segunda-feira, 27 de março de 2006

Corpo que grita

O meu corpo grita o amor
Sinto-o quase enlouquecer
Com cada lágrima de saudade que não consigo guardar
Dentro do coração triste quero correr para ti
Levar-te todo este sentimento
Que me arrebata a cada dia que passa
Que toma conta de mim sem que lhe possa resistir...

Grito que te amo
Porque preciso de gritar ao mundo
Que és a mais luminosa das estrelas
Que és um rio sereno e tranquilo
Onde vejo reflectidos todos os meus sonhos de amor...

28/Novembro/2004

domingo, 26 de março de 2006

Tanto te escrevi

Já tanto te escrevi o meu amor
Tantas vezes te falei dos ventos... dos mares... dos céus...
De todos os instantes em que te lembro
Em que te sinto a falta...
De como em cada um desses instantes
A frescura dos ventos... o sabor dos mares... a grandeza dos céus
Te trazem até mim envolvida pelos meus braços...

Já tanto te escrevi o meu amor
E continuo sem conseguir medir
A intensidade deste sentimento que cresce a cada ausência tua...
Já não contenho toda a emoção
Com que te desenho nas paredes do meu quarto
Já não nego o amor que te dedico
O olhar que para ti guardo...
O beijo com que meus lábios te esperam...
Todas as palavras têm o teu nome
A forma do teu corpo... o som da tua voz
Porque tu és todas as palavras de amor
És todos os sonhos com que te amo...

9/Setembro/2004

Gosto de te ver

Gosto de te ver
De me sentar
E te conhecer
Traço após traço...
De te decorar
Em cada pedaço
Da tua pele macia
Sempre tão quente
Na minha alma fria
No meu coração carente...

18/Janeiro/2005

terça-feira, 21 de março de 2006

Parece pouco

Quis encontrar uma nuvem
Para nela moldar os contornos do que sinto...
Quis encontrar uma rosa e colocar nela todas as palavras
Que não consigo descobrir para te falar de amor.
Procurei sem cessar
Um gesto para te surpreender...
Queria cantar-te todos os momentos
Em que sonhei acarinhar-te
Em que me imaginei
Voando contigo sobre todos os sonhos que nunca realizei...
Dançar contigo uma melodia para te abraçar
E sentires o bater do amor que escondo dentro de mim.
Estou aqui... tentando encontrar uma forma de chegar perto de ti...
Sem que a voz se deixe prender pelos medos que me roubam
E me fazem chorar todos os pedaços
De uma tranquilidade que me abandona
A cada minuto... a cada segundo...
Quis encontrar uma nuvem
Para com ela escrever o meu amor por ti
Porque as palavras que aprendi
Não me falam dele como eu o sinto.
As palavras que sei...
Amo-te...
Parece tão pouco...
Perto do tanto que te queria dizer...

15/Setembro/2004

segunda-feira, 20 de março de 2006

Claridade...

aab.jpg

Claridade

Ontem vi-te...
Parecias flor... mas também eras céu...
Teus olhos imensos... como nunca...
Teu corpo sublime... como sempre...
Dei-me a ti
Num momento em que foste irresistível
E arrebatado... como nunca...
Maravilhado... como sempre...
Me senti devorado pela claridade que emanas...
Ontem vivi...
Como nunca...

21/Março/2005

São para ti

O vento que corria perguntou-me...
Para quem escreves?...
É para ela...
É para ela que escrevo...

Os rostos na rua...
Intrigavam-se...
Para quem sorri ele?...
É para ela...
Disseram os meus olhos...
É para ela que sorrio...

Os teus lábios
Perguntaram aos meus...
São para mim esses poemas?...
Sim... são para ti...
Confessou-te o meu beijo...

