu de mim próprio
Se tão pouco eu ponho, nas horas que ainda vivo
Novembro/2009
segunda-feira, 8 de março de 2010
Apressadamente
Saiam-me da frente
Que já me bastam os pés trocados
Saiam depressa
Porque apressadamente procuro chegar ali mais à frente
Onde me esperam desmoronamentos urgentes
Para sufocar este dia que já vai longo
Saiam depressa
Porque as pedras que trago ao pescoço
Impedem-me o olhar seguro
8/Março/2010
Que já me bastam os pés trocados
Saiam depressa
Porque apressadamente procuro chegar ali mais à frente
Onde me esperam desmoronamentos urgentes
Para sufocar este dia que já vai longo
Saiam depressa
Porque as pedras que trago ao pescoço
Impedem-me o olhar seguro
8/Março/2010
terça-feira, 12 de janeiro de 2010
Algo vai ter de vir
Que saudade da voz que antes de ser minha
Viveu nos esquecimentos de todas as esquinas
Que saudade do matinal cumprimento vago e triste
Que saudade, sim, que a vida também é mar de espinhos
As envergonhadas palavras escondidas entre os olhares
As mãos suadas de tanto segurar os dias perdidos
Lembrei-me há dias que ainda não escrevi tudo
Por isso, fica aqui esta qualquer coisinha
Só para me lembrar que as vozes não se calam
Quando vivem para inventar palavras feitas de esperas
E eu já esperei e ainda espero e esperarei
Porque algo vai ter de vir...
Tenho a certeza...
12/Janeiro/2010
Viveu nos esquecimentos de todas as esquinas
Que saudade do matinal cumprimento vago e triste
Que saudade, sim, que a vida também é mar de espinhos
As envergonhadas palavras escondidas entre os olhares
As mãos suadas de tanto segurar os dias perdidos
Lembrei-me há dias que ainda não escrevi tudo
Por isso, fica aqui esta qualquer coisinha
Só para me lembrar que as vozes não se calam
Quando vivem para inventar palavras feitas de esperas
E eu já esperei e ainda espero e esperarei
Porque algo vai ter de vir...
Tenho a certeza...
12/Janeiro/2010
quarta-feira, 28 de outubro de 2009
Pequeno poema
Este é um pequeno poema
Apenas porque não me apeteceu fazê-lo maior
Um resumo do eu sem um princípio
Este é um pequeno poema
Mais ou menos de acordo com este dia
Pequeno de passos a compasso
Aborrecem-me as portas entreabertas
E os assobios do vento na janela
Deixem-me terminar este pequeno poema
Antes que fique grande demais.
28/Outubro/2009
Apenas porque não me apeteceu fazê-lo maior
Um resumo do eu sem um princípio
Este é um pequeno poema
Mais ou menos de acordo com este dia
Pequeno de passos a compasso
Aborrecem-me as portas entreabertas
E os assobios do vento na janela
Deixem-me terminar este pequeno poema
Antes que fique grande demais.
28/Outubro/2009
Recordar
Recordar é viver
E eu vivo para te recordar
Recordo-te para não morrer
E morro por só te recordar
1986
E eu vivo para te recordar
Recordo-te para não morrer
E morro por só te recordar
1986
Poesia perfeita
Ainda não fiz a poesia perfeita
Não sei se alguma vez a farei
Provavelmente... não
Porque poeta não serei
Alguns dirão
Ou então por falta de dor ou maleita
Por ausência de vontade expressa
De sofrer mil e alguns sofrimentos
Diluvianos e ternurentos
Nascentes de lágrima espessa
A poesia perfeitamente completa
Inalcançável meta
Para quem veste palavras insuficientes
Palavras repetidas e descrentes
27/Outubro/2009
Não sei se alguma vez a farei
Provavelmente... não
Porque poeta não serei
Alguns dirão
Ou então por falta de dor ou maleita
Por ausência de vontade expressa
De sofrer mil e alguns sofrimentos
Diluvianos e ternurentos
Nascentes de lágrima espessa
A poesia perfeitamente completa
Inalcançável meta
Para quem veste palavras insuficientes
Palavras repetidas e descrentes
27/Outubro/2009
terça-feira, 27 de outubro de 2009
Por instantes
Não interessa o que tinha de acontecer
Mas a coisa que afinal é
Não importa o momento que ninguém viu
Ou até mesmo o sonho por fazer
Importa sim o talvez no horizonte
O rumo delineado sem cotas nem ângulos
Não interessa o amor não amado
Mas o amor dos dias e das noites
Sei lá do facto consumado ou da certeza absoluta
Mas sei do zero de que parto
Sei do caminho por todas as esquerdas e direitas
Não interessa o futuro do ontem
Mas o futuro que afinal é
Não importa o instante que esteve para vir
Mas o instante que num instante se esvai
25/Outubro/2009
Mas a coisa que afinal é
Não importa o momento que ninguém viu
Ou até mesmo o sonho por fazer
Importa sim o talvez no horizonte
O rumo delineado sem cotas nem ângulos
Não interessa o amor não amado
Mas o amor dos dias e das noites
Sei lá do facto consumado ou da certeza absoluta
Mas sei do zero de que parto
Sei do caminho por todas as esquerdas e direitas
Não interessa o futuro do ontem
Mas o futuro que afinal é
Não importa o instante que esteve para vir
Mas o instante que num instante se esvai
25/Outubro/2009
segunda-feira, 26 de outubro de 2009
Persisto
Lá vem de novo esta encruzilhada irritante
Já lhe exprimi demasiadas vezes
A minha mais comovente sobranceria
Mas ela persiste...
Mas ela persiste inamovível e astuta
Acutilante no modo como me circunda
Como me estuda e ataca
Mas eu persisto...
Surdo aos lancinantes desejos do abismo
Seguro da ineficácia do rompante
Inconstante no tempo e na forma
25/Outubro/2009
Já lhe exprimi demasiadas vezes
A minha mais comovente sobranceria
Mas ela persiste...
Mas ela persiste inamovível e astuta
Acutilante no modo como me circunda
Como me estuda e ataca
Mas eu persisto...
Surdo aos lancinantes desejos do abismo
Seguro da ineficácia do rompante
Inconstante no tempo e na forma
25/Outubro/2009
quarta-feira, 21 de outubro de 2009
Quando amas
Quando amas
Sinto-me perdido em ti
Vagueando no teu coração,
Sinto a tua alma... tuas mãos
Tua pele dizendo-me
Tudo bem, eu estou aqui
Quando amas
Respiro o teu ar
Sonho os teus sonhos
Sorrio em teus olhos
Quando amas
A chuva não molha
O sol não queima
A noite não escurece.
Quando tu amas
Eu vivo
Eu sinto
Quando tu amas
Eu sou feliz
Outubro/2000
Sinto-me perdido em ti
Vagueando no teu coração,
Sinto a tua alma... tuas mãos
Tua pele dizendo-me
Tudo bem, eu estou aqui
Quando amas
Respiro o teu ar
Sonho os teus sonhos
Sorrio em teus olhos
Quando amas
A chuva não molha
O sol não queima
A noite não escurece.
Quando tu amas
Eu vivo
Eu sinto
Quando tu amas
Eu sou feliz
Outubro/2000
Outros sorrisos
Foi quando te conheci
Que dentro de mim um tremor
Me fez cair para aqui
E olhar-te com muito amor
Fiz-te um poema de parabéns
Que se perdeu na eternidade
Olhei para os olhos que só tu tens
E descobri então a felicidade
Desde essa altura
Que não deixo de admirar
A tua alma tão pura
A tua beleza de invejar
Desde essa altura
Que te comecei a amar
E esqueci a amargura
Que tanto me fez chorar
E vou ficando para aqui
Seguindo os teus passos
E vou olhando para acoli
Esperando pelos teus abraços
Agora vives no meu interior
Dentro do meu coração
Sinto-o bater sem qualquer dor
Ao ritmo da tua respiração
As minhas mãos só conhecem
Para o teu rosto o caminhar
Meus dedos só emudecem
Perante a luz do teu olhar
Tenho nos meus braços
Mil afectos para te dar
Para fortalecer nossos laços
E poder de ti cuidar
Nenhum dos adjectivos
Que servem para te elogiar
Conseguem ser objectivos
E a tua maneira de ser retratar
Mesmo que te diga adoro-te
É longe do que tu mereces
Meu Deus, eu imploro-te
Que ouças as minhas preces
Faz-me ser sempre romântico
Para a minha linda e doce flor
E tornar-lhe a vida um cântico
Encher-lhe os dias de amor
Só ficaria mais consolado
Se te sentisse sempre feliz
E te acompanhasse a todo o lado
Para ver o teu sorriso de petiz
É tão grande o amor que sinto
Que me arrebata sem piedade
Que não penses que te minto
E sintas a minha honestidade
És linda, és bela
E se te visse passar
Espreitar-te-ia da janela
Só para te contemplar
Só para te ver
Só para te adorar
Só para te proteger
Só para te amar
Tu és todos os lugares
Num só e único lugar
Tu és todos os luares
Guardados no teu olhar
Tu és toda a magia
Que encerra a natureza
Tu és fonte de alegria
De onde não brota tristeza
7/Janeiro/2005
Que dentro de mim um tremor
Me fez cair para aqui
E olhar-te com muito amor
Fiz-te um poema de parabéns
Que se perdeu na eternidade
Olhei para os olhos que só tu tens
E descobri então a felicidade
Desde essa altura
Que não deixo de admirar
A tua alma tão pura
A tua beleza de invejar
Desde essa altura
Que te comecei a amar
E esqueci a amargura
Que tanto me fez chorar
E vou ficando para aqui
Seguindo os teus passos
E vou olhando para acoli
Esperando pelos teus abraços
Agora vives no meu interior
Dentro do meu coração
Sinto-o bater sem qualquer dor
Ao ritmo da tua respiração
As minhas mãos só conhecem
Para o teu rosto o caminhar
Meus dedos só emudecem
Perante a luz do teu olhar
Tenho nos meus braços
Mil afectos para te dar
Para fortalecer nossos laços
E poder de ti cuidar
Nenhum dos adjectivos
Que servem para te elogiar
Conseguem ser objectivos
E a tua maneira de ser retratar
Mesmo que te diga adoro-te
É longe do que tu mereces
Meu Deus, eu imploro-te
Que ouças as minhas preces
Faz-me ser sempre romântico
Para a minha linda e doce flor
E tornar-lhe a vida um cântico
Encher-lhe os dias de amor
Só ficaria mais consolado
Se te sentisse sempre feliz
E te acompanhasse a todo o lado
Para ver o teu sorriso de petiz
É tão grande o amor que sinto
Que me arrebata sem piedade
Que não penses que te minto
E sintas a minha honestidade
És linda, és bela
E se te visse passar
Espreitar-te-ia da janela
Só para te contemplar
Só para te ver
Só para te adorar
Só para te proteger
Só para te amar
Tu és todos os lugares
Num só e único lugar
Tu és todos os luares
Guardados no teu olhar
Tu és toda a magia
Que encerra a natureza
Tu és fonte de alegria
De onde não brota tristeza
7/Janeiro/2005
Grito
Um grito
Um esgar
Um nada de inquietude
Aparente sofrimento
Um momento
Um meio segundo de espera
Silêncio apressado
Fugindo das minhas mãos
Instante impreciso
Sem voz nem pulsar
Refúgio algures
Que não sinto alcançar
21/Outubro/2009
Um esgar
Um nada de inquietude
Aparente sofrimento
Um momento
Um meio segundo de espera
Silêncio apressado
Fugindo das minhas mãos
Instante impreciso
Sem voz nem pulsar
Refúgio algures
Que não sinto alcançar
21/Outubro/2009
Amarga
De todas as palavras
Com que me amarrei a ti
Ilusão foi a mais deliciosa
A mais quente
A mais amarga
A mais mortífera
21/Outubro/2009
Com que me amarrei a ti
Ilusão foi a mais deliciosa
A mais quente
A mais amarga
A mais mortífera
21/Outubro/2009
quarta-feira, 7 de outubro de 2009
Só me falta ser
Já percorri todos os pensamentos
Os úteis e os sem utilidade
Já me olhei vezes sem fim
Procurando uma espécie de verdade
Que junte estes solitários elementos
Que achei perdidos junto a mim.
Já vi duas estradas
Três caminhos e uma viela
Sonhei com criaturas aladas
Coroas de flores enfeitadas
Sorrisos felizes a uma janela.
Só me falta a vida futura
Só me falta o passo de gigante
Saltar o obstáculo final
Com arfar de emoção pura
Só me falta ser arrogante
Ser forte... feroz animal
7/Outubro/2009
Os úteis e os sem utilidade
Já me olhei vezes sem fim
Procurando uma espécie de verdade
Que junte estes solitários elementos
Que achei perdidos junto a mim.
Já vi duas estradas
Três caminhos e uma viela
Sonhei com criaturas aladas
Coroas de flores enfeitadas
Sorrisos felizes a uma janela.
Só me falta a vida futura
Só me falta o passo de gigante
Saltar o obstáculo final
Com arfar de emoção pura
Só me falta ser arrogante
Ser forte... feroz animal
7/Outubro/2009
Já não me importo
Já não me importo
Até com o que amo ou creio amar.
Sou um navio que chegou a um porto
E cujo movimento é ali estar.
Nada me resta
Do que quis ou achei.
Cheguei da festa
Como fui para lá ou ainda irei
Indiferente
A quem sou ou suponho que mal sou,
Fito a gente
Que me rodeia e sempre rodeou,
Com um olhar
Que, sem o poder ver,
Sei que é sem ar
De olhar a valer.
E só me não cansa
O que a brisa me traz
De súbita mudança
No que nada me faz.
Fernando Pessoa
Até com o que amo ou creio amar.
Sou um navio que chegou a um porto
E cujo movimento é ali estar.
Nada me resta
Do que quis ou achei.
Cheguei da festa
Como fui para lá ou ainda irei
Indiferente
A quem sou ou suponho que mal sou,
Fito a gente
Que me rodeia e sempre rodeou,
Com um olhar
Que, sem o poder ver,
Sei que é sem ar
De olhar a valer.
E só me não cansa
O que a brisa me traz
De súbita mudança
No que nada me faz.
Fernando Pessoa
A tua dor
A tua dor
No meu peito sinto-a desmedida
Gigantesca... insuportável
Sinto a desilusão que te consome
As tuas lágrimas como cortantes diamantes
Que te rasgam o coração de forma precisa
Nenhuma palavra te serve de alimento...
Nenhum gesto...
Nenhum abraço te serve de alento
Uma chuva torrencial
Que te gela por completo
E sentes o teu corpo ser levado
Pelos vendavais que te inundam o olhar...
Estendes a tua mão
Mesmo sabendo que nada tens onde te agarrar
E choras em silêncio
Para que os sons da tua mágoa
Não te torturem ainda mais
Sinto-me impotente
Sem qualquer passe de mágica
Que te roube ao sofrimento
Tento partilhar as tuas lágrimas
Julgando, inocente, que assim te aliviarei
Tens essa dor que é tua
Já a sabes de cor
No entanto, é desconhecida do Mundo
É tua...
Apenas tua...
17/Dezembro/2004
No meu peito sinto-a desmedida
Gigantesca... insuportável
Sinto a desilusão que te consome
As tuas lágrimas como cortantes diamantes
Que te rasgam o coração de forma precisa
Nenhuma palavra te serve de alimento...
Nenhum gesto...
Nenhum abraço te serve de alento
Uma chuva torrencial
Que te gela por completo
E sentes o teu corpo ser levado
Pelos vendavais que te inundam o olhar...
Estendes a tua mão
Mesmo sabendo que nada tens onde te agarrar
E choras em silêncio
Para que os sons da tua mágoa
Não te torturem ainda mais
Sinto-me impotente
Sem qualquer passe de mágica
Que te roube ao sofrimento
Tento partilhar as tuas lágrimas
Julgando, inocente, que assim te aliviarei
Tens essa dor que é tua
Já a sabes de cor
No entanto, é desconhecida do Mundo
É tua...
Apenas tua...
17/Dezembro/2004
segunda-feira, 14 de setembro de 2009
Realidade
Realidade
Sonho sem mácula
Desejo sem corpo
Virtudes de dois sóis
Namorando a mesma Lua
Titubeantes
As vozes de uma recôndita revolução
Entregam-se a inúteis atropelos
Tentando a luz ao invés da noite
Ali vai mais uma manhã
Mais um desespero
Mais um caminho por desbravar
14/Setembro/2009
Sonho sem mácula
Desejo sem corpo
Virtudes de dois sóis
Namorando a mesma Lua
Titubeantes
As vozes de uma recôndita revolução
Entregam-se a inúteis atropelos
Tentando a luz ao invés da noite
Ali vai mais uma manhã
Mais um desespero
Mais um caminho por desbravar
14/Setembro/2009
domingo, 6 de setembro de 2009
quarta-feira, 19 de agosto de 2009
Dois pedaços
Dois pedaços de uma mesma dor
Duas cores no mesmo rosto
Corajoso na tormenta afundo-me nas águas
O meu esbracejar é intenso
Como intensa é a alegria da ansiedade
18/Agosto/2009
Duas cores no mesmo rosto
Corajoso na tormenta afundo-me nas águas
O meu esbracejar é intenso
Como intensa é a alegria da ansiedade
18/Agosto/2009
segunda-feira, 17 de agosto de 2009
Sem
Chamei-te aos gritos
Para que o teu silêncio enlouquecesse...
Queria que me olhasses sem os teus olhos...
17/Agosto/2009
Para que o teu silêncio enlouquecesse...
Queria que me olhasses sem os teus olhos...
17/Agosto/2009
quarta-feira, 15 de julho de 2009
Odeio
Odeio
Odeio este cheiro a felicidade
Odeio o sorriso na boca dos outros
Odeio a alegria que insistem em mostrar
Nos beijos que trocam
Odeio esta minha inveja
Que me torna tão egoista.
16/Setembro/1988
Odeio este cheiro a felicidade
Odeio o sorriso na boca dos outros
Odeio a alegria que insistem em mostrar
Nos beijos que trocam
Odeio esta minha inveja
Que me torna tão egoista.
16/Setembro/1988
Força para gritar
Sinto a nudez encoberta nos meus sentidos
E já nem sei se nos braços
Tenho ainda a força para gritar...
Que desapego é este?
Que anoitecer me sopra os pensamentos?
Procuro-me entre as roupas suadas de tanto correr
E já nem sei se nos olhos
Tenho ainda lágrimas por chorar...
Que insatisfação é esta que me satisfaz?
Que rumor de perdição é este que me algema o sono?
15/Julho/2009
E já nem sei se nos braços
Tenho ainda a força para gritar...
Que desapego é este?
Que anoitecer me sopra os pensamentos?
Procuro-me entre as roupas suadas de tanto correr
E já nem sei se nos olhos
Tenho ainda lágrimas por chorar...
Que insatisfação é esta que me satisfaz?
Que rumor de perdição é este que me algema o sono?
15/Julho/2009
Amor
Amo-te em todas as formas que desenhas
Soube-o ontem enquanto te olhava caminhando
E teu corpo dançava músicas que só eu sabia existirem.
Amo-te sempre que olhas para lugares que só eu vejo.
Sempre que respiras o mesmo ar que respiro.
Amo-te em cada toque no teu cabelo
Em cada beijo...
Amo-te quando adormeces em mim
E te aconchegas no meu olhar...
Vejo-te os sonhos que lutas por esconder.
Quero levar-te por caminhos de felicidade
De sonos profundos... de acordares maravilhosos...
Anseio sonhar contigo
Juntos num amor verdadeiro
Tu e eu...
Amo-te
4/Outubro/2004
Soube-o ontem enquanto te olhava caminhando
E teu corpo dançava músicas que só eu sabia existirem.
Amo-te sempre que olhas para lugares que só eu vejo.
Sempre que respiras o mesmo ar que respiro.
Amo-te em cada toque no teu cabelo
Em cada beijo...
Amo-te quando adormeces em mim
E te aconchegas no meu olhar...
Vejo-te os sonhos que lutas por esconder.
Quero levar-te por caminhos de felicidade
De sonos profundos... de acordares maravilhosos...
