sexta-feira, 17 de março de 2006

Sempre

Cai a noite
Deito-me na cama procurando os sonhos
Procurando ganhar asas para voar para junto de ti.
Sem pressa vou fechando os olhos.
Deixo-me levar por pensamentos... por lamentos... pela saudade...

Vejo-te balançando o teu corpo... provocando-me
Fazendo o meu coração bater mais depressa.
Sinto vontade de te tocar, de provar tua pele...
A saudade que me invade a alma
Deixa-me triste... deixa-me alegre...

Tu és o meu porto de abrigo
Onde me refugio depois da tempestade.
Tu és o cobertor, és a brisa,
És o açucar que adoça o café amargo.
O meu coração corre como louco tentando chegar-te
A ansiedade tranquila que sinto em mim faz-me sorrir...

Passo as mãos pela cama na esperança de te descobrir...
No entanto, encontro apenas a tua recordação.
Os lençóis que ainda guardam o teu cheiro...
Nas almofadas o esboço do teu sorriso ainda repousa suavemente.
No meu corpo, ainda sinto a leve pressão das tuas mãos...

Saudades, amor... saudades...
Preciso de ti para viver como de todas as partes do meu corpo.
Levas-me à loucura...
Quero fazer amor contigo...
Para sempre...

8/Abril/2000

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