31/Janeiro/2005

Não consigo escrever

Não consigo escrever
Porque a saudade me dói
Porque a solidão de te não ter
A sinto na alma e me corrói
Me deixa incapaz de sorrir
Me deixa incapaz de dormir.
É uma dor que persiste
No pranto que guardo no peito
É um poema triste
Com que à noite me deito
É lágrima que sinto correr
Em meu rosto sem se deter...
A saudade que de ti sinto
Não me deixa escrever
Porque em cada verso minto
Procurando em vão esconder
Todos os meus lamentos
Todos os pedaços de solidão
Que em todos os momentos
Se apoderam do meu coração...
Penso em ti e morro
Penso em ti e corro
Feito louco para te encontrar
Para me deliciar com teu olhar
Porque és feita de magia
Porque és feita de ternura
És doçura que contagia
Sorriso na minha amargura...
Vou contando com ansiedade
As horas que vão passando
As horas que com maldade
Me olham assim chorando
E para longe te levam
Longe de mim te guardam.
Não consigo escrever
Porque o poema que invento
É espelho do sofrimento
Que não deixo de viver
Quando nas noites sem ti
Releio as lágrimas que te escrevi
E lentamente vou entendendo
Toda a grandeza deste amor
Toda a razão desta dor
Que no meu peito vai doendo...
Não consigo escrever
Porque em todos versos
Coloco toda esta tristeza
Que não me deixa adormecer
Os meus receios submersos
A ansiedade da incerteza...
Queria dar-te apenas
As rimas que sinto por te amar
Ignorar todas as penas
Da saudade de te abraçar
Queria apenas compor
Poemas de felicidade
Para te falar do meu amor
Sem sentir a vontade
De chorar a minha dor...

31/Outubro/2004

Antes de dormir

Não queria adormecer
Sem pensar mais uma vez em ti
Porque sempre que o faço o meu corpo vive
Sempre que te lembro
O sangue corre mais veloz nas minhas veias...
Imagino-te aqui
Fecho os meus olhos... e vejo-te...
Lentamente vou desenhando todas as linhas do teu rosto.
Pinto de suave amarelo a luz do teu olhar...
Com um ténue rosa dou mais cor
À tua doce pele...
Pinto as tuas mãos com as cores da minha saudade
Levo horas sem fim para retratar o teu sorriso
Que é tão mais belo do que alguma vez possa desenhar...
Estendo a minha mão...
Meus dedos tremem...
Toco na ilusão do teu corpo
Sinto o teu aroma neste sonho de ti
Quase acredito que és realidade
Meu corpo estremece...
Procuro refúgio nas lembranças
E voo para teus braços...

16/Outubro/2004

Coração chorando

O coração vai chorando
E o corpo definhando,
Vai esquecendo de viver...
Entregue à loucura
De um frio que vem aquecer,
Entregue a este fado
De perder o que se procura.
Estou só, desesperado...
Olho o horizonte
E as lágrimas saltam
Como água de uma fonte
Como chuva em noite de Inverno.
Penso nos beijos que me faltam,
Desisto do amor que me fugiu...
Sinto o calor do inferno
Que me gela o coração...
Chamo por quem nunca me ouviu,
Vou juntando tristes pedaços
De um puzzle sem solução.
Vou recordando um abraço
Que nunca me reconfortou...
E tudo para que não chore,
E tudo para que não sinta.
No abismo onde estou
Engano a solidão que sei de cor...
E peço-lhe que me minta...
Que me deixe acreditar
Que tudo é um pesadelo
E que quando acordar
Sinta um afago no cabelo
Sinta um beijo no coração
Me dizendo estar tudo bem.
Que me deixe na ilusão
De que o amanhã ainda vem...

Setembro/1999

Que palavras...

Não sei que palavras escreva
Para te dizer quanto te amo
A impaciência com que escrevo
E em seguida risco todas as frases
É a impaciência de te querer dizer
O que nunca te consigo dizer...
Não encontro palavras
Que expliquem o que me transborda
O que é maior do que o que meu olhar alcança...
Palavras para definir
O que seria o dia sem os teus olhos
A noite sem a tua lembrança...
O que seria viver sem te pensar
Dormir sem te sonhar...
Queria definir o quanto te amo
Para sossegar o meu coração
Que tanto te quer dizer dos seus desejos
Te mostrar como forrou suas paredes
Com as imagens do teu sorriso
Com os sons da tua voz...
Não sei que palavras escreva
Quando um olhar apaixonado
O esboço de um tímido beijo
Vale mais do que qualquer palavra...

31/Outubro/2004

domingo, 19 de março de 2006

Juntei...

Juntei todas estas lágrimas
Com que construo a minha saudade
E com elas te faço este poema...
Com elas te conto do amor
Que sinto em cada poro da minha pele...

