Este é um pequeno poema
Apenas porque não me apeteceu fazê-lo maior
Um resumo do eu sem um princípio
Este é um pequeno poema
Mais ou menos de acordo com este dia
Pequeno de passos a compasso
Aborrecem-me as portas entreabertas
E os assobios do vento na janela
Deixem-me terminar este pequeno poema
Antes que fique grande demais.
28/Outubro/2009
quarta-feira, 28 de outubro de 2009
Recordar
Recordar é viver
E eu vivo para te recordar
Recordo-te para não morrer
E morro por só te recordar
1986
E eu vivo para te recordar
Recordo-te para não morrer
E morro por só te recordar
1986
Poesia perfeita
Ainda não fiz a poesia perfeita
Não sei se alguma vez a farei
Provavelmente... não
Porque poeta não serei
Alguns dirão
Ou então por falta de dor ou maleita
Por ausência de vontade expressa
De sofrer mil e alguns sofrimentos
Diluvianos e ternurentos
Nascentes de lágrima espessa
A poesia perfeitamente completa
Inalcançável meta
Para quem veste palavras insuficientes
Palavras repetidas e descrentes
27/Outubro/2009
Não sei se alguma vez a farei
Provavelmente... não
Porque poeta não serei
Alguns dirão
Ou então por falta de dor ou maleita
Por ausência de vontade expressa
De sofrer mil e alguns sofrimentos
Diluvianos e ternurentos
Nascentes de lágrima espessa
A poesia perfeitamente completa
Inalcançável meta
Para quem veste palavras insuficientes
Palavras repetidas e descrentes
27/Outubro/2009
terça-feira, 27 de outubro de 2009
Por instantes
Não interessa o que tinha de acontecer
Mas a coisa que afinal é
Não importa o momento que ninguém viu
Ou até mesmo o sonho por fazer
Importa sim o talvez no horizonte
O rumo delineado sem cotas nem ângulos
Não interessa o amor não amado
Mas o amor dos dias e das noites
Sei lá do facto consumado ou da certeza absoluta
Mas sei do zero de que parto
Sei do caminho por todas as esquerdas e direitas
Não interessa o futuro do ontem
Mas o futuro que afinal é
Não importa o instante que esteve para vir
Mas o instante que num instante se esvai
25/Outubro/2009
Mas a coisa que afinal é
Não importa o momento que ninguém viu
Ou até mesmo o sonho por fazer
Importa sim o talvez no horizonte
O rumo delineado sem cotas nem ângulos
Não interessa o amor não amado
Mas o amor dos dias e das noites
Sei lá do facto consumado ou da certeza absoluta
Mas sei do zero de que parto
Sei do caminho por todas as esquerdas e direitas
Não interessa o futuro do ontem
Mas o futuro que afinal é
Não importa o instante que esteve para vir
Mas o instante que num instante se esvai
25/Outubro/2009
segunda-feira, 26 de outubro de 2009
Persisto
Lá vem de novo esta encruzilhada irritante
Já lhe exprimi demasiadas vezes
A minha mais comovente sobranceria
Mas ela persiste...
Mas ela persiste inamovível e astuta
Acutilante no modo como me circunda
Como me estuda e ataca
Mas eu persisto...
Surdo aos lancinantes desejos do abismo
Seguro da ineficácia do rompante
Inconstante no tempo e na forma
25/Outubro/2009
Já lhe exprimi demasiadas vezes
A minha mais comovente sobranceria
Mas ela persiste...
Mas ela persiste inamovível e astuta
Acutilante no modo como me circunda
Como me estuda e ataca
Mas eu persisto...
Surdo aos lancinantes desejos do abismo
Seguro da ineficácia do rompante
Inconstante no tempo e na forma
25/Outubro/2009
quarta-feira, 21 de outubro de 2009
Quando amas
Quando amas
Sinto-me perdido em ti
Vagueando no teu coração,
Sinto a tua alma... tuas mãos
Tua pele dizendo-me
Tudo bem, eu estou aqui
Quando amas
Respiro o teu ar
Sonho os teus sonhos
Sorrio em teus olhos
Quando amas
A chuva não molha
O sol não queima
A noite não escurece.
Quando tu amas
Eu vivo
Eu sinto
Quando tu amas
Eu sou feliz
Outubro/2000
Sinto-me perdido em ti
Vagueando no teu coração,
Sinto a tua alma... tuas mãos
Tua pele dizendo-me
Tudo bem, eu estou aqui
Quando amas
Respiro o teu ar
Sonho os teus sonhos
Sorrio em teus olhos
Quando amas
A chuva não molha
O sol não queima
A noite não escurece.
