Este é um pequeno poema
Apenas porque não me apeteceu fazê-lo maior
Um resumo do eu sem um princípio
Este é um pequeno poema
Mais ou menos de acordo com este dia
Pequeno de passos a compasso
Aborrecem-me as portas entreabertas
E os assobios do vento na janela
Deixem-me terminar este pequeno poema
Antes que fique grande demais.
28/Outubro/2009
quarta-feira, 28 de outubro de 2009
Recordar
Recordar é viver
E eu vivo para te recordar
Recordo-te para não morrer
E morro por só te recordar
1986
E eu vivo para te recordar
Recordo-te para não morrer
E morro por só te recordar
1986
Poesia perfeita
Ainda não fiz a poesia perfeita
Não sei se alguma vez a farei
Provavelmente... não
Porque poeta não serei
Alguns dirão
Ou então por falta de dor ou maleita
Por ausência de vontade expressa
De sofrer mil e alguns sofrimentos
Diluvianos e ternurentos
Nascentes de lágrima espessa
A poesia perfeitamente completa
Inalcançável meta
Para quem veste palavras insuficientes
Palavras repetidas e descrentes
27/Outubro/2009
Não sei se alguma vez a farei
Provavelmente... não
Porque poeta não serei
Alguns dirão
Ou então por falta de dor ou maleita
Por ausência de vontade expressa
De sofrer mil e alguns sofrimentos
Diluvianos e ternurentos
Nascentes de lágrima espessa
A poesia perfeitamente completa
Inalcançável meta
Para quem veste palavras insuficientes
Palavras repetidas e descrentes
27/Outubro/2009
terça-feira, 27 de outubro de 2009
Por instantes
Não interessa o que tinha de acontecer
Mas a coisa que afinal é
Não importa o momento que ninguém viu
Ou até mesmo o sonho por fazer
Importa sim o talvez no horizonte
O rumo delineado sem cotas nem ângulos
Não interessa o amor não amado
Mas o amor dos dias e das noites
Sei lá do facto consumado ou da certeza absoluta
Mas sei do zero de que parto
Sei do caminho por todas as esquerdas e direitas
Não interessa o futuro do ontem
Mas o futuro que afinal é
Não importa o instante que esteve para vir
Mas o instante que num instante se esvai
25/Outubro/2009
Mas a coisa que afinal é
Não importa o momento que ninguém viu
Ou até mesmo o sonho por fazer
Importa sim o talvez no horizonte
O rumo delineado sem cotas nem ângulos
Não interessa o amor não amado
Mas o amor dos dias e das noites
Sei lá do facto consumado ou da certeza absoluta
Mas sei do zero de que parto
Sei do caminho por todas as esquerdas e direitas
Não interessa o futuro do ontem
Mas o futuro que afinal é
Não importa o instante que esteve para vir
Mas o instante que num instante se esvai
25/Outubro/2009
segunda-feira, 26 de outubro de 2009
Persisto
Lá vem de novo esta encruzilhada irritante
Já lhe exprimi demasiadas vezes
A minha mais comovente sobranceria
Mas ela persiste...
Mas ela persiste inamovível e astuta
Acutilante no modo como me circunda
Como me estuda e ataca
Mas eu persisto...
Surdo aos lancinantes desejos do abismo
Seguro da ineficácia do rompante
Inconstante no tempo e na forma
25/Outubro/2009
Já lhe exprimi demasiadas vezes
A minha mais comovente sobranceria
Mas ela persiste...
Mas ela persiste inamovível e astuta
Acutilante no modo como me circunda
Como me estuda e ataca
Mas eu persisto...
Surdo aos lancinantes desejos do abismo
Seguro da ineficácia do rompante
Inconstante no tempo e na forma
25/Outubro/2009
quarta-feira, 21 de outubro de 2009
Quando amas
Quando amas
Sinto-me perdido em ti
Vagueando no teu coração,
Sinto a tua alma... tuas mãos
Tua pele dizendo-me
Tudo bem, eu estou aqui
Quando amas
Respiro o teu ar
Sonho os teus sonhos
Sorrio em teus olhos
Quando amas
A chuva não molha
O sol não queima
A noite não escurece.
Quando tu amas
Eu vivo
Eu sinto
Quando tu amas
Eu sou feliz
Outubro/2000
Sinto-me perdido em ti
Vagueando no teu coração,
Sinto a tua alma... tuas mãos
Tua pele dizendo-me
Tudo bem, eu estou aqui
Quando amas
Respiro o teu ar
Sonho os teus sonhos
Sorrio em teus olhos
Quando amas
A chuva não molha
O sol não queima
A noite não escurece.
