Vou caminhando sem saber para onde.
Vejo ao longe o abismo
Chama-me... carente
E vou ter com ele
Sinto resignação
Ultrapasso obstáculos sem dificuldade... sem dor
Sinto uma mão que me segura
Que me impede de avançar.
Agarro-me a ela com a pouca força que ainda me resta
Tento lutar para não a perder
Talvez seja sôfrego demais
O desespero... maior do que imaginava
E ela foge...
A mão
Empurro-me para a frente
O abismo está cada vez mais perto
A mão
Sinto-a presente
E tão ausente
A tranquilidade que me traz
Igual ao desconsolo em que me deixa.
A mão que me embala me trata
Que me dá coragem
É a mão que depois me larga
E me aprofunda a dor
Estranho ou nem tanto
Talvez estranho fosse
Se fosse de outra maneira...
Novembro/1999
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