Quando tu amas
Eu vivo
Eu sinto
Quando tu amas
Eu sou feliz
Outubro/2000
Outros sorrisos
Foi quando te conheci
Que dentro de mim um tremor
Me fez cair para aqui
E olhar-te com muito amor
Fiz-te um poema de parabéns
Que se perdeu na eternidade
Olhei para os olhos que só tu tens
E descobri então a felicidade
Desde essa altura
Que não deixo de admirar
A tua alma tão pura
A tua beleza de invejar
Desde essa altura
Que te comecei a amar
E esqueci a amargura
Que tanto me fez chorar
E vou ficando para aqui
Seguindo os teus passos
E vou olhando para acoli
Esperando pelos teus abraços
Agora vives no meu interior
Dentro do meu coração
Sinto-o bater sem qualquer dor
Ao ritmo da tua respiração
As minhas mãos só conhecem
Para o teu rosto o caminhar
Meus dedos só emudecem
Perante a luz do teu olhar
Tenho nos meus braços
Mil afectos para te dar
Para fortalecer nossos laços
E poder de ti cuidar
Nenhum dos adjectivos
Que servem para te elogiar
Conseguem ser objectivos
E a tua maneira de ser retratar
Mesmo que te diga adoro-te
É longe do que tu mereces
Meu Deus, eu imploro-te
Que ouças as minhas preces
Faz-me ser sempre romântico
Para a minha linda e doce flor
E tornar-lhe a vida um cântico
Encher-lhe os dias de amor
Só ficaria mais consolado
Se te sentisse sempre feliz
E te acompanhasse a todo o lado
Para ver o teu sorriso de petiz
É tão grande o amor que sinto
Que me arrebata sem piedade
Que não penses que te minto
E sintas a minha honestidade
És linda, és bela
E se te visse passar
Espreitar-te-ia da janela
Só para te contemplar
Só para te ver
Só para te adorar
Só para te proteger
Só para te amar
Tu és todos os lugares
Num só e único lugar
Tu és todos os luares
Guardados no teu olhar
Tu és toda a magia
Que encerra a natureza
Tu és fonte de alegria
De onde não brota tristeza
7/Janeiro/2005
Que dentro de mim um tremor
Me fez cair para aqui
E olhar-te com muito amor
Fiz-te um poema de parabéns
Que se perdeu na eternidade
Olhei para os olhos que só tu tens
E descobri então a felicidade
Desde essa altura
Que não deixo de admirar
A tua alma tão pura
A tua beleza de invejar
Desde essa altura
Que te comecei a amar
E esqueci a amargura
Que tanto me fez chorar
E vou ficando para aqui
Seguindo os teus passos
E vou olhando para acoli
Esperando pelos teus abraços
Agora vives no meu interior
Dentro do meu coração
Sinto-o bater sem qualquer dor
Ao ritmo da tua respiração
As minhas mãos só conhecem
Para o teu rosto o caminhar
Meus dedos só emudecem
Perante a luz do teu olhar
Tenho nos meus braços
Mil afectos para te dar
Para fortalecer nossos laços
E poder de ti cuidar
Nenhum dos adjectivos
Que servem para te elogiar
Conseguem ser objectivos
E a tua maneira de ser retratar
Mesmo que te diga adoro-te
É longe do que tu mereces
Meu Deus, eu imploro-te
Que ouças as minhas preces
Faz-me ser sempre romântico
Para a minha linda e doce flor
E tornar-lhe a vida um cântico
Encher-lhe os dias de amor
Só ficaria mais consolado
Se te sentisse sempre feliz
E te acompanhasse a todo o lado
Para ver o teu sorriso de petiz
É tão grande o amor que sinto
Que me arrebata sem piedade
Que não penses que te minto
E sintas a minha honestidade
És linda, és bela
E se te visse passar
Espreitar-te-ia da janela
Só para te contemplar
Só para te ver
Só para te adorar
Só para te proteger
Só para te amar
Tu és todos os lugares
Num só e único lugar
Tu és todos os luares
Guardados no teu olhar
Tu és toda a magia
Que encerra a natureza
Tu és fonte de alegria
De onde não brota tristeza
7/Janeiro/2005
Grito
Um grito
Um esgar
Um nada de inquietude
Aparente sofrimento
Um momento
Um meio segundo de espera
Silêncio apressado
Fugindo das minhas mãos
Instante impreciso
Sem voz nem pulsar
Refúgio algures
Que não sinto alcançar
21/Outubro/2009
Um esgar
Um nada de inquietude
Aparente sofrimento
Um momento
Um meio segundo de espera
Silêncio apressado
Fugindo das minhas mãos
Instante impreciso
Sem voz nem pulsar
Refúgio algures
Que não sinto alcançar
21/Outubro/2009
Amarga
De todas as palavras
Com que me amarrei a ti
Ilusão foi a mais deliciosa
A mais quente
A mais amarga
A mais mortífera
21/Outubro/2009
Com que me amarrei a ti
Ilusão foi a mais deliciosa
A mais quente
A mais amarga
A mais mortífera
21/Outubro/2009
quarta-feira, 7 de outubro de 2009
Só me falta ser
Já percorri todos os pensamentos
Os úteis e os sem utilidade
Já me olhei vezes sem fim
Procurando uma espécie de verdade
Que junte estes solitários elementos
Que achei perdidos junto a mim.