Quando tu amas
Eu vivo
Eu sinto
Quando tu amas
Eu sou feliz
Outubro/2000
Outros sorrisos
Foi quando te conheci
Que dentro de mim um tremor
Me fez cair para aqui
E olhar-te com muito amor
Fiz-te um poema de parabéns
Que se perdeu na eternidade
Olhei para os olhos que só tu tens
E descobri então a felicidade
Desde essa altura
Que não deixo de admirar
A tua alma tão pura
A tua beleza de invejar
Desde essa altura
Que te comecei a amar
E esqueci a amargura
Que tanto me fez chorar
E vou ficando para aqui
Seguindo os teus passos
E vou olhando para acoli
Esperando pelos teus abraços
Agora vives no meu interior
Dentro do meu coração
Sinto-o bater sem qualquer dor
Ao ritmo da tua respiração
As minhas mãos só conhecem
Para o teu rosto o caminhar
Meus dedos só emudecem
Perante a luz do teu olhar
Tenho nos meus braços
Mil afectos para te dar
Para fortalecer nossos laços
E poder de ti cuidar
Nenhum dos adjectivos
Que servem para te elogiar
Conseguem ser objectivos
E a tua maneira de ser retratar
Mesmo que te diga adoro-te
É longe do que tu mereces
Meu Deus, eu imploro-te
Que ouças as minhas preces
Faz-me ser sempre romântico
Para a minha linda e doce flor
E tornar-lhe a vida um cântico
Encher-lhe os dias de amor
Só ficaria mais consolado
Se te sentisse sempre feliz
E te acompanhasse a todo o lado
Para ver o teu sorriso de petiz
É tão grande o amor que sinto
Que me arrebata sem piedade
Que não penses que te minto
E sintas a minha honestidade
És linda, és bela
E se te visse passar
Espreitar-te-ia da janela
Só para te contemplar
Só para te ver
Só para te adorar
Só para te proteger
Só para te amar
Tu és todos os lugares
Num só e único lugar
Tu és todos os luares
Guardados no teu olhar
Tu és toda a magia
Que encerra a natureza
Tu és fonte de alegria
De onde não brota tristeza
7/Janeiro/2005
Que dentro de mim um tremor
Me fez cair para aqui
E olhar-te com muito amor
Fiz-te um poema de parabéns
Que se perdeu na eternidade
Olhei para os olhos que só tu tens
E descobri então a felicidade
Desde essa altura
Que não deixo de admirar
A tua alma tão pura
A tua beleza de invejar
Desde essa altura
Que te comecei a amar
E esqueci a amargura
Que tanto me fez chorar
E vou ficando para aqui
Seguindo os teus passos
E vou olhando para acoli
Esperando pelos teus abraços
Agora vives no meu interior
Dentro do meu coração
Sinto-o bater sem qualquer dor
Ao ritmo da tua respiração
As minhas mãos só conhecem
Para o teu rosto o caminhar
Meus dedos só emudecem
Perante a luz do teu olhar
Tenho nos meus braços
Mil afectos para te dar
Para fortalecer nossos laços
E poder de ti cuidar
Nenhum dos adjectivos
Que servem para te elogiar
Conseguem ser objectivos
E a tua maneira de ser retratar
Mesmo que te diga adoro-te
É longe do que tu mereces
Meu Deus, eu imploro-te
Que ouças as minhas preces
Faz-me ser sempre romântico
Para a minha linda e doce flor
E tornar-lhe a vida um cântico
Encher-lhe os dias de amor
Só ficaria mais consolado
Se te sentisse sempre feliz
E te acompanhasse a todo o lado
Para ver o teu sorriso de petiz
É tão grande o amor que sinto
Que me arrebata sem piedade
Que não penses que te minto
E sintas a minha honestidade
És linda, és bela
E se te visse passar
Espreitar-te-ia da janela
Só para te contemplar
Só para te ver
Só para te adorar
Só para te proteger
Só para te amar
Tu és todos os lugares
Num só e único lugar
Tu és todos os luares
Guardados no teu olhar
Tu és toda a magia
Que encerra a natureza
Tu és fonte de alegria
De onde não brota tristeza
7/Janeiro/2005
Grito
Um grito
Um esgar
Um nada de inquietude
Aparente sofrimento
Um momento
Um meio segundo de espera
Silêncio apressado
Fugindo das minhas mãos
Instante impreciso
Sem voz nem pulsar
Refúgio algures
Que não sinto alcançar
21/Outubro/2009
Um esgar
Um nada de inquietude
Aparente sofrimento
Um momento
Um meio segundo de espera
Silêncio apressado
Fugindo das minhas mãos
Instante impreciso
Sem voz nem pulsar
Refúgio algures
Que não sinto alcançar
21/Outubro/2009
Amarga
De todas as palavras
Com que me amarrei a ti
Ilusão foi a mais deliciosa
A mais quente
A mais amarga
A mais mortífera
21/Outubro/2009
Com que me amarrei a ti
Ilusão foi a mais deliciosa
A mais quente
A mais amarga
A mais mortífera
21/Outubro/2009
quarta-feira, 7 de outubro de 2009
Só me falta ser
Já percorri todos os pensamentos
Os úteis e os sem utilidade
Já me olhei vezes sem fim
Procurando uma espécie de verdade
Que junte estes solitários elementos
Que achei perdidos junto a mim.
Já vi duas estradas
Três caminhos e uma viela
Sonhei com criaturas aladas
Coroas de flores enfeitadas
Sorrisos felizes a uma janela.
Só me falta a vida futura
Só me falta o passo de gigante
Saltar o obstáculo final
Com arfar de emoção pura
Só me falta ser arrogante
Ser forte... feroz animal
7/Outubro/2009
Os úteis e os sem utilidade
Já me olhei vezes sem fim
Procurando uma espécie de verdade
Que junte estes solitários elementos
Que achei perdidos junto a mim.
Já vi duas estradas
Três caminhos e uma viela
Sonhei com criaturas aladas
Coroas de flores enfeitadas
Sorrisos felizes a uma janela.
Só me falta a vida futura
Só me falta o passo de gigante
Saltar o obstáculo final
Com arfar de emoção pura
Só me falta ser arrogante
Ser forte... feroz animal
7/Outubro/2009
Já não me importo
Já não me importo
Até com o que amo ou creio amar.
Sou um navio que chegou a um porto
E cujo movimento é ali estar.
Nada me resta
Do que quis ou achei.
Cheguei da festa
Como fui para lá ou ainda irei
Indiferente
A quem sou ou suponho que mal sou,
Fito a gente
Que me rodeia e sempre rodeou,
Com um olhar
Que, sem o poder ver,
Sei que é sem ar
De olhar a valer.
E só me não cansa
O que a brisa me traz
De súbita mudança
No que nada me faz.
Fernando Pessoa
Até com o que amo ou creio amar.
Sou um navio que chegou a um porto
E cujo movimento é ali estar.
Nada me resta
Do que quis ou achei.
Cheguei da festa
Como fui para lá ou ainda irei
Indiferente
A quem sou ou suponho que mal sou,
Fito a gente
Que me rodeia e sempre rodeou,
Com um olhar
Que, sem o poder ver,
Sei que é sem ar
De olhar a valer.
E só me não cansa
O que a brisa me traz
De súbita mudança
No que nada me faz.
Fernando Pessoa
A tua dor
A tua dor
No meu peito sinto-a desmedida
Gigantesca... insuportável
Sinto a desilusão que te consome
As tuas lágrimas como cortantes diamantes
Que te rasgam o coração de forma precisa
Nenhuma palavra te serve de alimento...
Nenhum gesto...
Nenhum abraço te serve de alento
Uma chuva torrencial
Que te gela por completo
E sentes o teu corpo ser levado
Pelos vendavais que te inundam o olhar...