Anseio sonhar contigo
Juntos num amor verdadeiro
Tu e eu...
Amo-te
4/Outubro/2004
Sorrisos
Tenho amor cá dentro
Por ti, linda mulher
Da minha vida és o centro
Faça eu o que fizer
Hoje quando acordei
Lembrei os teus olhinhos
Foi a forma que encontrei
De os meus não ficarem sozinhos
E deixei-me estar na cama
Para o meu coração sonhar
Contigo, mulher que ele ama
E que tanto me faz vibrar
Saio sempre para a rua
Com o olhar meio perdido
A minha alma é só tua
Sem ti tudo é descolorido
Todo o dia tenho presente
Traços da tua beleza rara
E procuro sempre carente
O teu rosto em cada cara
Procuro em cada esquina
O teu cheiro, a tua luz
O teu sorrir de menina
Que me encanta e seduz
Passo pela multidão
E me sinto deslocado
Só ouço uma canção
Que me canta ao teu lado
Olho para ti, querida
E sinto a inspiração
Escrever poemas de vida
Nas linhas do meu coração
E quando os passo ao papel
Uma lágrima de saudade
Sente a falta do teu mel
E cai plena de liberdade
Poeta não sei bem se sou
Porque escrevo o meu dia
O amor que me encontrou
Com seu toque de magia
Agora que sei que existes
A fasquia está muito alta
Não tenho noites tristes
Mas sinto tanto a tua falta
És o Sol que muito brilha
Em cada dia de Verão
És uma estrela nesta trilha
Que me guia pela mão
És Lua, flor e água
Todo o mundo vive em ti
Apagaste em mim a mágoa
Com que sempre convivi
És um poema imenso
És um sorriso tão terno
E sempre que em ti penso
Sinto o meu amor eterno
Desenho-te com candura
Em cada momento meu
E agradeço a tua doçura
Que esta vida me ofereceu
Não há outra mulher
Que tenha a tua riqueza
E eu farei o que puder
Para merecer a tua beleza
Se disser que te amo
E fixares o meu olhar
Ouvirás que teu nome chamo
Que és razão do meu sonhar
Desde que te conheci
Que me sinto tremeliques
Estar pertinho de ti
Faz-me ficar cheio de tiques
Meus dedos tremem tremem
Parecem de frio tiritar
Mas tudo o que eles temem
É não mais te poder tocar
Queria muito te mostrar
Como gosto de te amar
Mas não sei se consigo
Com as coisas que te digo
As palavras valem zero
Se forem apenas ditas
E por isso é que eu espero
Torná-las em coisas bonitas
Quer numa pequena flor
Ou num doce chocolate
Sentirás o meu amor
Sempre pronto a mimar-te
Gostava que o meu coração
Te falasse ao ouvido
que num momentode emoção
O teu se sentisse comovido
É essa a minha esperança
De que não quero desistir
E tenho-a sempre na lembrança
É ela que me faz sorrir
Quando estou perto de ti
Gostava de te dar o mundo
Mas o que sempre te ofereci
Foi só o meu amar profundo
Mesmo antes de saber
Que o amor já existia
Me sentia estremecer
Com as sensações que vivia
Este fogo que não cessa
Sempre que penso em ti
É amor que não tem pressa
E que igual nunca senti
Talvez nunca acredites
No que sinto no coração
Ou talvez um dia hesites
E me dês a tua mão
Todos os dias te mostrarei
Como és sensacional
Que nunca encontrarei
Alguém que tão especial
Dou-te todo o meu amor
Dou-te todo o meu viver
Afastarei de ti a dor
E em mim a farei morrer
Para mim poder amar-te
É motivo de felicidade
Mesmo que só em sonhar-te
Eu rebente de saudade
Queria juntar num só beijo
Todo o meu sentimento
E sentires como te desejo
As estrelas do firmamento
Aqui bem sentadinho
Ficarei no meu canto
E me deixarei sozinho
Levar pelo teu encanto
E agora para terminar
Um abraço bem apertado
E que sintas o palpitar
Deste teu apaixonado
4/Janeiro/2005
Por ti, linda mulher
Da minha vida és o centro
Faça eu o que fizer
Hoje quando acordei
Lembrei os teus olhinhos
Foi a forma que encontrei
De os meus não ficarem sozinhos
E deixei-me estar na cama
Para o meu coração sonhar
Contigo, mulher que ele ama
E que tanto me faz vibrar
Saio sempre para a rua
Com o olhar meio perdido
A minha alma é só tua
Sem ti tudo é descolorido
Todo o dia tenho presente
Traços da tua beleza rara
E procuro sempre carente
O teu rosto em cada cara
Procuro em cada esquina
O teu cheiro, a tua luz
O teu sorrir de menina
Que me encanta e seduz
Passo pela multidão
E me sinto deslocado
Só ouço uma canção
Que me canta ao teu lado
Olho para ti, querida
E sinto a inspiração
Escrever poemas de vida
Nas linhas do meu coração
E quando os passo ao papel
Uma lágrima de saudade
Sente a falta do teu mel
E cai plena de liberdade
Poeta não sei bem se sou
Porque escrevo o meu dia
O amor que me encontrou
Com seu toque de magia
Agora que sei que existes
A fasquia está muito alta
Não tenho noites tristes
Mas sinto tanto a tua falta
És o Sol que muito brilha
Em cada dia de Verão
És uma estrela nesta trilha
Que me guia pela mão
És Lua, flor e água
Todo o mundo vive em ti
Apagaste em mim a mágoa
Com que sempre convivi
És um poema imenso
És um sorriso tão terno
E sempre que em ti penso
Sinto o meu amor eterno
Desenho-te com candura
Em cada momento meu
E agradeço a tua doçura
Que esta vida me ofereceu
Não há outra mulher
Que tenha a tua riqueza
E eu farei o que puder
Para merecer a tua beleza
Se disser que te amo
E fixares o meu olhar
Ouvirás que teu nome chamo
Que és razão do meu sonhar
Desde que te conheci
Que me sinto tremeliques
Estar pertinho de ti
Faz-me ficar cheio de tiques
Meus dedos tremem tremem
Parecem de frio tiritar
Mas tudo o que eles temem
É não mais te poder tocar
Queria muito te mostrar
Como gosto de te amar
Mas não sei se consigo
Com as coisas que te digo
As palavras valem zero
Se forem apenas ditas
E por isso é que eu espero
Torná-las em coisas bonitas
Quer numa pequena flor
Ou num doce chocolate
Sentirás o meu amor
Sempre pronto a mimar-te
Gostava que o meu coração
Te falasse ao ouvido
que num momentode emoção
O teu se sentisse comovido
É essa a minha esperança
De que não quero desistir
E tenho-a sempre na lembrança
É ela que me faz sorrir
Quando estou perto de ti
Gostava de te dar o mundo
Mas o que sempre te ofereci
Foi só o meu amar profundo
Mesmo antes de saber
Que o amor já existia
Me sentia estremecer
Com as sensações que vivia
Este fogo que não cessa
Sempre que penso em ti
É amor que não tem pressa
E que igual nunca senti
Talvez nunca acredites
No que sinto no coração
Ou talvez um dia hesites
E me dês a tua mão
Todos os dias te mostrarei
Como és sensacional
Que nunca encontrarei
Alguém que tão especial
Dou-te todo o meu amor
Dou-te todo o meu viver
Afastarei de ti a dor
E em mim a farei morrer
Para mim poder amar-te
É motivo de felicidade
Mesmo que só em sonhar-te
Eu rebente de saudade
Queria juntar num só beijo
Todo o meu sentimento
E sentires como te desejo
As estrelas do firmamento
Aqui bem sentadinho
Ficarei no meu canto
E me deixarei sozinho
Levar pelo teu encanto
E agora para terminar
Um abraço bem apertado
E que sintas o palpitar
Deste teu apaixonado
4/Janeiro/2005
segunda-feira, 29 de junho de 2009
Suor e lágrimas
Amor contigo
Inferno com as cores do paraíso.
Tumultos de alma doentia
Alma irreconhecível no suor e nas lágrimas
29/Junho/2009
Inferno com as cores do paraíso.
Tumultos de alma doentia
Alma irreconhecível no suor e nas lágrimas
29/Junho/2009
Melhor de mim
Quero dar-te o melhor de mim
Cada palavra... cada gesto
A voz da minha alma...
Em todos os momentos
Guardarei para ti
Os raios do sol... o luar da lua
Quero dar-te o melhor de mim
Oferecer-te flores mesmo que não as peças
Dar-te carinho mesmo que não precises
Porque quero que o hoje
Seja melhor do que o ontem
E que o amanhã seja sempre inesquecível...
Queria dar-te o melhor de mim
Porque assim me pede o coração
E porque se não o fizer
Chorarei em silêncio...
A dor da luta que se perde
Sem nunca ter lutado...
17/Outubro/2004
Cada palavra... cada gesto
A voz da minha alma...
Em todos os momentos
Guardarei para ti
Os raios do sol... o luar da lua
Quero dar-te o melhor de mim
Oferecer-te flores mesmo que não as peças
Dar-te carinho mesmo que não precises
Porque quero que o hoje
Seja melhor do que o ontem
E que o amanhã seja sempre inesquecível...
Queria dar-te o melhor de mim
Porque assim me pede o coração
E porque se não o fizer
Chorarei em silêncio...
A dor da luta que se perde
Sem nunca ter lutado...
17/Outubro/2004
quinta-feira, 21 de maio de 2009
Vida
Suave toque do intocável
Nas minhas silenciosas mãos
E mergulhei na espiral do tempo
Revisitei-me
Sem a dor do momento passado
Sem a ilusão do futuro mais que perfeito
Abracei a vida
Para lhe dizer em surdina
Que a amo como nunca
21/Maio/2009
Nas minhas silenciosas mãos
E mergulhei na espiral do tempo
Revisitei-me
Sem a dor do momento passado
Sem a ilusão do futuro mais que perfeito
Abracei a vida
Para lhe dizer em surdina
Que a amo como nunca
21/Maio/2009
quarta-feira, 6 de maio de 2009
Sinto o amor
Sinto o amor
Amor liberto
Sem dor
Amor de liberdade
Amor de estar perto
Mesmo não estando
Olhar de verdade
Com que te vou amando…
Numa noite de luar
Fogueira que aquece
E vem confortar
O insuportável frio
De que a alma padece…
Mergulho nesse rio
Que teus olhos pintam
Teu corpo num abraço
Que se envolve no meu
Sem corações que mintam
Vinca-se o traço
Que este amor escreveu…
Nas ruas invento
Teu rosto numa esquina
Nas mãos o vento
Traz feliz o teu cheiro
A tua pele doce e fina
Que me alimenta por inteiro
Sacia a minha sede…
Enquanto teu nome ecoa
Escrito em cada parede
Pintura que não destoa
E que te retrata
Me tira desta solidão
Vida de pouca emoção
Que aos poucos me mata…
Sinto o amor
Em cada momento
Teu aroma em cada flor
No peito o alento
Com que não desisto
Se te olho e não te resisto…
Porque o Mundo não é Mundo
Neste sentir profundo
Onde só tu és mulher
Onde sempre te amarei
E sempre de ti cuidarei
Se teu coração quiser!
Amor
Liberto
Perto
Sem dor
18/Janeiro/2005
Amor liberto
Sem dor
Amor de liberdade
Amor de estar perto
Mesmo não estando
Olhar de verdade
Com que te vou amando…
Numa noite de luar
Fogueira que aquece
E vem confortar
O insuportável frio
De que a alma padece…
Mergulho nesse rio
Que teus olhos pintam
Teu corpo num abraço
Que se envolve no meu
Sem corações que mintam
Vinca-se o traço
Que este amor escreveu…
Nas ruas invento
Teu rosto numa esquina
Nas mãos o vento
Traz feliz o teu cheiro
A tua pele doce e fina
Que me alimenta por inteiro
Sacia a minha sede…
Enquanto teu nome ecoa
Escrito em cada parede
Pintura que não destoa
E que te retrata
Me tira desta solidão
Vida de pouca emoção
Que aos poucos me mata…
Sinto o amor
Em cada momento
Teu aroma em cada flor
No peito o alento
Com que não desisto
Se te olho e não te resisto…
Porque o Mundo não é Mundo
Neste sentir profundo
Onde só tu és mulher
Onde sempre te amarei
E sempre de ti cuidarei
Se teu coração quiser!
Amor
Liberto
Perto
Sem dor
18/Janeiro/2005
terça-feira, 5 de maio de 2009
quinta-feira, 30 de abril de 2009
Pedra Filosofal
Eles não sabem que o sonho
É uma constante da vida
Tão concreta e definida
Como outra coisa qualquer,
Como esta pedra cinzenta
Em que me sento e descanso,
Como este ribeiro manso
Em serenos sobressaltos,
Como estes pinheiros altos
Que em verde e oiro se agitam,
Como estas aves que gritam
Em bebedeiras de azul.
Eles não sabem que o sonho
É vinho, é espuma, é fermento,
Bichinho álacre e sedento,
De focinho pontiagudo,
Que fossa através de tudo
Num perpétuo movimento.
Eles não sabem que o sonho
É tela, é cor, é pincel,
Base, fuste, capitel,
Arco em ogiva, vitral,
Pináculo de catedral,
Contraponto, sinfonia,
Máscara grega, magia,
Que é retorta de alquimista,
Mapa do mundo distante,
Rosa-dos-ventos, Infante,
Caravela quinhentista,
Que é Cabo da Boa Esperança,
Ouro, canela, marfim,
Florete de espadachim,
Bastidor, passo de dança,
Colombina e Arlequim,
Passarola voadora,
Pára-raios, locomotiva,
Barco de proa festiva,
Alto-forno, geradora,
Cisão do átomo, radar,
Ultra-som, televisão,
Desembarque em foguetão
Na superfície lunar.
Eles não sabem, nem sonham,
Que o sonho comanda a vida.
Que sempre que um homem sonha
O mundo pula e avança
Como bola colorida
Entre as mãos de uma criança.
António Gedeão
É uma constante da vida
Tão concreta e definida
Como outra coisa qualquer,
Como esta pedra cinzenta
Em que me sento e descanso,
Como este ribeiro manso
Em serenos sobressaltos,
Como estes pinheiros altos
Que em verde e oiro se agitam,
Como estas aves que gritam
Em bebedeiras de azul.
Eles não sabem que o sonho
É vinho, é espuma, é fermento,
Bichinho álacre e sedento,
De focinho pontiagudo,
Que fossa através de tudo
Num perpétuo movimento.
Eles não sabem que o sonho
É tela, é cor, é pincel,
Base, fuste, capitel,
Arco em ogiva, vitral,
Pináculo de catedral,
Contraponto, sinfonia,
Máscara grega, magia,
Que é retorta de alquimista,
Mapa do mundo distante,
Rosa-dos-ventos, Infante,
Caravela quinhentista,
Que é Cabo da Boa Esperança,
Ouro, canela, marfim,
Florete de espadachim,
Bastidor, passo de dança,
Colombina e Arlequim,
Passarola voadora,
Pára-raios, locomotiva,
Barco de proa festiva,
Alto-forno, geradora,
Cisão do átomo, radar,
Ultra-som, televisão,
Desembarque em foguetão
Na superfície lunar.
Eles não sabem, nem sonham,
Que o sonho comanda a vida.
Que sempre que um homem sonha
O mundo pula e avança
Como bola colorida
Entre as mãos de uma criança.
António Gedeão
quinta-feira, 23 de abril de 2009
Rimas
Insatisfeito rasgo todas as rimas
Que tinha para te oferecer
Pareceram-me ridículas
Pareceram-me dias sombrios
Dias de chuva intermitente
Indecisas no tempo e na vontade de serem rimas
23/Abril/2009
Que tinha para te oferecer
Pareceram-me ridículas
Pareceram-me dias sombrios
Dias de chuva intermitente
Indecisas no tempo e na vontade de serem rimas
23/Abril/2009
Negar
Porque insisto em negar o que todo o meu corpo
Repete vezes sem conta cada vez que respiro
Porque tento não ouvir o que me cantam os olhos
Sempre que te vejo numa inventada esquina
Onde me cruzo contigo e me prendes os sentidos
Porque insisto em chorar se tanto de ti me preenche
O dia, a noite, o adormecer e o acordar...
Porque duvido eternamente
De todos os sorrisos que me ensinas
De todos os beijos que me roubas.
É como viver sem querer viver
Sempre rejeitando a vida para não morrer
Como se não fosse claro
Que preciso de sofrer para melhor te amar
Que preciso de chorar para melhor te cuidar
Porque insisto em negar que te amo
Se tudo à minha volta é uma infinita canção de amor
Que me leva até ao fim de todos os caminhos
Ao princípio de todos os mares
Num momento de amor que imagino partilhando contigo
Porque insisto em negar
Que te amo
Se tudo em meu redor
Já o descobriu...
16/Setembro/2004
Repete vezes sem conta cada vez que respiro
Porque tento não ouvir o que me cantam os olhos
Sempre que te vejo numa inventada esquina
Onde me cruzo contigo e me prendes os sentidos
Porque insisto em chorar se tanto de ti me preenche
O dia, a noite, o adormecer e o acordar...
Porque duvido eternamente
De todos os sorrisos que me ensinas
De todos os beijos que me roubas.
É como viver sem querer viver
Sempre rejeitando a vida para não morrer
Como se não fosse claro
Que preciso de sofrer para melhor te amar
Que preciso de chorar para melhor te cuidar
Porque insisto em negar que te amo
Se tudo à minha volta é uma infinita canção de amor
Que me leva até ao fim de todos os caminhos
Ao princípio de todos os mares
Num momento de amor que imagino partilhando contigo
Porque insisto em negar
Que te amo
Se tudo em meu redor
Já o descobriu...
16/Setembro/2004
Procuro sem cessar
Procuro sem cessar
Em todos os livros
Aquilo que muito te quero dizer
Como te vejo e sinto
Dizer-te como te espero
Sinto-me impotente
Receoso por qualquer palavra banal
Como se as letras inventadas
Não conjugassem tudo o que cresce em mim
Procuro sem cessar
Dizer-te do lugar que ocupas
Do lugar que te reservo
Do lugar onde te amo
20/Outubro/2004
Em todos os livros
Aquilo que muito te quero dizer
Como te vejo e sinto
Dizer-te como te espero
Sinto-me impotente
Receoso por qualquer palavra banal
Como se as letras inventadas
Não conjugassem tudo o que cresce em mim
Procuro sem cessar
Dizer-te do lugar que ocupas
Do lugar que te reservo
Do lugar onde te amo
20/Outubro/2004
quarta-feira, 22 de abril de 2009
Tempo
Falta-me o tempo
Que gastei com os dias inúteis
Faltam-me as lágrimas
Que chorei sem precisar
Falta-me a vida
Que finjo já vivida
22/Abril/2009
Que gastei com os dias inúteis
Faltam-me as lágrimas
Que chorei sem precisar
Falta-me a vida
Que finjo já vivida
22/Abril/2009
segunda-feira, 6 de abril de 2009
Banalizei a dor
Banalizei as palavras
De tanto as querer minhas
Virei-as do avesso
Para vestirem o caminho ideal
Para o mais alto dos temores
Banalizei as palavras
De tanto as querer sentir
Fingi sofrimentos e amores
Para lhes dar vida
Para lhes dar corpo e alma
Banalizei a dor
De tanto que me doeu
Banalizei o sonho
De tanto o perseguir
Sem o entender... sem o rejeitar
Sem lhe reconhecer o pesadelo
Que seus braços me segredavam
6/Abril/2009
De tanto as querer minhas
Virei-as do avesso
Para vestirem o caminho ideal
Para o mais alto dos temores
Banalizei as palavras
De tanto as querer sentir
Fingi sofrimentos e amores
Para lhes dar vida
Para lhes dar corpo e alma
Banalizei a dor
De tanto que me doeu
Banalizei o sonho
De tanto o perseguir
Sem o entender... sem o rejeitar
Sem lhe reconhecer o pesadelo
Que seus braços me segredavam
6/Abril/2009
quarta-feira, 1 de abril de 2009
Tudo de uma vez
Rebento com esta vontade
De escrever tudo de uma vez
Persigo as palavras que se escondem nas sombras
Procuro-as sem dó, sem piedade
Porque tenho peito profundo de sons
Ansiando por transcrições inéditas
De sentimentos gastos e ferrugentos
Desejo de liberdade que não quer ser livre
Medo de sorrir pelo medo de não saber chorar
Ai esta vontade de rebentar
De morrer pelas palavras que me fogem
E torná-las imortais
1/Abril/2009
De escrever tudo de uma vez
Persigo as palavras que se escondem nas sombras
Procuro-as sem dó, sem piedade
Porque tenho peito profundo de sons
Ansiando por transcrições inéditas
De sentimentos gastos e ferrugentos
Desejo de liberdade que não quer ser livre
Medo de sorrir pelo medo de não saber chorar
Ai esta vontade de rebentar
De morrer pelas palavras que me fogem
E torná-las imortais
1/Abril/2009
Temo-nos
Tenho-te
Tens-me
Temo-nos
O caminho
Desenhos na Lua
Palavras doentes de silêncio
Gritos libertos em pó
Tenho-te
Tens-me
Presente meu e teu
Amarrando o futuro
Temo-nos
Irremediavelmente
1/Abril/2009
Tens-me
Temo-nos
O caminho
Desenhos na Lua
Palavras doentes de silêncio
Gritos libertos em pó
Tenho-te
Tens-me
Presente meu e teu
Amarrando o futuro
Temo-nos
Irremediavelmente
1/Abril/2009
Um beijo
Tentei um dia compôr-te um beijo
Lembras-te?
