terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Sonhei com um beijo teu

Sonhei com um beijo teu
Incansável, contemplava-te pela milionésima vez
Achei-te bela como sempre...
Com as minhas mãos tremendo de emoção
Acariciava tua face
Ao mesmo tempo que te idolatrava num sorriso
Um sorriso tantas vezes receoso de te não merecer...

Lentamente... os dedos pela tua pele
E o medo de te perder
A vontade de te guardar nas estrelas...

Em cada recanto do teu rosto
Supliquei à eternidade daquele momento...
Senti-te entranhar em mim
Fazendo-me viver secretos desejos...
Segurava teu rosto como pedra preciosa
Como Mona Lisa de Da Vinci...

E os meus lábios tocaram os teus
Num beijo que não cabia no céu...

Sonhei com um beijo teu...
Tão real, tão intenso, tão doce...

13/Novembro/2004

quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Seguro em ti

Quero sentir de novo os teus dias nos meus
A pressa de não ir a lugar algum
E estar só por estar...

Quero sentir de novo toda a magia de te olhar
Em cada instante cumplicidade que se constrói
Vinda de local desconhecido... trazida pelos mares
Nesse movimento incompreendido de luta contra as rochas...

Quero sentir de novo
Todas as horas em que te conheço
Em que te descubro e alcanço...

Quero sentir de novo
O que só senti perto de ti
E me fez viver o que não sabia existir...
Quero sentir-te de novo
E em cada uma dessas emoções
Achar-me perdido em ti
Achar-me seguro em ti

20/Outubro/2004

terça-feira, 13 de novembro de 2007

Neste poema

Tenho um poema para ti
Escrevi-o agora mesmo com lágrimas de saudade
Lágrimas de olhos tristes
Aos poucos cegando sem te ver.

Neste poema
Sentimentos que te revelam em mim
A dor de te não ter
Peito cheio da tua ausência
Que me faz assim morrer...

Neste poema para ti
Escrevo o sorriso que te recorda
Quando em nenhum rosto
Encontro uma luz como a tua
Adormecendo o meu olhar.

Neste poema que és para mim
Penso e vivo-te
Torno-te presente
Nos dias da minha vida.

Quero falar-te das lágrimas
Com que componho este poema
A saudade que as faz correr por ti a todos os lugares.

Neste poema para ti
Todas as palavras que ainda não te disse
Todos os momentos que contigo ainda não partilhei
A voz presa pela emoção de sintir
Voz trémula pela fraqueza da alma.

Neste poema que fiz para ti
Amo-te
Por cada lágrima
Um pouco de mim
Por cada linha que te escrevo...

24/Outubro/2004

domingo, 14 de outubro de 2007

Se

Se não tivesse medo dos sons
Diria que te olho seduzido
Que o meu coração te anseia...

Se não receasse as palavras
Diria que te preciso a cada noite
Se não chorasse com todas as dores
Diria que és sonho que gostaria de sonhar
Beijo que gostaria de sentir
Abraço que gostaria de aconchegar...

Se não me sentisse tremer assim
Diria que me delicio com o teu sorriso
E que todas as noites o pinto nas paredes da solidão

Se eu não fosse eu
Nenhum medo me impediria...
De dizer que te amo.

15/Setembro/2004

sexta-feira, 5 de outubro de 2007

quinta-feira, 4 de outubro de 2007

Falta-me

Falta-me o silêncio do teu corpo
Falta-me olhar-te
E encontrar a razão do amanhecer...
Percorro as memórias dos nossos passos
Abraço-as com vigor tentando revivê-las...

Faltam-me as tuas palavras
A serenidade da tua voz.
Falta-me a beleza que encerras
Nas fraquezas de que tentas fugir
Quero tocar a fragilidade das tuas mãos...

Falta-me o tremor dos meus dedos
Quando me perco de amor...

Falta-me o teu sorriso
O teu adormecer...
Falta-me oferecer-te um beijo...

Falta-me tudo
Sem no entanto faltar nada...
Quero muito ter-te
Num sonho que poucas vezes ousei
Porque me falta
Tudo o que és
Tudo o que não sabes que és
Tudo o que eu sei que és...