Estendes a tua mão
Mesmo sabendo que nada tens onde te agarrar
E choras em silêncio
Para que os sons da tua mágoa
Não te torturem ainda mais
Sinto-me impotente
Sem qualquer passe de mágica
Que te roube ao sofrimento
Tento partilhar as tuas lágrimas
Julgando, inocente, que assim te aliviarei
Tens essa dor que é tua
Já a sabes de cor
No entanto, é desconhecida do Mundo
É tua...
Apenas tua...
17/Dezembro/2004
No meu peito sinto-a desmedida
Gigantesca... insuportável
Sinto a desilusão que te consome
As tuas lágrimas como cortantes diamantes
Que te rasgam o coração de forma precisa
Nenhuma palavra te serve de alimento...
Nenhum gesto...
Nenhum abraço te serve de alento
Uma chuva torrencial
Que te gela por completo
E sentes o teu corpo ser levado
Pelos vendavais que te inundam o olhar...
Estendes a tua mão
Mesmo sabendo que nada tens onde te agarrar
E choras em silêncio
Para que os sons da tua mágoa
Não te torturem ainda mais
Sinto-me impotente
Sem qualquer passe de mágica
Que te roube ao sofrimento
Tento partilhar as tuas lágrimas
Julgando, inocente, que assim te aliviarei
Tens essa dor que é tua
Já a sabes de cor
No entanto, é desconhecida do Mundo
É tua...
Apenas tua...
17/Dezembro/2004
segunda-feira, 14 de setembro de 2009
Realidade
Realidade
Sonho sem mácula
Desejo sem corpo
Virtudes de dois sóis
Namorando a mesma Lua
Titubeantes
As vozes de uma recôndita revolução
Entregam-se a inúteis atropelos
Tentando a luz ao invés da noite
Ali vai mais uma manhã
Mais um desespero
Mais um caminho por desbravar
14/Setembro/2009
Sonho sem mácula
Desejo sem corpo
Virtudes de dois sóis
Namorando a mesma Lua
Titubeantes
As vozes de uma recôndita revolução
Entregam-se a inúteis atropelos
Tentando a luz ao invés da noite
Ali vai mais uma manhã
Mais um desespero
Mais um caminho por desbravar
14/Setembro/2009
domingo, 6 de setembro de 2009
quarta-feira, 19 de agosto de 2009
Dois pedaços
Dois pedaços de uma mesma dor
Duas cores no mesmo rosto
Corajoso na tormenta afundo-me nas águas
O meu esbracejar é intenso
Como intensa é a alegria da ansiedade
18/Agosto/2009
Duas cores no mesmo rosto
Corajoso na tormenta afundo-me nas águas
O meu esbracejar é intenso
Como intensa é a alegria da ansiedade
18/Agosto/2009
segunda-feira, 17 de agosto de 2009
Sem
Chamei-te aos gritos
Para que o teu silêncio enlouquecesse...
Queria que me olhasses sem os teus olhos...
17/Agosto/2009
Para que o teu silêncio enlouquecesse...
Queria que me olhasses sem os teus olhos...
17/Agosto/2009
quarta-feira, 15 de julho de 2009
Odeio
Odeio
Odeio este cheiro a felicidade
Odeio o sorriso na boca dos outros
Odeio a alegria que insistem em mostrar
Nos beijos que trocam
Odeio esta minha inveja
Que me torna tão egoista.
16/Setembro/1988
Odeio este cheiro a felicidade
Odeio o sorriso na boca dos outros
Odeio a alegria que insistem em mostrar
Nos beijos que trocam
Odeio esta minha inveja
Que me torna tão egoista.
16/Setembro/1988
Força para gritar
Sinto a nudez encoberta nos meus sentidos
E já nem sei se nos braços
Tenho ainda a força para gritar...
Que desapego é este?
Que anoitecer me sopra os pensamentos?
Procuro-me entre as roupas suadas de tanto correr
E já nem sei se nos olhos
Tenho ainda lágrimas por chorar...
Que insatisfação é esta que me satisfaz?
Que rumor de perdição é este que me algema o sono?
15/Julho/2009
E já nem sei se nos braços
Tenho ainda a força para gritar...
Que desapego é este?
Que anoitecer me sopra os pensamentos?
Procuro-me entre as roupas suadas de tanto correr
E já nem sei se nos olhos
Tenho ainda lágrimas por chorar...
Que insatisfação é esta que me satisfaz?
Que rumor de perdição é este que me algema o sono?
15/Julho/2009
Amor
Amo-te em todas as formas que desenhas
Soube-o ontem enquanto te olhava caminhando
E teu corpo dançava músicas que só eu sabia existirem.
Amo-te sempre que olhas para lugares que só eu vejo.
Sempre que respiras o mesmo ar que respiro.
Amo-te em cada toque no teu cabelo
Em cada beijo...
Amo-te quando adormeces em mim
E te aconchegas no meu olhar...
Vejo-te os sonhos que lutas por esconder.
Quero levar-te por caminhos de felicidade
De sonos profundos... de acordares maravilhosos...
Anseio sonhar contigo
Juntos num amor verdadeiro
Tu e eu...
Amo-te
4/Outubro/2004
Soube-o ontem enquanto te olhava caminhando
E teu corpo dançava músicas que só eu sabia existirem.
Amo-te sempre que olhas para lugares que só eu vejo.
Sempre que respiras o mesmo ar que respiro.
Amo-te em cada toque no teu cabelo
Em cada beijo...
Amo-te quando adormeces em mim
E te aconchegas no meu olhar...
Vejo-te os sonhos que lutas por esconder.
Quero levar-te por caminhos de felicidade
De sonos profundos... de acordares maravilhosos...
Anseio sonhar contigo
Juntos num amor verdadeiro
Tu e eu...