Tentei desenhá-lo com as cores do teu rosto
Para que o sentisses só teu
Faltou-me a voz dos poetas
Para o cantar no teu sono
Tantos dias depois
Tantas palavras depois
E ainda esse beijo navega em meus lábios
Ainda treme em minhas mãos
Esse beijo que nunca te dei
Foi amanhecer
Foi adubo na terra
Mão que na mão se entranha
E torna inseparáveis dois olhares
Tentei um dia compôr-te um beijo
Em forma de poema
Desenhado numa folha de papel
Mas o vento guardou-o para si
Arrancou-o aos meus braços
Relembrando com tristeza
O que o acaso levou consigo
Toma este beijo
Acho que está bonito
Enfeitado com a luz do teu olhar
1/Abril/2004
Lembras-te?
Tentei desenhá-lo com as cores do teu rosto
Para que o sentisses só teu
Faltou-me a voz dos poetas
Para o cantar no teu sono
Tantos dias depois
Tantas palavras depois
E ainda esse beijo navega em meus lábios
Ainda treme em minhas mãos
Esse beijo que nunca te dei
Foi amanhecer
Foi adubo na terra
Mão que na mão se entranha
E torna inseparáveis dois olhares
Tentei um dia compôr-te um beijo
Em forma de poema
Desenhado numa folha de papel
Mas o vento guardou-o para si
Arrancou-o aos meus braços
Relembrando com tristeza
O que o acaso levou consigo
Toma este beijo
Acho que está bonito
Enfeitado com a luz do teu olhar
1/Abril/2004
terça-feira, 31 de março de 2009
Respirar
Tenho dificuldade em respirar
Como se o que tenho dentro de mim
Fosse maior do que a vida
Como se o que tenho para falar
Viesse e me deixasse assim
Curando a minha alma ferida.
O que sinto no coração
É uma história de amor
É um pedaço de paixão
Escrito sobre uma antiga dor
É um olhar que me enternece
Ausência que me entristece
O que tenho em mim e já não seguro
É a vontade de te mostrar
A vida que ainda muito procuro
Todos os momentos e anseios
Que alguém me quis roubar
Enchendo meu sono de receios.
Quero muito conseguir dizer
O que tanto me sufoca o dia
E sem nada mais a fazer
Corro como se fosse louco
Suplicando a tua companhia
Quando tudo o que tenho é tão pouco.
Quero dizer que te amo
Porque a voz que sinto presente
É a voz com que te chamo
Voz triste, trémula, carente
Quero dizer-te a minha emoção
Quero dizer-te o meu coração
23/Setembro/2004
Como se o que tenho dentro de mim
Fosse maior do que a vida
Como se o que tenho para falar
Viesse e me deixasse assim
Curando a minha alma ferida.
O que sinto no coração
É uma história de amor
É um pedaço de paixão
Escrito sobre uma antiga dor
É um olhar que me enternece
Ausência que me entristece
O que tenho em mim e já não seguro
É a vontade de te mostrar
A vida que ainda muito procuro
Todos os momentos e anseios
Que alguém me quis roubar
Enchendo meu sono de receios.
Quero muito conseguir dizer
O que tanto me sufoca o dia
E sem nada mais a fazer
Corro como se fosse louco
Suplicando a tua companhia
Quando tudo o que tenho é tão pouco.
Quero dizer que te amo
Porque a voz que sinto presente
É a voz com que te chamo
Voz triste, trémula, carente
Quero dizer-te a minha emoção
Quero dizer-te o meu coração
23/Setembro/2004
Rio
Rio gigante
Rio vivo
Nele me vejo antagónico
Rio seguro do destino
Inabalável no sentir
Contrário de mim
31/Março/2009
Rio vivo
Nele me vejo antagónico
Rio seguro do destino
Inabalável no sentir
Contrário de mim
31/Março/2009
Reflexos
Lembro as palavras que nunca disseste
Cursos de água que não existem
Reflexos de futuros por viver
31/Março/2009
Cursos de água que não existem
Reflexos de futuros por viver
31/Março/2009
sexta-feira, 20 de março de 2009
quinta-feira, 5 de março de 2009
Inquietação
Quantas portas tem a saída?
Quantos rumos tem o futuro?
De quantos avanços e recuos
Se faz uma inquietação perfeita?
Insana é a tentativa de caminhar direito
Louca a vontade de procurar uma vontade
Reclamo hoje o espólio abandonado
Em todos os pedaços dos meus nãos
Junto-me para não me perder
Sereno nesta doentia inquietação
Que me deixa sedento de ar puro
5/Março/2009
Quantos rumos tem o futuro?
De quantos avanços e recuos
Se faz uma inquietação perfeita?
Insana é a tentativa de caminhar direito
Louca a vontade de procurar uma vontade
Reclamo hoje o espólio abandonado
Em todos os pedaços dos meus nãos
Junto-me para não me perder
Sereno nesta doentia inquietação
Que me deixa sedento de ar puro
5/Março/2009
segunda-feira, 2 de março de 2009
domingo, 1 de março de 2009
Quantas palavras
Amedrontei-me com as palavras
Juntei-as uma a uma
Procurando uma frase onde me abrigar
Um som onde reconhecer o Sol
Breves sorrisos entre breves lágrimas
E um mar imenso que abracei na minha voz
Quis contar-te
Mas não te encontrei
Não me encontrei
1/Março/2009
Juntei-as uma a uma
Procurando uma frase onde me abrigar
Um som onde reconhecer o Sol
Breves sorrisos entre breves lágrimas
E um mar imenso que abracei na minha voz
Quis contar-te
Mas não te encontrei
Não me encontrei
1/Março/2009
quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009
Poema com pressa
Estas linhas escrevo-as com pressa
Pressa não sei de quê
Mas com vontade de ir não sei onde
Sim, com pressa porque tenho pressa
De partir para todos os lugares onde já morri
Pressa de viver com todas as ansiedades
Linhas escritas com pressa de chegar ao fim
Sem que nada diga ou queira dizer
Mas querendo dizer o tudo que ainda não sei
Guardei no mais profundo das mãos
Todos os espinhos com que me feri
Mas nesta pressa em que estou
Sinto-os... leve, dormente, indolor
18/Fevereiro/2009
Pressa não sei de quê
Mas com vontade de ir não sei onde
Sim, com pressa porque tenho pressa
De partir para todos os lugares onde já morri
Pressa de viver com todas as ansiedades
Linhas escritas com pressa de chegar ao fim
Sem que nada diga ou queira dizer
Mas querendo dizer o tudo que ainda não sei
Guardei no mais profundo das mãos
Todos os espinhos com que me feri
Mas nesta pressa em que estou
Sinto-os... leve, dormente, indolor
18/Fevereiro/2009
quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009
Passado
E as palavras que não as vivo?
E a loucura imensa de as sublimar?
E a mordaça que me sufoca a alma?
Onde estão as masmorras?
Onde está o nadar sem pé?
Carro desvairado resvalando no abismo
Onde está o doce do amargo?
E a dor de sorrir mais alto?
A inércia deste sentir o não sentimento
Falta-me a guerra pelo amanhã inexistente
Perseguição incessante do nada a troco de nada.
Já não tenho imagens de castelos nos bolsos
E perdi todos os rascunhos da alma
12/Fevereiro/2009
E a loucura imensa de as sublimar?
E a mordaça que me sufoca a alma?
Onde estão as masmorras?
Onde está o nadar sem pé?
Carro desvairado resvalando no abismo
Onde está o doce do amargo?
E a dor de sorrir mais alto?
A inércia deste sentir o não sentimento
Falta-me a guerra pelo amanhã inexistente
Perseguição incessante do nada a troco de nada.
Já não tenho imagens de castelos nos bolsos
E perdi todos os rascunhos da alma
12/Fevereiro/2009
Tu e a Lua
A Lua tinha um brilho diferente
Tinha um brilho que todas as noites ilumina o meu quarto
Quando ouço a tua voz nos meus pensamentos
A Lua tinha um brilho diferente
Tinha o brilho dos teus olhos
Por isso digo que te vi na Lua
Também as estrelas cintilavam com maior intensidade
E vi nelas... as tuas mãos... os teus gestos
E senti-me aconchegado na noite fria
Senti um lábio teu na minha face
E adormeci
27/Dezembro/2004
Tinha um brilho que todas as noites ilumina o meu quarto
Quando ouço a tua voz nos meus pensamentos
A Lua tinha um brilho diferente
Tinha o brilho dos teus olhos
Por isso digo que te vi na Lua
Também as estrelas cintilavam com maior intensidade
E vi nelas... as tuas mãos... os teus gestos
E senti-me aconchegado na noite fria
Senti um lábio teu na minha face
E adormeci
27/Dezembro/2004
Não existes
Tu não existes
Porque em nenhuma canção de amor
Ouvi versos que te cantassem
Tu não existes
Porque te olho e te vejo única
Atrás desse brilho cuja dimensão ignoras
Tu não existes
Mas, no entanto, és real
És real
Mas meus dedos não te alcançam
Pareces inatingível
Como se fosses rainha
E eu povo
Tu existes
Mas não existes
Para mim...