17/Outubro/2004

quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Recomeços

Abraço a intranquilidade
Com a ternura de um olhar cansado...
E liberto-me para novas conquistas...

26/Setembro/2007

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Todos os segundos

Tenho para ti
Coração como abrigo
Abraço como céu de todos os teus sonhos...

Tenho para ti
Todos os segundos
De todos os minutos...

4/Fevereiro/2005

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Agarra-me esta noite

"Onde estiveres, eu estou
Onde tu fores, eu vou
Se tu quiseres assim
Meu corpo é o teu mundo
E um beijo um segundo
És parte de mim

Para onde olhares, eu corro
Se me faltares, eu morro
Quando vieres, distante
Soltam-se amarras
E tocam guitarras
Por ti, como dantes

Agarra-me esta noite
Sente o tempo que eu perdi
Agarra-me esta noite
Que amanhã não estou aqui

Agarra-me esta noite
Sente o tempo que eu perdi
Agarra-me esta noite
Que amanhã não estou aqui"

Pedro Abrunhosa

Sente

Sente o meu olhar no teu
E dentro de mim
Escuta esta voz que te suplica...

Conhece todos os caminhos
Onde deixei as minhas mágoas...
Lê nas minhas mãos
Todas as lágrimas que as lavaram...
Todos os carinhos que não sentiram...

Fecha os teus olhos
E sente como entraste em mim...

Escuta o silêncio
Enquanto te digo palavras por inventar...
Sente todo o meu corpo que te sonha...
Sente como os meus olhos
Mil vezes te desenham
Quando não estás em parte alguma...

Sente-me...
Com todo o tremor de te querer
Com todo o desejo de te ter
Com toda a alegria de te amar...

13/Abril/2005

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Momentos

Vou ler todos os momentos
E reconstruir-te
Com todos os pensamentos...
À luz de uma vela
Tentarei reproduzir-te
Vou imaginar-te sorrindo
Vou ver-te assim bela...
Ver-te-ei dormindo
Sonhando
Enquanto na janela
A chuva caindo
Os vidros vai beijando...
De olhar fechado
Beijo tua boca
De forma louca
Como coração apaixonado.
Coração adormecido
Que não quer ser vencido...
Vou pegar em todos as cores
E pintar-te-ei todas os dias
Subirei a todos as colinas
Colherei todos os odores
E em todas as melancolias
Voarei sobre as ravinas
Perdido pelos ares...
Desenharei em todos os luares
Os traços da tua luz
Contornos de uma sensualidade
Que me fascina e seduz
E me arrasta sem dificuldade
Para junto da loucura
Para perto da insanidade
Das doenças sem cura...
Pegarei em todos os segundos
E em todos eles te lembrarei
Reviverei com tremor
Sentimentos profundos
E as lágrimas que chorarei
Serão pedaços deste amor
Que sem pedir licença
Entrou no meu coração
E com completa indiferença
Invadiu minhas noites de solidão....
Hoje pegarei no teu rosto
E vou sonhar-te
E vou amar-te
E de fogo assim posto
Queimarei todos os medos
Saltarei de todos os rochedos
E deixar-me-ei cair
No vento, no céu, no mar...
E nos braços deste sonhar
Sentir-te-ei assim sorrir...

11/Outubro/2004

Os teus trilhos...

Os teus trilhos

Fiquei esperando pela noite
Para melhor te imaginar

Tento ver-te da melhor maneira que sei
Tento descobrir o que teus olhos temem
O que a tua alma chora

Compreender a vibração da tua voz
O significado dos teus gestos
Aprender a razão dos teus passos

Quero estar ao teu lado
E sentir-te partilhar o silêncio

Quero entrar na tristeza do teu olhar
Ouvir os teus gritos
As tuas raivas
As tuas lágrimas

Quero que te abrigues em mim
Com teus olhos fechados
Com teu adormecer profundo.

Quero saber quando dizes branco
E quando insistes no preto.