Amo-te
4/Outubro/2004
Sorrisos
Tenho amor cá dentro
Por ti, linda mulher
Da minha vida és o centro
Faça eu o que fizer
Hoje quando acordei
Lembrei os teus olhinhos
Foi a forma que encontrei
De os meus não ficarem sozinhos
E deixei-me estar na cama
Para o meu coração sonhar
Contigo, mulher que ele ama
E que tanto me faz vibrar
Saio sempre para a rua
Com o olhar meio perdido
A minha alma é só tua
Sem ti tudo é descolorido
Todo o dia tenho presente
Traços da tua beleza rara
E procuro sempre carente
O teu rosto em cada cara
Procuro em cada esquina
O teu cheiro, a tua luz
O teu sorrir de menina
Que me encanta e seduz
Passo pela multidão
E me sinto deslocado
Só ouço uma canção
Que me canta ao teu lado
Olho para ti, querida
E sinto a inspiração
Escrever poemas de vida
Nas linhas do meu coração
E quando os passo ao papel
Uma lágrima de saudade
Sente a falta do teu mel
E cai plena de liberdade
Poeta não sei bem se sou
Porque escrevo o meu dia
O amor que me encontrou
Com seu toque de magia
Agora que sei que existes
A fasquia está muito alta
Não tenho noites tristes
Mas sinto tanto a tua falta
És o Sol que muito brilha
Em cada dia de Verão
És uma estrela nesta trilha
Que me guia pela mão
És Lua, flor e água
Todo o mundo vive em ti
Apagaste em mim a mágoa
Com que sempre convivi
És um poema imenso
És um sorriso tão terno
E sempre que em ti penso
Sinto o meu amor eterno
Desenho-te com candura
Em cada momento meu
E agradeço a tua doçura
Que esta vida me ofereceu
Não há outra mulher
Que tenha a tua riqueza
E eu farei o que puder
Para merecer a tua beleza
Se disser que te amo
E fixares o meu olhar
Ouvirás que teu nome chamo
Que és razão do meu sonhar
Desde que te conheci
Que me sinto tremeliques
Estar pertinho de ti
Faz-me ficar cheio de tiques
Meus dedos tremem tremem
Parecem de frio tiritar
Mas tudo o que eles temem
É não mais te poder tocar
Queria muito te mostrar
Como gosto de te amar
Mas não sei se consigo
Com as coisas que te digo
As palavras valem zero
Se forem apenas ditas
E por isso é que eu espero
Torná-las em coisas bonitas
Quer numa pequena flor
Ou num doce chocolate
Sentirás o meu amor
Sempre pronto a mimar-te
Gostava que o meu coração
Te falasse ao ouvido
que num momentode emoção
O teu se sentisse comovido
É essa a minha esperança
De que não quero desistir
E tenho-a sempre na lembrança
É ela que me faz sorrir
Quando estou perto de ti
Gostava de te dar o mundo
Mas o que sempre te ofereci
Foi só o meu amar profundo
Mesmo antes de saber
Que o amor já existia
Me sentia estremecer
Com as sensações que vivia
Este fogo que não cessa
Sempre que penso em ti
É amor que não tem pressa
E que igual nunca senti
Talvez nunca acredites
No que sinto no coração
Ou talvez um dia hesites
E me dês a tua mão
Todos os dias te mostrarei
Como és sensacional
Que nunca encontrarei
Alguém que tão especial
Dou-te todo o meu amor
Dou-te todo o meu viver
Afastarei de ti a dor
E em mim a farei morrer
Para mim poder amar-te
É motivo de felicidade
Mesmo que só em sonhar-te
Eu rebente de saudade
Queria juntar num só beijo
Todo o meu sentimento
E sentires como te desejo
As estrelas do firmamento
Aqui bem sentadinho
Ficarei no meu canto
E me deixarei sozinho
Levar pelo teu encanto
E agora para terminar
Um abraço bem apertado
E que sintas o palpitar
Deste teu apaixonado
4/Janeiro/2005
Por ti, linda mulher
Da minha vida és o centro
Faça eu o que fizer
Hoje quando acordei
Lembrei os teus olhinhos
Foi a forma que encontrei
De os meus não ficarem sozinhos
E deixei-me estar na cama
Para o meu coração sonhar
Contigo, mulher que ele ama
E que tanto me faz vibrar
Saio sempre para a rua
Com o olhar meio perdido
A minha alma é só tua
Sem ti tudo é descolorido
Todo o dia tenho presente
Traços da tua beleza rara
E procuro sempre carente
O teu rosto em cada cara
Procuro em cada esquina
O teu cheiro, a tua luz
O teu sorrir de menina
Que me encanta e seduz
Passo pela multidão
E me sinto deslocado
Só ouço uma canção
Que me canta ao teu lado
Olho para ti, querida
E sinto a inspiração
Escrever poemas de vida
Nas linhas do meu coração
E quando os passo ao papel
Uma lágrima de saudade
Sente a falta do teu mel
E cai plena de liberdade
Poeta não sei bem se sou
Porque escrevo o meu dia
O amor que me encontrou
Com seu toque de magia
Agora que sei que existes
A fasquia está muito alta
Não tenho noites tristes
Mas sinto tanto a tua falta
És o Sol que muito brilha
Em cada dia de Verão
És uma estrela nesta trilha
Que me guia pela mão
És Lua, flor e água
Todo o mundo vive em ti
Apagaste em mim a mágoa
Com que sempre convivi
És um poema imenso
És um sorriso tão terno
E sempre que em ti penso
Sinto o meu amor eterno
Desenho-te com candura
Em cada momento meu
E agradeço a tua doçura
Que esta vida me ofereceu
Não há outra mulher
Que tenha a tua riqueza
E eu farei o que puder
Para merecer a tua beleza
Se disser que te amo
E fixares o meu olhar
Ouvirás que teu nome chamo
Que és razão do meu sonhar
Desde que te conheci
Que me sinto tremeliques
Estar pertinho de ti
Faz-me ficar cheio de tiques
Meus dedos tremem tremem
Parecem de frio tiritar
Mas tudo o que eles temem
É não mais te poder tocar
Queria muito te mostrar
Como gosto de te amar
Mas não sei se consigo
Com as coisas que te digo
As palavras valem zero
Se forem apenas ditas
E por isso é que eu espero
Torná-las em coisas bonitas
Quer numa pequena flor
Ou num doce chocolate
Sentirás o meu amor
Sempre pronto a mimar-te
Gostava que o meu coração
Te falasse ao ouvido
que num momentode emoção
O teu se sentisse comovido
É essa a minha esperança
De que não quero desistir
E tenho-a sempre na lembrança
É ela que me faz sorrir
Quando estou perto de ti
Gostava de te dar o mundo
Mas o que sempre te ofereci
Foi só o meu amar profundo
Mesmo antes de saber
Que o amor já existia
Me sentia estremecer
Com as sensações que vivia
Este fogo que não cessa
Sempre que penso em ti
É amor que não tem pressa
E que igual nunca senti
Talvez nunca acredites
No que sinto no coração
Ou talvez um dia hesites
E me dês a tua mão
Todos os dias te mostrarei
Como és sensacional
Que nunca encontrarei
Alguém que tão especial
Dou-te todo o meu amor
Dou-te todo o meu viver
Afastarei de ti a dor
E em mim a farei morrer
Para mim poder amar-te
É motivo de felicidade
Mesmo que só em sonhar-te
Eu rebente de saudade
Queria juntar num só beijo
Todo o meu sentimento
E sentires como te desejo
As estrelas do firmamento
Aqui bem sentadinho
Ficarei no meu canto
E me deixarei sozinho
Levar pelo teu encanto
E agora para terminar
Um abraço bem apertado
E que sintas o palpitar
Deste teu apaixonado
4/Janeiro/2005
segunda-feira, 29 de junho de 2009
Suor e lágrimas
Amor contigo
Inferno com as cores do paraíso.
