A tua dor
No meu peito sinto-a desmedida
Gigantesca... insuportável
Sinto a desilusão que te consome
As tuas lágrimas como cortantes diamantes
Que te rasgam o coração de forma precisa
Nenhuma palavra te serve de alimento...
Nenhum gesto...
Nenhum abraço te serve de alento
Uma chuva torrencial
Que te gela por completo
E sentes o teu corpo ser levado
Pelos vendavais que te inundam o olhar...
Estendes a tua mão
Mesmo sabendo que nada tens onde te agarrar
E choras em silêncio
Para que os sons da tua mágoa
Não te torturem ainda mais
Sinto-me impotente
Sem qualquer passe de mágica
Que te roube ao sofrimento
Tento partilhar as tuas lágrimas
Julgando, inocente, que assim te aliviarei
Tens essa dor que é tua
Já a sabes de cor
No entanto, é desconhecida do Mundo
É tua...
Apenas tua...
17/Dezembro/2004
Sem comentários:
Enviar um comentário