27/Novembro/2004
Porque em nenhuma canção de amor
Ouvi versos que te cantassem
Tu não existes
Porque te olho e te vejo única
Atrás desse brilho cuja dimensão ignoras
Tu não existes
Mas, no entanto, és real
És real
Mas meus dedos não te alcançam
Pareces inatingível
Como se fosses rainha
E eu povo
Tu existes
Mas não existes
Para mim...
27/Novembro/2004
domingo, 12 de outubro de 2008
Jardim
Esqueci o jardim das loucas noites
Em que todas as rosas eram tuas
Em que todos os espinhos eram meus
12/Outubro/2008
Em que todas as rosas eram tuas
Em que todos os espinhos eram meus
12/Outubro/2008
quarta-feira, 8 de outubro de 2008
Este silêncio
Aconchega-me no teu sono
Que me doem as noites
Envolve-me no teu respirar que me esvaio sem fim
Toma-me esta inquietação
Esta efervescência que me atira ao abismo
E remenda-me os estragos
E cura-me a sofreguidão
Escuta-me o silêncio
Para que não tenha de o aprisionar
8/Outubro/2008
Que me doem as noites
Envolve-me no teu respirar que me esvaio sem fim
Toma-me esta inquietação
Esta efervescência que me atira ao abismo
E remenda-me os estragos
E cura-me a sofreguidão
Escuta-me o silêncio
Para que não tenha de o aprisionar
8/Outubro/2008
quarta-feira, 1 de outubro de 2008
Regressa
Sinto a tua falta
Mais do que imaginaria
Fico olhando a porta
Esperando teus passos
Em vão fico te adivinhando
Em todas as sombras
Sem convicção
Vou-me enganando
Como se a qualquer instante
Viesses sorrindo
De regresso a mim.
Sinto a tua falta
Muito mais do que necessitaria
Para entender a minha saudade
Muito mais do que necessitaria
Para querer só para mim
A luz que guardas em teu sorriso.
Sinto a tua falta
E vou-te esperando
Com uma dor tranquila
Que suavemente me perfura o coração
Fazendo correr as lágrimas
Que tanto queria conter
Sinto a tua falta
Mais do que qualquer outra ausência
Na minha vida...
24/Novembro/2004
Mais do que imaginaria
Fico olhando a porta
Esperando teus passos
Em vão fico te adivinhando
Em todas as sombras
Sem convicção
Vou-me enganando
Como se a qualquer instante
Viesses sorrindo
De regresso a mim.
Sinto a tua falta
Muito mais do que necessitaria
Para entender a minha saudade
Muito mais do que necessitaria
Para querer só para mim
A luz que guardas em teu sorriso.
Sinto a tua falta
E vou-te esperando
Com uma dor tranquila
Que suavemente me perfura o coração
Fazendo correr as lágrimas
Que tanto queria conter
Sinto a tua falta
Mais do que qualquer outra ausência
Na minha vida...
24/Novembro/2004
Rio que sou
Para ti
Corre este rio em que me tornei
Feito de lágrimas e noites
Neste rio que sou
Guardo as chuvas e os vendavais
As folhas desavindas que perderam o seu ramo
Para ti
Corre este rio que agora sou
E nele vivem as sombras do meu quarto
Os gritos da minha alma que te espera em silêncio
Este rio em que me tornei
Corre a desaguar nos teus olhos
A banhar o teu sorriso
A provar o sal do teu mar
Este rio que sou
Tem nas águas a pureza do amor
A vontade do meu sonho
Para ti corre este rio que sou
8/Dezembro/2004
Corre este rio em que me tornei
Feito de lágrimas e noites
Neste rio que sou
Guardo as chuvas e os vendavais
As folhas desavindas que perderam o seu ramo
Para ti
Corre este rio que agora sou
E nele vivem as sombras do meu quarto
Os gritos da minha alma que te espera em silêncio
Este rio em que me tornei
Corre a desaguar nos teus olhos
A banhar o teu sorriso
A provar o sal do teu mar
Este rio que sou
Tem nas águas a pureza do amor
A vontade do meu sonho
Para ti corre este rio que sou
8/Dezembro/2004
terça-feira, 29 de julho de 2008
Amanhã
O mundo acaba amanhã
Gritou-me a árvore com pés de cimento
Corre para os teus rumos desgovernados
O mundo acaba amanhã
E eu com tantos dias por escrever
29/Julho/2008
Gritou-me a árvore com pés de cimento
Corre para os teus rumos desgovernados
O mundo acaba amanhã
E eu com tantos dias por escrever
29/Julho/2008
segunda-feira, 21 de julho de 2008
Azul diferente
O teu azul acordou diferente
Sem a leveza da água
Sem o som da manhã
O teu azul está mais escuro
Mais perto de uma dor contida
De olhar inquieto e trémulas mãos
Azul de luz sombria
De lágrima redonda e carnuda
Sulcando as faces da vida
Deixa-me tocar
As fundações desse teu azul
Deixa-me abraçar
A noite que te corrói
Deixa este meu sol
Penetrar-te a melancolia
Reverter em lençóis de ouro
O mar gelado que te aprisiona
Esta manhã
O teu azul acordou diferente
Adormecido pelo silêncio
Seco pelo deserto...
21/Julho/2008
Sem a leveza da água
Sem o som da manhã
O teu azul está mais escuro
Mais perto de uma dor contida
De olhar inquieto e trémulas mãos
Azul de luz sombria
De lágrima redonda e carnuda
Sulcando as faces da vida
Deixa-me tocar
As fundações desse teu azul
Deixa-me abraçar
A noite que te corrói
Deixa este meu sol
Penetrar-te a melancolia
Reverter em lençóis de ouro
O mar gelado que te aprisiona
Esta manhã
O teu azul acordou diferente
Adormecido pelo silêncio
Seco pelo deserto...
21/Julho/2008
quinta-feira, 26 de junho de 2008
Lua fria
Inquietação
Vontade de partir
Para não chegar ao fim
Inquietação
Sobressalto no peito
De algemas nas mãos
Inquietação
Passos perdidos
Achados no tempo de não ter tempo
Inquietação
E a Lua que não me aquece
Que não me abraça.
26/Junho/2008
Vontade de partir
Para não chegar ao fim
Inquietação
Sobressalto no peito
De algemas nas mãos
Inquietação
Passos perdidos
Achados no tempo de não ter tempo
Inquietação
E a Lua que não me aquece
Que não me abraça.
26/Junho/2008
terça-feira, 27 de maio de 2008
Coisas
Sou das coisas improváveis
Das flores ou do cimento
Sou dos amores
Dos sonhos e das quedas
Sou das coisas improváveis
Do opaco translúcido
Sou dos silêncios sem o saber
Porque falo o que ninguém ouve
Duas prováveis impossibilidades
Caíram-me no regaço
Uma sorri-me um não
A outra chora-me um sim
27/Maio/2008
Das flores ou do cimento
Sou dos amores
Dos sonhos e das quedas
Sou das coisas improváveis
Do opaco translúcido
Sou dos silêncios sem o saber
Porque falo o que ninguém ouve
Duas prováveis impossibilidades
Caíram-me no regaço
Uma sorri-me um não
A outra chora-me um sim
27/Maio/2008
terça-feira, 29 de abril de 2008
Num instante
Cheguei-me a ti
Para te dizer num instante
Esse dom que tens.
A estrada que lês
Em meia dúzia de segundos.
Dou-te os anos da memória
E as sombras que estreitam dores.
Muito rapidamente
Dizer-te que vou onde fores.
29/Abril/2008
Para te dizer num instante
Esse dom que tens.
A estrada que lês
Em meia dúzia de segundos.
Dou-te os anos da memória
E as sombras que estreitam dores.
Muito rapidamente
Dizer-te que vou onde fores.
29/Abril/2008
quarta-feira, 16 de abril de 2008
Mudança
Em vão, procuro entender
Que oceanos se revolvem dentro de mim
Que ventos me fazem derrubar
Vejo teus olhos e tento compreender
Porque a sua luz me cega
Porque o seu brilho me detém
Vejo teu sorriso e sem perceber
Sinto-me derrotado
Pelos meus velhos sonhos de amor
Ouço a tua voz e num truque de magia
Todo o meu mundo é musicado
E a ti fico ouvindo sem correria
Atento em teus gestos
Preso em todos eles
Sem vontade de me libertar
Estou a olhar para ti
E numa breve fantasia
Sinto-me dizer amo-te
23/Setembro/2004
Que oceanos se revolvem dentro de mim
Que ventos me fazem derrubar
Vejo teus olhos e tento compreender
Porque a sua luz me cega
Porque o seu brilho me detém
Vejo teu sorriso e sem perceber
Sinto-me derrotado
Pelos meus velhos sonhos de amor
Ouço a tua voz e num truque de magia
Todo o meu mundo é musicado
E a ti fico ouvindo sem correria
Atento em teus gestos
Preso em todos eles
Sem vontade de me libertar
Estou a olhar para ti
E numa breve fantasia
Sinto-me dizer amo-te
23/Setembro/2004
quarta-feira, 19 de março de 2008
Nevoeiro Cerrado
Nevoeiro cerrado
No cimo da esperança
A revolta no grito
A dor dos outros
Que gravo na noite
Sinto a explosão
Sem sangue a escorrer
Sem cabeças a rolar
Nevoeiro cerrado
Enche os olhos de noites
Abismos escondidos
Sorriem-me a cada passo
Sento-me perto do mar
Esperando o ruir de castelos
E a lua grita-me
Sussura-me
E a lua beija-me
Que saudade de mim!