Tumultos de alma doentia
Alma irreconhecível no suor e nas lágrimas
29/Junho/2009
Inferno com as cores do paraíso.
Tumultos de alma doentia
Alma irreconhecível no suor e nas lágrimas
29/Junho/2009
Melhor de mim
Quero dar-te o melhor de mim
Cada palavra... cada gesto
A voz da minha alma...
Em todos os momentos
Guardarei para ti
Os raios do sol... o luar da lua
Quero dar-te o melhor de mim
Oferecer-te flores mesmo que não as peças
Dar-te carinho mesmo que não precises
Porque quero que o hoje
Seja melhor do que o ontem
E que o amanhã seja sempre inesquecível...
Queria dar-te o melhor de mim
Porque assim me pede o coração
E porque se não o fizer
Chorarei em silêncio...
A dor da luta que se perde
Sem nunca ter lutado...
17/Outubro/2004
Cada palavra... cada gesto
A voz da minha alma...
Em todos os momentos
Guardarei para ti
Os raios do sol... o luar da lua
Quero dar-te o melhor de mim
Oferecer-te flores mesmo que não as peças
Dar-te carinho mesmo que não precises
Porque quero que o hoje
Seja melhor do que o ontem
E que o amanhã seja sempre inesquecível...
Queria dar-te o melhor de mim
Porque assim me pede o coração
E porque se não o fizer
Chorarei em silêncio...
A dor da luta que se perde
Sem nunca ter lutado...
17/Outubro/2004
quinta-feira, 21 de maio de 2009
Vida
Suave toque do intocável
Nas minhas silenciosas mãos
E mergulhei na espiral do tempo
Revisitei-me
Sem a dor do momento passado
Sem a ilusão do futuro mais que perfeito
Abracei a vida
Para lhe dizer em surdina
Que a amo como nunca
21/Maio/2009
Nas minhas silenciosas mãos
E mergulhei na espiral do tempo
Revisitei-me
Sem a dor do momento passado
Sem a ilusão do futuro mais que perfeito
Abracei a vida
Para lhe dizer em surdina
Que a amo como nunca
21/Maio/2009
quarta-feira, 6 de maio de 2009
Sinto o amor
Sinto o amor
Amor liberto
Sem dor
Amor de liberdade
Amor de estar perto
Mesmo não estando
Olhar de verdade
Com que te vou amando…
Numa noite de luar
Fogueira que aquece
E vem confortar
O insuportável frio
De que a alma padece…
Mergulho nesse rio
Que teus olhos pintam
Teu corpo num abraço
Que se envolve no meu
Sem corações que mintam
Vinca-se o traço
Que este amor escreveu…
Nas ruas invento
Teu rosto numa esquina
Nas mãos o vento
Traz feliz o teu cheiro
A tua pele doce e fina
Que me alimenta por inteiro
Sacia a minha sede…
Enquanto teu nome ecoa
Escrito em cada parede
Pintura que não destoa
E que te retrata
Me tira desta solidão
Vida de pouca emoção
Que aos poucos me mata…
Sinto o amor
Em cada momento
Teu aroma em cada flor
No peito o alento
Com que não desisto
Se te olho e não te resisto…
Porque o Mundo não é Mundo
Neste sentir profundo
Onde só tu és mulher
Onde sempre te amarei
E sempre de ti cuidarei
Se teu coração quiser!
Amor
Liberto
Perto
Sem dor
18/Janeiro/2005
Amor liberto
Sem dor
Amor de liberdade
Amor de estar perto
Mesmo não estando
Olhar de verdade
Com que te vou amando…
Numa noite de luar
Fogueira que aquece
E vem confortar
O insuportável frio
De que a alma padece…
Mergulho nesse rio
Que teus olhos pintam
Teu corpo num abraço
Que se envolve no meu
Sem corações que mintam
Vinca-se o traço
Que este amor escreveu…
Nas ruas invento
Teu rosto numa esquina
Nas mãos o vento
Traz feliz o teu cheiro
A tua pele doce e fina
Que me alimenta por inteiro
Sacia a minha sede…
Enquanto teu nome ecoa
Escrito em cada parede
Pintura que não destoa
E que te retrata
Me tira desta solidão
Vida de pouca emoção
Que aos poucos me mata…
Sinto o amor
Em cada momento
Teu aroma em cada flor
No peito o alento
Com que não desisto
Se te olho e não te resisto…
Porque o Mundo não é Mundo
Neste sentir profundo
Onde só tu és mulher
Onde sempre te amarei
E sempre de ti cuidarei
Se teu coração quiser!
Amor
Liberto
Perto
Sem dor
18/Janeiro/2005
terça-feira, 5 de maio de 2009
quinta-feira, 30 de abril de 2009
Pedra Filosofal
Eles não sabem que o sonho
É uma constante da vida
Tão concreta e definida
Como outra coisa qualquer,
Como esta pedra cinzenta
Em que me sento e descanso,
Como este ribeiro manso
Em serenos sobressaltos,
Como estes pinheiros altos
Que em verde e oiro se agitam,
Como estas aves que gritam
Em bebedeiras de azul.