Quero-te nos sorrisos
E quando te sentires sombria

Quero saber de ti
Nos teus dias e nas tuas noites

Quero estar por perto
Quando de mim precisares
E ficar a olhar-te quando te sentires segura

Nesta viagem por ti
Vou sabendo das tuas brisas
Das tuas tempestades
Dos teus dias de sol

A certeza que me transmites
Em cada palavra
Traz até mim um pouco mais de ti

Alegremente vou-me sentindo conquistado
Pela tua presença
Pela tua ausência
Pelo puzzle que lentamente vou construindo
E que te vai revelando
Com todos os teus trilhos

24/Outubro/2004

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Desabafo

Encontrei um abraço
Beijado entre dois olhares...

Agarrei-o com força
Sublimando-lhe a alma
Para que não se esfume
Bebendo-lhe o sangue
Para que não me esvazie...

Encontrei um olhar...
Abraçado entre dois beijos...

Senti-o com força
Esfumando-me o medo
Que me sugava a alma
Esvaziando-me da noite
Que me corroía o sangue...

Encontrei um beijo
Abraçado entre dois olhares...

13/Setembro/2007

Ponte

Ponte do tempo
Do tempo que não passa
Do tempo chuvoso
Do tempo em que não havia tempo para nada...
Ponte que vai para lá
E que vem para cá
Sem nunca do sítio sair...
É a ponte com duas pontas
Com dois pilares
Com dois sentidos...
A ponte que me traz do ontem
E me leva ao amanhã...
É a ponte entre as noites
Segurando os dias...

13/Setembro/2007

Verdade

Tu és...
Coração apertado
Em lágrima de saudade

És Lua quente
Nas minhas mãos frias

Tu és...
Silêncio de gestos
Gestos com palavras
Música sonhada
Pinturas de alma...

Tu és...
Caminho
Destino
És aroma de flor
És beijo e abraço...
És cabelo e ondas
Corpo e montanha...

Tu és...
O amanhã
O dormir e o sonhar...
A vida...
A vida...

Tu és...
O meu tesouro
A minha lenda
A minha estrela...
És campos de trigo
És rio maior que o mar

Tu és...
Todo o meu olhar...
Toda a minha verdade...

29/Janeiro/2005

Aqui

Gostava que estivesses aqui
Para escutares as lágrimas
Que caem por ti

17/Setembro/2004

quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Serenamente

Sereno rio que vive
Terna folha que alimenta...
De todas as nuvens
Escolhi a improvável...
Viagens sem rumo para todos os lugares
E o som alegre da alegria
E a noite fresca como lábios de mulher
Divirto-me...
E abraço-te...

30/Agosto/2007

segunda-feira, 27 de agosto de 2007

domingo, 26 de agosto de 2007

Linhas do rosto

Em cada linha do teu rosto
Perdi-me de amor...
Em cada uma delas
Senti o doce de uma noite de luar...
Fico horas te olhando
Tentando dar-te vida
Num quadro que todos os dias contemplo.

Na beleza de teus olhos
Fiquei serenamente adormecido
Embalado pela luz que irradias
E que me faz seguir-te
Como se fosses farol que me guia...

Na fotografia onde te guardo
Sinto porque te quero e amo
Sinto porque te olho e desejo...

30/Outubro/2004

Vê-me

Gostava que visses
O brilho do meu olhar
Quando as nuvens
Escrevem o teu nome no azul do céu...

Gostava que lesses
As páginas do meu amor
Para entenderes a profundidade do meu sonho...

Gostava que soubesses
Que nos caminhos que cruzo
Te procuro em cada esquina,
Em cada banco de jardim...

Partilho contigo o medo
Que sinto nas minhas mãos
O tremor dos meus dedos
Quando toco a tua pele...
Não escondo de ti
Os vendavais que me devastam
Quando páro minha respiração
Para melhor te apreender...

Gostava que visses
O que vive dentro de mim
Gostava que visses
A verdade do que sou
A verdade do sofrimento que guardei...
Gostava que sentisses
A sinceridade das minhas lágrimas...

5/Novembro/2004

Viver sem ti

Olho para ti...
Tento imaginar como seria a minha vida sem ti.
Sem o amor dos teus olhos...
Sem o teu sorriso macio... sem os teus gestos...
Sem a tua boca que me atrai...

Como seria viver sem os teus lábios quentes,
Sem as tuas mãos...
Sem os teus braços que levemente mordo...

Como seria viver sem o teu coração perto do meu
Viver sem beijar todos os recantos do teu corpo
Viver sem sentir a tua pele que me deixa louco
Tão sedento de amor contigo....

Tento imaginar
Como seria viver sem te amar
Não consigo...
Viver sem ti...
Não, quero-te para sempre.
Tento imaginar
Como seria viver sem te ter.
Simplesmente...
Não seria viver...

Abril/2000

Pobre coração

O que sentes tu, pobre coração?
Não te chega já de desamor...
Porque insistes em te levantar do chão?
Porque não aceitas a tua dor?
Porque procuras o que sabes não poder ter?
Porque me martirizas assim?
Não vês que já não consigo viver,
Não vês que a minha alma sabe a fel,
Não vês que já não há flor neste jardim.
Apenas poemas esboçados num papel...

O que sentes tu, pobre coração?
O que a tua voz me diz?
Não a consigo ouvir
No silêncio desta escuridão.
Pedes-me para ser feliz...
Queres voltar a sorrir?
Também eu, meu amigo...
Mas como, pergunto?
Se tudo o que tenho para estar comigo
São quatro paredes vazias,
São conversas sem assunto,
Ouvir falar de alheias alegrias...

Será que voltaste a amar?
Não sei, nem quero saber...
Tudo está fora do meu caminhar...
Vou sem rumo, sem me conhecer...
Fujo de novas dores,
Saio em busca de nada
E em busca de tudo.
Fujo dos meus pavores
E vou alargando a passada.
O silêncio deixa-me mudo,
A solidão pede-me companhia
E eu dou-lhe a minha vida,
Dou-lhe o meu rir
Dou-lhe a pouca alegria
Que trago escondida...
Entrego-me a ela sem fugir...

Será que amo outra vez?
Não sei, talvez...
Mas tudo é tão distante,
Tudo é tão perto...
O sentimento que me trucida
É o sentimento que nesse instante
Que me traz a um rumo incerto...
E me prende de novo à vida...
Fujo, fujo, fujo sem hesitar...

Talvez ame alguém...
Talvez ainda possa acreditar
Mas fujo sem parar
Deste coração de ninguém,
Deste coração de toda a gente...
Talvez ame e não saiba,
E só o tenha descoberto subitamente,
Em quaisquer linhas escondidas,
Disfarçadas nesta minha raiva...
Raiva de não sentir o amor,
De sentir a falta de mãos estendidas,
De sentir a inesperada ausência
De alguém que esteve ao meu lado,
E com carinho selou minha dor...
Batendo com persistência
O coração segue compassado,
Como se não me obedecesse.
Vai de novo cego, sorrindo,
Como se nenhuma ferida lhe doesse.
Corre, corre sempre sorrindo...
Porque me fazes isto?
Porque queres o impossível?
Não presentes o caminho errado...
Volta, por favor, eu também existo...
Não o vês inatingível...
Não te lembras como amargurado...
Vives-te chorando, soluçando,
Vendo o fogo extinguir-se
O fogo que julgavas eterno.
Esqueceste meu corpo definhando
Não te lembras do inferno,
Da minha alma a consumir-se...

O que sentes tu, pobre coração?
Diz-me... será verdade?...
Ou será outra ilusão...
Com que foges da realidade?...
O que sentes tu, pobre coração?
Chora, eu estou aqui...
Tenho todo o tempo para ti...

Setembro/1999

Saudade

Cai a noite
Deito-me na cama
Procurando sonhos
Procurando asas.
Sem pressa
Deixo-me levar pela saudade...

Vejo-te,
Balançando o teu corpo,
Provocando-me...
Sinto vontade de te tocar,
De provar tua pele...
A saudade que me invade a alma
deixa-me triste, deixa-me alegre...

