domingo, 1 de outubro de 2006

Impotência

Sinto a impotência
Dos momentos imperdíveis...
Em todo o meu corpo
Milhares de vozes gritam a melancolia
Que hoje me invadiu...

Procuro razões para entender
O que não é entendível...
Que caminhos me trouxeram
A uma fonte de que não posso beber...

Uma ligeira brisa
Leva-me para longe do meu porto seguro
E de novo navego sob as estrelas
Sem esperança de me guiar por elas...

A inquietação do que não tenho faz-me serenar...
Relembro o ontem e adormeço numa nuvem escura
Para que não me sinta chorar...

Procuro na ilusão de um sorriso
Apagar a verdade das minhas noites...
Enquanto o conseguir...
Viverei...

10/Outubro/2004

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