Eles não sabem que o sonho
É vinho, é espuma, é fermento,
Bichinho álacre e sedento,
De focinho pontiagudo,
Que fossa através de tudo
Num perpétuo movimento.
Eles não sabem que o sonho
É tela, é cor, é pincel,
Base, fuste, capitel,
Arco em ogiva, vitral,
Pináculo de catedral,
Contraponto, sinfonia,
Máscara grega, magia,
Que é retorta de alquimista,
Mapa do mundo distante,
Rosa-dos-ventos, Infante,
Caravela quinhentista,
Que é Cabo da Boa Esperança,
Ouro, canela, marfim,
Florete de espadachim,
Bastidor, passo de dança,
Colombina e Arlequim,
Passarola voadora,
Pára-raios, locomotiva,
Barco de proa festiva,
Alto-forno, geradora,
Cisão do átomo, radar,
Ultra-som, televisão,
Desembarque em foguetão
Na superfície lunar.
Eles não sabem, nem sonham,
Que o sonho comanda a vida.
Que sempre que um homem sonha
O mundo pula e avança
Como bola colorida
Entre as mãos de uma criança.
António Gedeão
É uma constante da vida
Tão concreta e definida
Como outra coisa qualquer,
Como esta pedra cinzenta
Em que me sento e descanso,
Como este ribeiro manso
Em serenos sobressaltos,
Como estes pinheiros altos
Que em verde e oiro se agitam,
Como estas aves que gritam
Em bebedeiras de azul.
Eles não sabem que o sonho
É vinho, é espuma, é fermento,
Bichinho álacre e sedento,
De focinho pontiagudo,
Que fossa através de tudo
Num perpétuo movimento.
Eles não sabem que o sonho
É tela, é cor, é pincel,
Base, fuste, capitel,
Arco em ogiva, vitral,
Pináculo de catedral,
Contraponto, sinfonia,
Máscara grega, magia,
Que é retorta de alquimista,
Mapa do mundo distante,
Rosa-dos-ventos, Infante,
Caravela quinhentista,
Que é Cabo da Boa Esperança,
Ouro, canela, marfim,
Florete de espadachim,
Bastidor, passo de dança,
Colombina e Arlequim,
Passarola voadora,
Pára-raios, locomotiva,
Barco de proa festiva,
Alto-forno, geradora,
Cisão do átomo, radar,
Ultra-som, televisão,
Desembarque em foguetão
Na superfície lunar.
Eles não sabem, nem sonham,
Que o sonho comanda a vida.
Que sempre que um homem sonha
O mundo pula e avança
Como bola colorida
Entre as mãos de uma criança.
António Gedeão
quinta-feira, 23 de abril de 2009
Rimas
Insatisfeito rasgo todas as rimas
Que tinha para te oferecer
Pareceram-me ridículas
Pareceram-me dias sombrios
Dias de chuva intermitente
Indecisas no tempo e na vontade de serem rimas
23/Abril/2009
Que tinha para te oferecer
Pareceram-me ridículas
Pareceram-me dias sombrios
Dias de chuva intermitente
Indecisas no tempo e na vontade de serem rimas
23/Abril/2009
Negar
Porque insisto em negar o que todo o meu corpo
Repete vezes sem conta cada vez que respiro
Porque tento não ouvir o que me cantam os olhos
Sempre que te vejo numa inventada esquina
Onde me cruzo contigo e me prendes os sentidos
Porque insisto em chorar se tanto de ti me preenche
O dia, a noite, o adormecer e o acordar...
Porque duvido eternamente
De todos os sorrisos que me ensinas
De todos os beijos que me roubas.
É como viver sem querer viver
Sempre rejeitando a vida para não morrer
Como se não fosse claro
Que preciso de sofrer para melhor te amar
Que preciso de chorar para melhor te cuidar
Porque insisto em negar que te amo
Se tudo à minha volta é uma infinita canção de amor
Que me leva até ao fim de todos os caminhos
Ao princípio de todos os mares
Num momento de amor que imagino partilhando contigo
Porque insisto em negar
Que te amo
Se tudo em meu redor
Já o descobriu...
16/Setembro/2004
Repete vezes sem conta cada vez que respiro
Porque tento não ouvir o que me cantam os olhos
Sempre que te vejo numa inventada esquina
Onde me cruzo contigo e me prendes os sentidos
Porque insisto em chorar se tanto de ti me preenche
O dia, a noite, o adormecer e o acordar...
Porque duvido eternamente
De todos os sorrisos que me ensinas
De todos os beijos que me roubas.
É como viver sem querer viver
Sempre rejeitando a vida para não morrer
Como se não fosse claro
Que preciso de sofrer para melhor te amar
Que preciso de chorar para melhor te cuidar
Porque insisto em negar que te amo
Se tudo à minha volta é uma infinita canção de amor
Que me leva até ao fim de todos os caminhos
Ao princípio de todos os mares
Num momento de amor que imagino partilhando contigo
Porque insisto em negar
Que te amo
Se tudo em meu redor
Já o descobriu...
16/Setembro/2004
Procuro sem cessar
Procuro sem cessar
Em todos os livros
Aquilo que muito te quero dizer
Como te vejo e sinto
Dizer-te como te espero
Sinto-me impotente
Receoso por qualquer palavra banal
Como se as letras inventadas
Não conjugassem tudo o que cresce em mim
Procuro sem cessar
Dizer-te do lugar que ocupas
Do lugar que te reservo
Do lugar onde te amo
20/Outubro/2004
Em todos os livros
Aquilo que muito te quero dizer
Como te vejo e sinto
Dizer-te como te espero
Sinto-me impotente
Receoso por qualquer palavra banal
Como se as letras inventadas
Não conjugassem tudo o que cresce em mim
Procuro sem cessar
Dizer-te do lugar que ocupas
Do lugar que te reservo
Do lugar onde te amo
20/Outubro/2004
quarta-feira, 22 de abril de 2009
Tempo
Falta-me o tempo
Que gastei com os dias inúteis
Faltam-me as lágrimas
Que chorei sem precisar
Falta-me a vida
Que finjo já vivida
22/Abril/2009
Que gastei com os dias inúteis
Faltam-me as lágrimas
Que chorei sem precisar
Falta-me a vida
Que finjo já vivida
22/Abril/2009
segunda-feira, 6 de abril de 2009
Banalizei a dor
Banalizei as palavras
De tanto as querer minhas
Virei-as do avesso
Para vestirem o caminho ideal
Para o mais alto dos temores
Banalizei as palavras
De tanto as querer sentir
Fingi sofrimentos e amores
Para lhes dar vida
Para lhes dar corpo e alma
Banalizei a dor
De tanto que me doeu
Banalizei o sonho
De tanto o perseguir
Sem o entender... sem o rejeitar
Sem lhe reconhecer o pesadelo
Que seus braços me segredavam
6/Abril/2009
De tanto as querer minhas
Virei-as do avesso
Para vestirem o caminho ideal
Para o mais alto dos temores
Banalizei as palavras
De tanto as querer sentir
Fingi sofrimentos e amores
Para lhes dar vida
Para lhes dar corpo e alma
Banalizei a dor
De tanto que me doeu
Banalizei o sonho
De tanto o perseguir
Sem o entender... sem o rejeitar
Sem lhe reconhecer o pesadelo
Que seus braços me segredavam
6/Abril/2009
quarta-feira, 1 de abril de 2009
Tudo de uma vez
Rebento com esta vontade
De escrever tudo de uma vez
Persigo as palavras que se escondem nas sombras
Procuro-as sem dó, sem piedade
Porque tenho peito profundo de sons
Ansiando por transcrições inéditas
De sentimentos gastos e ferrugentos
Desejo de liberdade que não quer ser livre
Medo de sorrir pelo medo de não saber chorar
Ai esta vontade de rebentar
De morrer pelas palavras que me fogem
E torná-las imortais
1/Abril/2009
De escrever tudo de uma vez
Persigo as palavras que se escondem nas sombras
Procuro-as sem dó, sem piedade
Porque tenho peito profundo de sons
Ansiando por transcrições inéditas
De sentimentos gastos e ferrugentos
Desejo de liberdade que não quer ser livre
Medo de sorrir pelo medo de não saber chorar
Ai esta vontade de rebentar
De morrer pelas palavras que me fogem
E torná-las imortais
1/Abril/2009
Temo-nos
Tenho-te
Tens-me
Temo-nos
O caminho
Desenhos na Lua
Palavras doentes de silêncio
Gritos libertos em pó
Tenho-te
Tens-me
Presente meu e teu
Amarrando o futuro
Temo-nos
Irremediavelmente
1/Abril/2009
Tens-me
Temo-nos
O caminho
Desenhos na Lua
Palavras doentes de silêncio
Gritos libertos em pó
Tenho-te
Tens-me
Presente meu e teu
Amarrando o futuro
Temo-nos
Irremediavelmente
1/Abril/2009
Um beijo
Tentei um dia compôr-te um beijo
Lembras-te?
Tentei desenhá-lo com as cores do teu rosto
Para que o sentisses só teu
Faltou-me a voz dos poetas
Para o cantar no teu sono
Tantos dias depois
Tantas palavras depois
E ainda esse beijo navega em meus lábios
Ainda treme em minhas mãos
Esse beijo que nunca te dei
Foi amanhecer
Foi adubo na terra
Mão que na mão se entranha
E torna inseparáveis dois olhares
Tentei um dia compôr-te um beijo
Em forma de poema
Desenhado numa folha de papel
Mas o vento guardou-o para si
Arrancou-o aos meus braços
Relembrando com tristeza
O que o acaso levou consigo
Toma este beijo
Acho que está bonito
Enfeitado com a luz do teu olhar
1/Abril/2004
Lembras-te?
Tentei desenhá-lo com as cores do teu rosto
Para que o sentisses só teu
Faltou-me a voz dos poetas
Para o cantar no teu sono
Tantos dias depois
Tantas palavras depois
E ainda esse beijo navega em meus lábios
Ainda treme em minhas mãos
Esse beijo que nunca te dei
Foi amanhecer
Foi adubo na terra
Mão que na mão se entranha
E torna inseparáveis dois olhares
Tentei um dia compôr-te um beijo
Em forma de poema
Desenhado numa folha de papel
Mas o vento guardou-o para si
Arrancou-o aos meus braços
Relembrando com tristeza
O que o acaso levou consigo
Toma este beijo
Acho que está bonito
Enfeitado com a luz do teu olhar
1/Abril/2004
terça-feira, 31 de março de 2009
Respirar
Tenho dificuldade em respirar
Como se o que tenho dentro de mim
Fosse maior do que a vida
Como se o que tenho para falar
Viesse e me deixasse assim
Curando a minha alma ferida.
O que sinto no coração
É uma história de amor
É um pedaço de paixão
Escrito sobre uma antiga dor
É um olhar que me enternece
Ausência que me entristece
O que tenho em mim e já não seguro
É a vontade de te mostrar
A vida que ainda muito procuro
Todos os momentos e anseios
Que alguém me quis roubar
Enchendo meu sono de receios.
Quero muito conseguir dizer
O que tanto me sufoca o dia
E sem nada mais a fazer
Corro como se fosse louco
Suplicando a tua companhia
Quando tudo o que tenho é tão pouco.
Quero dizer que te amo
Porque a voz que sinto presente
É a voz com que te chamo
Voz triste, trémula, carente
Quero dizer-te a minha emoção
Quero dizer-te o meu coração
23/Setembro/2004
Como se o que tenho dentro de mim
Fosse maior do que a vida
Como se o que tenho para falar
Viesse e me deixasse assim
Curando a minha alma ferida.
O que sinto no coração
É uma história de amor
É um pedaço de paixão
Escrito sobre uma antiga dor
É um olhar que me enternece
Ausência que me entristece
O que tenho em mim e já não seguro
É a vontade de te mostrar
A vida que ainda muito procuro
Todos os momentos e anseios
Que alguém me quis roubar
Enchendo meu sono de receios.
Quero muito conseguir dizer
O que tanto me sufoca o dia
E sem nada mais a fazer
Corro como se fosse louco
Suplicando a tua companhia
Quando tudo o que tenho é tão pouco.