És o meu porto de abrigo,
Onde me refugio depois da tempestade.
Tu és o cobertor, és a brisa...

O coração como louco,
Tentando chegar-te...
A ansiedade tranquila que sinto em mim,
Faz-me sorrir...
Passo as mãos pela cama,
Na esperança de te descobrir...
Os lençóis que ainda guardam o teu cheiro,
Nas almofadas o teu sorriso
Ainda repousa suavemente.
Ainda sinto a leve pressão das tuas mãos...

Saudade...
Saudade...
Preciso de ti para viver,
Como de todas as partes do meu corpo.
Levas-me à loucura...
Quero fazer amor contigo...
Para sempre...

8/Abril/2000

quarta-feira, 25 de julho de 2007

Duro caminho

O mais duro dos caminhos
Sentou-se à minha porta...
Eloquente no grito
Ardente de rasgos e luz...

Pensei-o durante mil sonos
Durante mais de mil lágrimas...

O mais duro dos caminhos
Sentou-se à minha porta
Mas vou vencê-lo
Mas vou vencê-lo...

23/Julho/2007

segunda-feira, 23 de julho de 2007

Perto...


Perto

Perto de ti
Sem lágrimas
Sem sonhos irrealizáveis...
Sem ter no peito a dor da vida...

Perto de ti
As mãos em todas as estrelas
Toda a luz do Universo
E dentro do meu corpo
Terramoto que não controlo...
Transpira todas as minhas emoções...

Perto de ti
Prisioneiro do teu olhar
Navegando nos teus olhos
Visito os lugares onde estiveste
Sinto as tempestades que te sufocaram
O sol que te fez sorrir...

Atento a todos os teus gestos
Porque cada um deles te revela
É extensão do teu ser
Aprendo a ler-te
Em cada movimento...

Perto de ti
Nada além do espaço que partilhamos
Em redor estátuas sem vida
Sons do mundo
Serenos rios sem pressa

Perto de ti
Os mares são meus
O fôlego é maior que os ventos
Os caminhos terminam em ti...

Perto de ti
Incapaz de te deixar
Incapaz de te perder...

28/Janeiro/2005

Medo de perder

Tenho medo de acordar e não te ouvir
Acordar sem te dar os bons dias
Sem te enviar um beijo pela manhã...
Tenho medo de perder o teu sol...
Não quero que vás
Não quero que desapareças
Estás em tudo o que é meu...
Fazes parte dos meus braços
Parte das minhas mãos...
És o meu coração
Os meus olhos
As minhas palavras...

Tenho medo dos dias
Sem os teus sinais
Sem os teus passos
Sem o teu riso...

És um rio onde mergulhei
Uma gruta onde me abriguei
És uma vela que me aquece
E me guia as lágrimas...

Não quero ficar sem a tua Lua
As tuas estrelas
O teu céu inteiro
Onde me sento sonhador...

Não quero perder-te
Tenho medo de perder-te...

13/Dezembro/2004

Troca

Troquei os meus medos pela vontade de te amar
Ganhei coragem e contei todos os meus segredos ao mar
Senti minhas lágrimas perderem-se no sal das águas...
Em cada rebentar de ondas
Senti portas abrindo... senti novos cheiros...
E revelei ao mar a musa dos meus sonhos
A inspiração da minha caneta
E em cada revelação
Senti a liberdade invadir o meu coração
Penetrar em todos os meus sentidos
E levar-me num breve instante até perto do teu abraço...
Senti-me menino amedrontado tremendo de felicidade
Senti-me adolescente enamorado balbuciando mil palavras...

Olhei os teus olhos doces e não mais os esqueci
Toquei o teu rosto macio e ainda hoje o sinto em minhas mãos...
E voltei para junto do mar
Que sorridente me esperava...
Deu-me a força das suas correntes, a frescura das suas brisas...
E com a espuma das ondas vi teu nome escrito no meu corpo...

Olhei o mar uma vez mais
Ele sorriu-me
Nesse sorriso senti uma nova vida
E troquei os meus medos
Pela vontade de te amar...