19/Março/2008
No cimo da esperança
A revolta no grito
A dor dos outros
Que gravo na noite
Sinto a explosão
Sem sangue a escorrer
Sem cabeças a rolar
Nevoeiro cerrado
Enche os olhos de noites
Abismos escondidos
Sorriem-me a cada passo
Sento-me perto do mar
Esperando o ruir de castelos
E a lua grita-me
Sussura-me
E a lua beija-me
Que saudade de mim!
19/Março/2008
Solidão
Solidão
Porque não me deixas
Porque não procuras outra alma
A quem roubar a felicidade?
Porque insistes em me prender
Com teus macabros encantos?
Vai-te... deixa-me
Odeio-te com todas as forças que me restam
E que me dão esperança para lutar até ao fim
16/Setembro/1988
Porque não me deixas
Porque não procuras outra alma
A quem roubar a felicidade?
Porque insistes em me prender
Com teus macabros encantos?
Vai-te... deixa-me
Odeio-te com todas as forças que me restam
E que me dão esperança para lutar até ao fim
16/Setembro/1988
Pedra preciosa
És pedra preciosa na fortuna que não tenho
Estrela que brilha na minha escuridão
És pedaços de sonho em que vou e venho
Brisa suave numa noite de Verão
És conto de fadas que não existe
História de amor por acontecer
És pensamento alegre, pensamento triste
Mar em que navego sem me perder
É por isso que te quero tanto
Por isso é triste o meu pranto
Quando me sinto assim sozinho
Por isso é que a vida tem sentido
Por isso é que me sinto agradecido
Teres entrado em meu caminho
Dezembro/1987
Estrela que brilha na minha escuridão
És pedaços de sonho em que vou e venho
Brisa suave numa noite de Verão
És conto de fadas que não existe
História de amor por acontecer
És pensamento alegre, pensamento triste
Mar em que navego sem me perder
É por isso que te quero tanto
Por isso é triste o meu pranto
Quando me sinto assim sozinho
Por isso é que a vida tem sentido
Por isso é que me sinto agradecido
Teres entrado em meu caminho
Dezembro/1987
A mão
Vou caminhando sem saber para onde.
Vejo ao longe o abismo
Chama-me... carente
E vou ter com ele
Sinto resignação
Ultrapasso obstáculos sem dificuldade... sem dor
Sinto uma mão que me segura
Que me impede de avançar.
Agarro-me a ela com a pouca força que ainda me resta
Tento lutar para não a perder
Talvez seja sôfrego demais
O desespero... maior do que imaginava
E ela foge...
A mão
Empurro-me para a frente
O abismo está cada vez mais perto
A mão
Sinto-a presente
E tão ausente
A tranquilidade que me traz
Igual ao desconsolo em que me deixa.
A mão que me embala me trata
Que me dá coragem
É a mão que depois me larga
E me aprofunda a dor
Estranho ou nem tanto
Talvez estranho fosse
Se fosse de outra maneira...
Novembro/1999
Vejo ao longe o abismo
Chama-me... carente
E vou ter com ele
Sinto resignação
Ultrapasso obstáculos sem dificuldade... sem dor
Sinto uma mão que me segura
Que me impede de avançar.
Agarro-me a ela com a pouca força que ainda me resta
Tento lutar para não a perder
Talvez seja sôfrego demais
O desespero... maior do que imaginava
E ela foge...
A mão
Empurro-me para a frente
O abismo está cada vez mais perto
A mão
Sinto-a presente
E tão ausente
A tranquilidade que me traz
Igual ao desconsolo em que me deixa.
A mão que me embala me trata
Que me dá coragem
É a mão que depois me larga
E me aprofunda a dor
Estranho ou nem tanto
Talvez estranho fosse
Se fosse de outra maneira...
Novembro/1999
Impossíveis
É impossível esquecer-te
Porque em cada brisa a doçura da tua voz
Em cada momento te procuro meu redor
É impossível esquecer-te
Porque em cada lágrima um pedaço de mim
Em cada escuridão te procuro nas sombras
Em cada esquina os teus passos
É impossível esquecer-te
Porque em cada olhar os teus olhos
Em cada instante o teu corpo
Em cada céu o teu esvoaçar...
É impossível esquecer-te
Porque em cada flor o teu cheiro
Em cada mar o teu azul
Em cada árvore o teu verde
É impossível esquecer-te
Porque és o beijo de todos os lábios
Beleza de todos os rostos
O calor de todos os abraços
É impossível esquecer-te
Porque és o sangue de cada veia
É impossível esquecer-te
Porque és todos os meus sonhos
Todos os meus poemas
17/Outubro/2004
Porque em cada brisa a doçura da tua voz
Em cada momento te procuro meu redor
É impossível esquecer-te
Porque em cada lágrima um pedaço de mim
Em cada escuridão te procuro nas sombras
Em cada esquina os teus passos
É impossível esquecer-te
Porque em cada olhar os teus olhos
Em cada instante o teu corpo
Em cada céu o teu esvoaçar...
É impossível esquecer-te
Porque em cada flor o teu cheiro
Em cada mar o teu azul
Em cada árvore o teu verde
É impossível esquecer-te
Porque és o beijo de todos os lábios
Beleza de todos os rostos
O calor de todos os abraços
É impossível esquecer-te
Porque és o sangue de cada veia
É impossível esquecer-te
Porque és todos os meus sonhos
Todos os meus poemas
17/Outubro/2004
Inexplicável
Inexplicável
A razão do que sinto
O que me preenche
E não me obriga a correr
O que me faz sorrir
E não me desespera
Sinto e basta-me
Vou procurando todas as formas de chegar a ti
E acalmo o tremor das minhas mãos.
Não encontro explicação
Para serem teus os pensamentos
Para me sentir preso em ti
E ao mesmo tempo tão livre
Dou-te o melhor de mim
Sem de ti querer nada
Secretamente desejando que me dês tudo.
Não sinto a pressão da vida
Não sinto as lágrimas de ontem
Apenas sinto amar-te
Aqui
No silêncio onde te contemplo
No silêncio onde componho
Todas as linhas da minha emoção
Apenas sinto amar-te
Como um privilégio que me foi dado
Pelo amanhecer de um dos meus dias
É inexplicável
A razão do que sinto
Mas quero tanto sentir
Que adormeço embalado
Pela certeza do bater do meu coração...
23/Outubro/2004
A razão do que sinto
O que me preenche
E não me obriga a correr
O que me faz sorrir
E não me desespera
Sinto e basta-me
Vou procurando todas as formas de chegar a ti
E acalmo o tremor das minhas mãos.
Não encontro explicação
Para serem teus os pensamentos
Para me sentir preso em ti
E ao mesmo tempo tão livre
Dou-te o melhor de mim
Sem de ti querer nada
Secretamente desejando que me dês tudo.
Não sinto a pressão da vida
Não sinto as lágrimas de ontem
Apenas sinto amar-te
Aqui
No silêncio onde te contemplo
No silêncio onde componho
Todas as linhas da minha emoção
Apenas sinto amar-te
Como um privilégio que me foi dado
Pelo amanhecer de um dos meus dias
É inexplicável
A razão do que sinto
Mas quero tanto sentir
Que adormeço embalado
Pela certeza do bater do meu coração...
23/Outubro/2004
quarta-feira, 12 de março de 2008
O teu mar
A lua ilumina-te o rosto
E vejo-te reflectida nas ondas do mar
Na areia fico sorrindo às águas
Esperando poder banhar-me no teu abraço salgado
A luz das estrelas aquece todos os poros da minha pele
E apetece-me gritar por ti
Contar às sombras como descobri que te amava...
Correr pelas ruas pintando o sorriso onde te guardo
Vai amanhecendo
E na areia onde adormeci
O mar deixou escrito o teu nome
As nuvens desenham os teus olhos em tons avermelhados
Sinto-me invadido por imensa saudade
Quando recordo a cor intensa do teu universo
Os sons lembram-me a harmonia
Em que vivem todas partes de ti
Ouço a tua voz no cantar dos pássaros pela manhã
No descansar dos ventos
E adormeço de novo
Abraçando toda a dor da saudade
23/Outubro/2004
E vejo-te reflectida nas ondas do mar
Na areia fico sorrindo às águas
Esperando poder banhar-me no teu abraço salgado
A luz das estrelas aquece todos os poros da minha pele
E apetece-me gritar por ti
Contar às sombras como descobri que te amava...
Correr pelas ruas pintando o sorriso onde te guardo
Vai amanhecendo
E na areia onde adormeci
O mar deixou escrito o teu nome
As nuvens desenham os teus olhos em tons avermelhados
Sinto-me invadido por imensa saudade
Quando recordo a cor intensa do teu universo
Os sons lembram-me a harmonia
Em que vivem todas partes de ti
Ouço a tua voz no cantar dos pássaros pela manhã
No descansar dos ventos
E adormeço de novo
Abraçando toda a dor da saudade
23/Outubro/2004
quarta-feira, 5 de março de 2008
Um só olhar
Olhar dorido
Cansado
Olhar de frente risonho
Escondido das névoas
Perdido nas ruelas
Olhar que mente e desmente
Que vive e morre
Quando o vento lhe assobia fins e princípios...
Olhar dormente
Esperando um beijo
Olhar silencioso
Gritando as cores dos sonhos
Olhar que flutua entre o sim e o não...
Olhar meu que é teu
Olhar teu que é único
Olhar nosso que construímos
Com tijolos de amor e sexo
Refrescante de luz e suor...
Olhar que perde rumos
Olhar que persegue fugas
Olhar que olha e não vê
Que olha e não quer ver
Olhar...
Um olhar e tantos olhares
Uma vida e tantas vidas
Tantos risos, tantos choros
Tantos olhares...
Num só olhar...
14/Fevereiro/2008
Cansado
Olhar de frente risonho
Escondido das névoas
Perdido nas ruelas
Olhar que mente e desmente
Que vive e morre
Quando o vento lhe assobia fins e princípios...
Olhar dormente
Esperando um beijo
Olhar silencioso
Gritando as cores dos sonhos
Olhar que flutua entre o sim e o não...
Olhar meu que é teu
Olhar teu que é único
Olhar nosso que construímos
Com tijolos de amor e sexo
Refrescante de luz e suor...
Olhar que perde rumos
Olhar que persegue fugas
Olhar que olha e não vê
Que olha e não quer ver
Olhar...