Quero dizer que te amo
Porque a voz que sinto presente
É a voz com que te chamo
Voz triste, trémula, carente
Quero dizer-te a minha emoção
Quero dizer-te o meu coração
23/Setembro/2004
Rio
Rio gigante
Rio vivo
Nele me vejo antagónico
Rio seguro do destino
Inabalável no sentir
Contrário de mim
31/Março/2009
Rio vivo
Nele me vejo antagónico
Rio seguro do destino
Inabalável no sentir
Contrário de mim
31/Março/2009
Reflexos
Lembro as palavras que nunca disseste
Cursos de água que não existem
Reflexos de futuros por viver
31/Março/2009
Cursos de água que não existem
Reflexos de futuros por viver
31/Março/2009
sexta-feira, 20 de março de 2009
quinta-feira, 5 de março de 2009
Inquietação
Quantas portas tem a saída?
Quantos rumos tem o futuro?
De quantos avanços e recuos
Se faz uma inquietação perfeita?
Insana é a tentativa de caminhar direito
Louca a vontade de procurar uma vontade
Reclamo hoje o espólio abandonado
Em todos os pedaços dos meus nãos
Junto-me para não me perder
Sereno nesta doentia inquietação
Que me deixa sedento de ar puro
5/Março/2009
Quantos rumos tem o futuro?
De quantos avanços e recuos
Se faz uma inquietação perfeita?
Insana é a tentativa de caminhar direito
Louca a vontade de procurar uma vontade
Reclamo hoje o espólio abandonado
Em todos os pedaços dos meus nãos
Junto-me para não me perder
Sereno nesta doentia inquietação
Que me deixa sedento de ar puro
5/Março/2009
segunda-feira, 2 de março de 2009
domingo, 1 de março de 2009
Quantas palavras
Amedrontei-me com as palavras
Juntei-as uma a uma
Procurando uma frase onde me abrigar
Um som onde reconhecer o Sol
Breves sorrisos entre breves lágrimas
E um mar imenso que abracei na minha voz
Quis contar-te
Mas não te encontrei
Não me encontrei
1/Março/2009
Juntei-as uma a uma
Procurando uma frase onde me abrigar
Um som onde reconhecer o Sol
Breves sorrisos entre breves lágrimas
E um mar imenso que abracei na minha voz
Quis contar-te
Mas não te encontrei
Não me encontrei
1/Março/2009
quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009
Poema com pressa
Estas linhas escrevo-as com pressa
Pressa não sei de quê
Mas com vontade de ir não sei onde
Sim, com pressa porque tenho pressa
De partir para todos os lugares onde já morri
Pressa de viver com todas as ansiedades
Linhas escritas com pressa de chegar ao fim
Sem que nada diga ou queira dizer
Mas querendo dizer o tudo que ainda não sei
Guardei no mais profundo das mãos
Todos os espinhos com que me feri
Mas nesta pressa em que estou
Sinto-os... leve, dormente, indolor
18/Fevereiro/2009
Pressa não sei de quê
Mas com vontade de ir não sei onde
Sim, com pressa porque tenho pressa
De partir para todos os lugares onde já morri
Pressa de viver com todas as ansiedades
Linhas escritas com pressa de chegar ao fim
Sem que nada diga ou queira dizer
Mas querendo dizer o tudo que ainda não sei
Guardei no mais profundo das mãos
Todos os espinhos com que me feri
Mas nesta pressa em que estou
Sinto-os... leve, dormente, indolor
18/Fevereiro/2009
quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009
Passado
E as palavras que não as vivo?
E a loucura imensa de as sublimar?
E a mordaça que me sufoca a alma?
Onde estão as masmorras?
Onde está o nadar sem pé?
Carro desvairado resvalando no abismo
Onde está o doce do amargo?
E a dor de sorrir mais alto?
A inércia deste sentir o não sentimento
Falta-me a guerra pelo amanhã inexistente
Perseguição incessante do nada a troco de nada.
Já não tenho imagens de castelos nos bolsos
E perdi todos os rascunhos da alma
12/Fevereiro/2009
E a loucura imensa de as sublimar?
E a mordaça que me sufoca a alma?
Onde estão as masmorras?
Onde está o nadar sem pé?
Carro desvairado resvalando no abismo
Onde está o doce do amargo?
E a dor de sorrir mais alto?
A inércia deste sentir o não sentimento
Falta-me a guerra pelo amanhã inexistente
Perseguição incessante do nada a troco de nada.
Já não tenho imagens de castelos nos bolsos
E perdi todos os rascunhos da alma
12/Fevereiro/2009
Tu e a Lua
A Lua tinha um brilho diferente
Tinha um brilho que todas as noites ilumina o meu quarto
Quando ouço a tua voz nos meus pensamentos
A Lua tinha um brilho diferente
Tinha o brilho dos teus olhos
Por isso digo que te vi na Lua
Também as estrelas cintilavam com maior intensidade
E vi nelas... as tuas mãos... os teus gestos
E senti-me aconchegado na noite fria
Senti um lábio teu na minha face
E adormeci
27/Dezembro/2004
Tinha um brilho que todas as noites ilumina o meu quarto
Quando ouço a tua voz nos meus pensamentos
A Lua tinha um brilho diferente
Tinha o brilho dos teus olhos
Por isso digo que te vi na Lua
Também as estrelas cintilavam com maior intensidade
E vi nelas... as tuas mãos... os teus gestos
E senti-me aconchegado na noite fria
Senti um lábio teu na minha face
E adormeci
27/Dezembro/2004
Não existes
Tu não existes
Porque em nenhuma canção de amor
Ouvi versos que te cantassem
Tu não existes
Porque te olho e te vejo única
Atrás desse brilho cuja dimensão ignoras
Tu não existes
Mas, no entanto, és real
És real
Mas meus dedos não te alcançam
Pareces inatingível
Como se fosses rainha
E eu povo
Tu existes
Mas não existes
Para mim...
27/Novembro/2004
Porque em nenhuma canção de amor
Ouvi versos que te cantassem
Tu não existes
Porque te olho e te vejo única
Atrás desse brilho cuja dimensão ignoras
Tu não existes
Mas, no entanto, és real
És real
Mas meus dedos não te alcançam
Pareces inatingível
Como se fosses rainha
E eu povo
Tu existes
Mas não existes
Para mim...
27/Novembro/2004
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