25/Novembro/2004

terça-feira, 26 de junho de 2007

Dentro de ti

Tens dentro de ti
Todo o ar que respiro
Toda a cor da minha alma
Toda a razão de existir...

Tens dentro de ti
O destino das minhas lágrimas
O fim das minhas batalhas
A vitórias sobre os meus medos

Tens dentro de ti
A suavidade do coração que amo...

31/Outubro/2004

Todos

És todas as músicas
De todos os pássaros
Noite de amor
Noite de insónia
Rosa de mil cores...

És café na esplanada
Uma vela no escuro
Uma luz lá bem fundo
És olhar triste
Olhar alegre...

És todos os ventos
O múrmurio dos mares
És poema que rima
Poema que chora

És a ternura dos perfumes
Passeio pela montanha
Conversa de horas
És sereno sobressalto
Abrigo na tempestade...

És todos os rios
Cheiro das árvores
Calor nas ruas
És um adormecer num sofá
Acordar de madrugada

Tu és um beijo doce
Um beijo quente
Companhia predilecta
Jantar a dois

Tu és todas as palavras
Todos os silêncios... todas as falas
Caminhar pela estrada
Sentar num jardim
Um olhar que te contempla
A tranquilidade de todos os momentos

Tu és a doçura de todos os toques
És a pele de todos os desejos
Todos os sonhos... todos os amores...

Tu és todos os suspiros do meu coração..

7/Outubro/2004

domingo, 17 de junho de 2007

Artes

Gostava de ser poeta
Para falar da luz do teu sorriso
Do doce da tua boca...

Gostava de ser compositor
Para cantar o mel da tua pele
A suavidade do teu toque...

Ou então ser pintor,
Para retratar as ruas por onde caminhas,
Os jardins por onde passeias
As flores que te invejam o perfume...

Também podia ser escultor,
E esculpir...
Cada gesto teu... cada olhar...
A maneira como andas
Como me delicio só de te ver...

Queria ter o talento de fazer arte
Com tudo o que sinto por ti...
Mostrá-lo ao mundo...

Mas não tenho...
Tudo o que tenho
É a saudade de não te ter...

Dou-te o que de mais precioso tenho hoje.
Esta lágrima teimosa
Que me surpreende de vez em quando,
Que me faz sentir tão triste e tão feliz.
Guarda-a, toma conta dela...
É por ti que ela cai,
É para ti que ela cai...

Novembro/2000

quinta-feira, 31 de maio de 2007

Mordaça

Amordacei os traços amarelados
Que vivi antes de viver.
Guardei-os no rio que passava
Para lhes afogar os gritos...
Senti a lua e o sol
Em cada uma das minhas metades...
E foi com um riso loucamente contido
Que voltei a caminhar..

31/Maio/2007

segunda-feira, 2 de abril de 2007

Beijo...


Beijo

Preciso de um beijo teu
Para acalmar os mares revoltos
Preciso de um beijo teu
Para amenizar o calor que me queima a alma
Preciso de um beijo teu
Porque o tremor dos meus gestos é cada vez mais forte
Preciso de um beijo teu porque o mel dos teus lábios
Adoçar as lágrimas que venho chorando

Preciso de um beijo teu
Porque no teu beijo estão todos os sons que me fazem adormecer
Porque no teu beijo ouço mil canções de amor
Com as quais sonho todos as noites...

Preciso de um beijo teu
Porque no teu beijo sinto o prazer da vida...

4/Outubro/2004

quinta-feira, 22 de março de 2007

Lugares

A vida mudou-se
Lá para cima, penso eu...
Ainda pensei seguir-lhe o rasto...
Mas estou tão bem aqui
Perto do sol
E das muralhas do castelo
Finalmente...

22/Março/2007

quarta-feira, 10 de janeiro de 2007

Palavras inventadas

Lembro...
As palavras inventadas
As palavras vestidas de noite
Sentidas de frio e estrelas...
Palavras tão fortes de ás e ós
Doces de solidão... verdes de orvalho...
Lembro...

10/Janeiro/2007