Já vi duas estradas
Três caminhos e uma viela
Sonhei com criaturas aladas
Coroas de flores enfeitadas
Sorrisos felizes a uma janela.
Só me falta a vida futura
Só me falta o passo de gigante
Saltar o obstáculo final
Com arfar de emoção pura
Só me falta ser arrogante
Ser forte... feroz animal
7/Outubro/2009
Os úteis e os sem utilidade
Já me olhei vezes sem fim
Procurando uma espécie de verdade
Que junte estes solitários elementos
Que achei perdidos junto a mim.
Já vi duas estradas
Três caminhos e uma viela
Sonhei com criaturas aladas
Coroas de flores enfeitadas
Sorrisos felizes a uma janela.
Só me falta a vida futura
Só me falta o passo de gigante
Saltar o obstáculo final
Com arfar de emoção pura
Só me falta ser arrogante
Ser forte... feroz animal
7/Outubro/2009
Já não me importo
Já não me importo
Até com o que amo ou creio amar.
Sou um navio que chegou a um porto
E cujo movimento é ali estar.
Nada me resta
Do que quis ou achei.
Cheguei da festa
Como fui para lá ou ainda irei
Indiferente
A quem sou ou suponho que mal sou,
Fito a gente
Que me rodeia e sempre rodeou,
Com um olhar
Que, sem o poder ver,
Sei que é sem ar
De olhar a valer.
E só me não cansa
O que a brisa me traz
De súbita mudança
No que nada me faz.
Fernando Pessoa
Até com o que amo ou creio amar.
Sou um navio que chegou a um porto
E cujo movimento é ali estar.
Nada me resta
Do que quis ou achei.
Cheguei da festa
Como fui para lá ou ainda irei
Indiferente
A quem sou ou suponho que mal sou,
Fito a gente
Que me rodeia e sempre rodeou,
Com um olhar
Que, sem o poder ver,
Sei que é sem ar
De olhar a valer.
E só me não cansa
O que a brisa me traz
De súbita mudança
No que nada me faz.
Fernando Pessoa
A tua dor
A tua dor
No meu peito sinto-a desmedida
Gigantesca... insuportável
Sinto a desilusão que te consome
As tuas lágrimas como cortantes diamantes
Que te rasgam o coração de forma precisa
Nenhuma palavra te serve de alimento...
Nenhum gesto...
Nenhum abraço te serve de alento
Uma chuva torrencial
Que te gela por completo
E sentes o teu corpo ser levado
Pelos vendavais que te inundam o olhar...
Estendes a tua mão
Mesmo sabendo que nada tens onde te agarrar
E choras em silêncio
Para que os sons da tua mágoa
Não te torturem ainda mais
Sinto-me impotente
Sem qualquer passe de mágica
Que te roube ao sofrimento
Tento partilhar as tuas lágrimas
Julgando, inocente, que assim te aliviarei
Tens essa dor que é tua
Já a sabes de cor
No entanto, é desconhecida do Mundo
É tua...
Apenas tua...
17/Dezembro/2004
No meu peito sinto-a desmedida
Gigantesca... insuportável
Sinto a desilusão que te consome
As tuas lágrimas como cortantes diamantes
Que te rasgam o coração de forma precisa
Nenhuma palavra te serve de alimento...
Nenhum gesto...
Nenhum abraço te serve de alento
Uma chuva torrencial
Que te gela por completo
E sentes o teu corpo ser levado
Pelos vendavais que te inundam o olhar...
Estendes a tua mão
Mesmo sabendo que nada tens onde te agarrar
E choras em silêncio
Para que os sons da tua mágoa
Não te torturem ainda mais
Sinto-me impotente
Sem qualquer passe de mágica
Que te roube ao sofrimento
Tento partilhar as tuas lágrimas
Julgando, inocente, que assim te aliviarei
Tens essa dor que é tua
Já a sabes de cor
No entanto, é desconhecida do Mundo
É tua...
Apenas tua...
17/Dezembro/2004
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