Um olhar e tantos olhares
Uma vida e tantas vidas
Tantos risos, tantos choros
Tantos olhares...
Num só olhar...
14/Fevereiro/2008
Querer
Queria escrever-te o amor como o conheço
Queria falar-te do amor como eu sinto
Pegar na tua mão e levar-te ao céu
Passear-te por todos os jardins... por todas as montanhas
Queria contar-te o amor como o conto
Uma flor
Um perfume
Um olhar deslumbrado
Queria dar-te o amor como eu o dou
Toque no rosto
Beijo demorado
Abraço sem fim
Amor de palavras simples
Queria mostrar-te o amor que me dói no peito
A saudade que sinto quando partes sem mim
A saudade que te espera
Te sonha e te anseia
Queria dizer-te do amor que queria sentir
Por ti...
19/Setembro/2004
Queria falar-te do amor como eu sinto
Pegar na tua mão e levar-te ao céu
Passear-te por todos os jardins... por todas as montanhas
Queria contar-te o amor como o conto
Uma flor
Um perfume
Um olhar deslumbrado
Queria dar-te o amor como eu o dou
Toque no rosto
Beijo demorado
Abraço sem fim
Amor de palavras simples
Queria mostrar-te o amor que me dói no peito
A saudade que sinto quando partes sem mim
A saudade que te espera
Te sonha e te anseia
Queria dizer-te do amor que queria sentir
Por ti...
19/Setembro/2004
segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008
Vertigem
De novo a loucura
Passos descompassados
Dor inerte habitante de mim...
Soltam-me as algemas
Mas prendo as mãos uma na outra...
São as cores cheias de minutos
E as horas escassas de tempo...
Vivo bem na vertigem do que abandono...
Mas corrói-me... esgota-me...
Um passo acertado
E pulo para o cimo do sonho...
18/Fevereiro/2008
Passos descompassados
Dor inerte habitante de mim...
Soltam-me as algemas
Mas prendo as mãos uma na outra...
São as cores cheias de minutos
E as horas escassas de tempo...
Vivo bem na vertigem do que abandono...
Mas corrói-me... esgota-me...
Um passo acertado
E pulo para o cimo do sonho...
18/Fevereiro/2008
quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008
Negação
Porque insisto em negar
O que todo o meu corpo repete vezes sem conta
Sempre que te vejo numa inventada esquina...
Porque insisto em chorar
Se tanto de ti me preenche...
Os sorrisos que me ensinas
Os beijos que me roubas...
É como viver sem querer viver
Rejeitando a vida para não morrer
Renunciando à vida para não sofrer
Como se não fosse claro
Que preciso de sofrer para melhor te amar
Que preciso de chorar para melhor te cuidar...
Porque insisto em negar que te amo
Se tudo é uma infinita canção de amor
Tocada no fim de todos os caminhos
No princípio de todos os mares...
Porque insisto em negar que te amo
Se tudo em meu redor já o descobriu...
16/Setembro/2004
O que todo o meu corpo repete vezes sem conta
Sempre que te vejo numa inventada esquina...
Porque insisto em chorar
Se tanto de ti me preenche...
Os sorrisos que me ensinas
Os beijos que me roubas...
É como viver sem querer viver
Rejeitando a vida para não morrer
Renunciando à vida para não sofrer
Como se não fosse claro
Que preciso de sofrer para melhor te amar
Que preciso de chorar para melhor te cuidar...
Porque insisto em negar que te amo
Se tudo é uma infinita canção de amor
Tocada no fim de todos os caminhos
No princípio de todos os mares...
Porque insisto em negar que te amo
Se tudo em meu redor já o descobriu...
16/Setembro/2004
terça-feira, 5 de fevereiro de 2008
Livre
Libertei-me das penas
Que aprisionavam o tempo!
Vivo as marcas em chamas
Como momentos de vã loucura...
Olho-me...
Vejo perdidos tantos lugares da minha existência...
Agarro-os...
Mas já me faltam os dedos...
Fico incompleto...
Para sempre...
5/Fevereiro/2008
Que aprisionavam o tempo!
Vivo as marcas em chamas
Como momentos de vã loucura...
Olho-me...
Vejo perdidos tantos lugares da minha existência...
Agarro-os...
Mas já me faltam os dedos...
Fico incompleto...
Para sempre...
5/Fevereiro/2008
segunda-feira, 14 de janeiro de 2008
Tempestade
Encontrei-me com o amor
Já o sentia em mim
Já o vivia... já te amava...
Mas esta noite encontrei-me com ele...
Senti-o como tempestade...
Refrescar-me a alma
Fazer-me voar
Num abraço de todos os sonhos
Que perdi no vento...
Senti-me criança
Com tesouro acabado de descobrir...
Encontrei-me com o amor
E vi-te como nunca te vi antes
Amei-te como nunca te havia amado...
Olhei-te tão intensa e cheia de luz...
Olhei-te como parte de mim...
Palavra no meu pensamento
Guia no caminho que percorro...
Neste meu encontro com o amor
Ouvi o teu nome em todos os passos
Desta viagem cujo destino desconheço...
Levo comigo lágrimas e sorrisos...
Não olho para trás...
Porque para trás nada existe...
Vou perseguir este sonho...
Não o posso deixar correr sozinho...
Preciso de o viver...
1/Janeiro/2005
Já o sentia em mim
Já o vivia... já te amava...
Mas esta noite encontrei-me com ele...
Senti-o como tempestade...
Refrescar-me a alma
Fazer-me voar
Num abraço de todos os sonhos
Que perdi no vento...
Senti-me criança
Com tesouro acabado de descobrir...
Encontrei-me com o amor
E vi-te como nunca te vi antes
Amei-te como nunca te havia amado...
Olhei-te tão intensa e cheia de luz...
Olhei-te como parte de mim...
Palavra no meu pensamento
Guia no caminho que percorro...
Neste meu encontro com o amor
Ouvi o teu nome em todos os passos
Desta viagem cujo destino desconheço...
Levo comigo lágrimas e sorrisos...
Não olho para trás...
Porque para trás nada existe...
Vou perseguir este sonho...
Não o posso deixar correr sozinho...
Preciso de o viver...
1/Janeiro/2005
segunda-feira, 7 de janeiro de 2008
Verdade
Porque não dizer que te amo
Se é o que sinto em mim
Se te recordo com um sorriso
Em cada esquina que cruzo...
Amo-te
Porque em cada noite
Te vejo nas estrelas
A Lua ilumina o teu rosto
Nas paredes do meu quarto...
Matando a sede infinita de ti...
Amo-te
Pela cor do teu sorriso
Por cada instante do teu ser...
Porque não dizer que te amo
Quando ouço o teu nome
Em cada batida do meu coração
Quando cada lágrima das minhas mãos
Acarinha um pedaço de ti...
Sim, amo-te
Porque quando o inexplicável acontece
Sobra-me a vontade de sentir...
A vontade de correr para qualquer lugar
Desde que seja o teu lugar...
Porque quando todo o meu corpo me diz aquilo
Que o mundo há muito me segredou
Não tenho como fugir... como recusar...
Amo-te
Pelas memórias que vivo
Pelo futuro que desconheço
Pelo prazer de te amar
Pelo que te faz mulher...
Amo-te
Sente o que sou
Vê-me transparente
Conhece todos os recantos da minha alma
Todos os meus sonhos secretos
Todos os receios que me amedrontam
Toda a verdade de te amar...
21/Outubro/2004
Se é o que sinto em mim
Se te recordo com um sorriso
Em cada esquina que cruzo...
Amo-te
Porque em cada noite
Te vejo nas estrelas
A Lua ilumina o teu rosto
Nas paredes do meu quarto...
Matando a sede infinita de ti...
Amo-te
Pela cor do teu sorriso
Por cada instante do teu ser...
Porque não dizer que te amo
Quando ouço o teu nome
Em cada batida do meu coração
Quando cada lágrima das minhas mãos
Acarinha um pedaço de ti...
Sim, amo-te
Porque quando o inexplicável acontece
Sobra-me a vontade de sentir...
A vontade de correr para qualquer lugar
Desde que seja o teu lugar...
Porque quando todo o meu corpo me diz aquilo
Que o mundo há muito me segredou
Não tenho como fugir... como recusar...
Amo-te
Pelas memórias que vivo
Pelo futuro que desconheço
Pelo prazer de te amar
Pelo que te faz mulher...
Amo-te
Sente o que sou
Vê-me transparente
Conhece todos os recantos da minha alma
Todos os meus sonhos secretos
Todos os receios que me amedrontam
Toda a verdade de te amar...
21/Outubro/2004
terça-feira, 18 de dezembro de 2007
Sonhei com um beijo teu
Sonhei com um beijo teu
Incansável, contemplava-te pela milionésima vez
Achei-te bela como sempre...
Com as minhas mãos tremendo de emoção
Acariciava tua face
Ao mesmo tempo que te idolatrava num sorriso
Um sorriso tantas vezes receoso de te não merecer...
Lentamente... os dedos pela tua pele
E o medo de te perder
A vontade de te guardar nas estrelas...
Em cada recanto do teu rosto
Supliquei à eternidade daquele momento...
Senti-te entranhar em mim
Fazendo-me viver secretos desejos...
Segurava teu rosto como pedra preciosa
Como Mona Lisa de Da Vinci...
E os meus lábios tocaram os teus
Num beijo que não cabia no céu...
Sonhei com um beijo teu...
Tão real, tão intenso, tão doce...
13/Novembro/2004
Incansável, contemplava-te pela milionésima vez
Achei-te bela como sempre...
Com as minhas mãos tremendo de emoção
Acariciava tua face
Ao mesmo tempo que te idolatrava num sorriso
Um sorriso tantas vezes receoso de te não merecer...
Lentamente... os dedos pela tua pele
E o medo de te perder
A vontade de te guardar nas estrelas...
Em cada recanto do teu rosto
Supliquei à eternidade daquele momento...
Senti-te entranhar em mim
Fazendo-me viver secretos desejos...
Segurava teu rosto como pedra preciosa
Como Mona Lisa de Da Vinci...
E os meus lábios tocaram os teus
Num beijo que não cabia no céu...
Sonhei com um beijo teu...
Tão real, tão intenso, tão doce...
13/Novembro/2004
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