Peguei em todas as palavras que conheço
Para te compor uma canção
E nela te cantar o que és para mim
Mostrar-te como o meu dia
É melhor por te esperar... mesmo que demores a vir...
A alegria de te ter ainda que por breves instantes...

Quero correr para ti
Levar-te todo este sentimento
Que me arrebata a cada dia que passa
Que toma conta de mim sem que lhe possa resistir...
Gritar que te amo
Porque preciso de gritar ao mundo
Que és a mais luminosa das estrelas
Que és um rio sereno e tranquilo
Onde vejo reflectidos todos os meus sonhos...

21/Novembro/2004

sexta-feira, 17 de março de 2006

Sempre

Cai a noite
Deito-me na cama procurando os sonhos
Procurando ganhar asas para voar para junto de ti.
Sem pressa vou fechando os olhos.
Deixo-me levar por pensamentos... por lamentos... pela saudade...

Vejo-te balançando o teu corpo... provocando-me
Fazendo o meu coração bater mais depressa.
Sinto vontade de te tocar, de provar tua pele...
A saudade que me invade a alma
Deixa-me triste... deixa-me alegre...

Tu és o meu porto de abrigo
Onde me refugio depois da tempestade.
Tu és o cobertor, és a brisa,
És o açucar que adoça o café amargo.
O meu coração corre como louco tentando chegar-te
A ansiedade tranquila que sinto em mim faz-me sorrir...

Passo as mãos pela cama na esperança de te descobrir...
No entanto, encontro apenas a tua recordação.
Os lençóis que ainda guardam o teu cheiro...
Nas almofadas o esboço do teu sorriso ainda repousa suavemente.
No meu corpo, ainda sinto a leve pressão das tuas mãos...

Saudades, amor... saudades...
Preciso de ti para viver como de todas as partes do meu corpo.
Levas-me à loucura...
Quero fazer amor contigo...
Para sempre...

8/Abril/2000

Acordar

Olhos tristes... alma sem vida...
Fechada neste buraco onde sozinha procura
O rumo... o sentido...
Onde sozinha vai chorando
Lágrimas de sangue... de medo...

Dias cinzentos, sem música
As noites frias arrefecem o coração.
E aumenta a dor nesse peito sofredor...
E a dor é forte,
Mais forte que tudo,
Mais forte que a vida,
Mais forte que a morte...
Esse buraco... refúgio... abrigo...
Esconderijo predilecto
Quando nada parece real
Quando tudo parece pesadelo...

Acabou-se o sonho e por isso dormes
De olhos bem abertos para a dor não te fintar.
Para a dor não te iludir de novo...
Até que um dia...
Uma tímida luz toma conta dos teus olhos
Uma ténue esperança traz um pouco de vida à tua alma.
Ao longe uma música faz-se ouvir
Cada vez mais alto... cada vez mais clara...
Nesse buraco as paredes desmoronam-se...
Os dias são mais longos... mais bonitos... mais apetecíveis...
A noite é mais quente
E o coração bate de novo... ansioso...
A dor já é leve... passado... já é recordação.
Não recordação triste... mas apenas recordação...

E o refúgio torna-se ridículo
E o abrigo torna-se sufocante
É tempo de viver... é tempo de emoções
É tempo de amar outra vez...
E a vida espera-te na mesma esquina onde a abandonaste...
Ela espera-te... alegre... saudosa
Pronta para te fazer feliz
Pronta para te fazer infeliz
Pronta para te fazer viver...

Julho/1999

quinta-feira, 16 de março de 2006

Ousadias

Nunca ousara, em sonhos sequer
Querer para mim tal emoção
Sentir a tua forma de ser mulher
Arrebatar assim meu coração...

És magia jamais inventada
Que eu sem o saber procurava
Flor todos os dias renovada
Cuja semente há muito amava...

És tudo o que não conhecia
Toda a revelação em meu olhar
Tudo o que a alma me pedia...

Descobri-te dentro da minha vida
Eternamente te irei guardar
Para não ter de a sentir perdida...

16/Janeiro/2005

Versos

Estive a ouvir
Versos de amor que me falavam de ti
Em cada som te beijei
Em cada palavra te abracei...

Dei por mim
Chorando lágrimas de saudade
E em silêncio
Cantei-te os versos da minha alma...
Versos de todos os desejos secretos
Que não tenho coragem de partilhar contigo...

31/Outubro/2004