quinta-feira, 18 de maio de 2006

Linha escondida

Encontrei uma linha escondida
Que julguei de um poema que tanto te quero fazer
Declamar tuas mãos... o teu abraço... a tua ausência
Cantar as tuas pétalas como se fosses flor
Beber da tua água como se fosses fonte.
Mas nessa linha escondida
Não vi as palavras que me falam de ti.
A música que ouço
Quando em meus pensamentos me uno a ti num beijo azul de céu.
Nem encontrei a doçura da tua pele quando a toco com a minha mão...
Mão sedenta... mão carente de ti.
Nessa linha escondida
Não li o carinho com que meus olhos te envolvem
As lágrimas com que choro o meu amor
A ternura que coloco em cada beijo em ti...
Nessa linha escondida
Encontrei apenas a ansiedade
Da inquietação de te querer contar o mundo
O meu mundo...
Onde és rainha, flor, montanha, céu e mar
A inquietação de te mostrar
A raiz da minha alma
A verdade que habita em mim
Desde que te descobri...

4/Dezembro/2004

Sem comentários: