quarta-feira, 26 de maio de 2010

Mãos vazias

Preciso destas mãos vazias
Mãos recomeçadas
Mãos reconstruídas
Preciso de um princípio
Que me mostre um fim
Que o meio logo invento
Preciso tanto mas tanto
Que daria tanto do que não preciso
Troco já duas caixas de hesitações
Por meia certeza absoluta
Troco já dois amanhãs em eterna pausa
Por esboço de um hoje completo
Preciso mesmo destas mãos vazias
De as fazer novas sem linhas nem temores
Preciso delas frescas e intactas
Para agarrar tudo o que passa por mim esvoaçando

26/Maio/2010

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