segunda-feira, 29 de novembro de 2010
domingo, 21 de novembro de 2010
Dia bom
Hoje foi dia bom
Dia de lembrar os esquecimentos todos
Reprimir os coletes de forças
Foi dia bom para ver a chuva autoritária
Dia de secar a garganta com tanto silêncio
Foi bom o dia
Quer dizer...
20/Novembro/2010
Dia de lembrar os esquecimentos todos
Reprimir os coletes de forças
Foi dia bom para ver a chuva autoritária
Dia de secar a garganta com tanto silêncio
Foi bom o dia
Quer dizer...
20/Novembro/2010
quarta-feira, 30 de junho de 2010
terça-feira, 29 de junho de 2010
Fuso desaparafusado
O argumento é sensível
A vida e o nevoeiro também
Restam-me duas voltas neste carrocel
Gostaria de me aprontar
Para o que por aí rebenta silenciosamente
Ontem estava distraído
Mas hoje... hoje...
Hoje é que é dia de ser grande dia
Hoje são flores e cheiros de alma
Comboios velozes cruzando a planície
Sim, hoje...
Hoje que o vento se constipou
Na vertigem do meu querer muito
Hoje...
Ou amanhã...
Porque a dúvida das chegadas
Pesquisa-me os sentidos
Baralha-me o fuso desaparafusado
29/Junho/2010
A vida e o nevoeiro também
Restam-me duas voltas neste carrocel
Gostaria de me aprontar
Para o que por aí rebenta silenciosamente
Ontem estava distraído
Mas hoje... hoje...
Hoje é que é dia de ser grande dia
Hoje são flores e cheiros de alma
Comboios velozes cruzando a planície
Sim, hoje...
Hoje que o vento se constipou
Na vertigem do meu querer muito
Hoje...
Ou amanhã...
Porque a dúvida das chegadas
Pesquisa-me os sentidos
Baralha-me o fuso desaparafusado
29/Junho/2010
O Sol desceu
O sol desceu até mim
Dentro dos teus olhos
Olhou-me e serenou minha alma.
Andei perdido
Suspenso por pensamentos
E vieste...
Trouxeste o céu azul
Envolto em macias sedas
E acordei no meio de um abraço
E respirei todo o ar do mundo...
E vieste...
E fiquei feliz...
19/Setembro/2004
Dentro dos teus olhos
Olhou-me e serenou minha alma.
Andei perdido
Suspenso por pensamentos
E vieste...
Trouxeste o céu azul
Envolto em macias sedas
E acordei no meio de um abraço
E respirei todo o ar do mundo...
E vieste...
E fiquei feliz...
19/Setembro/2004
Corrente
Vou na corrente
Minutos esperados em vão
Risos... inutilidades
E palavras aos pedaços
Vou na corrente
Infinita de ansiedades
Prepotente no destino
29/Junho/2010
Minutos esperados em vão
Risos... inutilidades
E palavras aos pedaços
Vou na corrente
Infinita de ansiedades
Prepotente no destino
29/Junho/2010
"Sem nome"
Sorri quando a dor te torturar
E a saudade atormentar
Os teus dias tristonhos vazios
Sorri quando tudo terminar
Quando nada mais restar
Do teu sonho encantador
Sorri quando o sol perder a luz
E sentires uma cruz
Nos teus ombros cansados doridos
Sorri vai mentindo a sua dor
E ao notar que tu sorris
Todo mundo irá supor
Que és feliz
Charles Chaplin
E a saudade atormentar
Os teus dias tristonhos vazios
Sorri quando tudo terminar
Quando nada mais restar
Do teu sonho encantador
Sorri quando o sol perder a luz
E sentires uma cruz
Nos teus ombros cansados doridos
Sorri vai mentindo a sua dor
E ao notar que tu sorris
Todo mundo irá supor
Que és feliz
Charles Chaplin
quarta-feira, 23 de junho de 2010
Havia
Havia uma flor
E duas lágrimas cravadas na pedra
Havia uma dor
E uma luz ténue e dois candelabros apagados
Havia uma caixa vazia de pertences e ilusões
Havia a lembrança e a angústia
O pânico do esquecimento
Havia um dia
Cheio de sol e chuva
De vontade de anoitecer rapidamente
23/Junho/2010
E duas lágrimas cravadas na pedra
Havia uma dor
E uma luz ténue e dois candelabros apagados
Havia uma caixa vazia de pertences e ilusões
Havia a lembrança e a angústia
O pânico do esquecimento
Havia um dia
Cheio de sol e chuva
De vontade de anoitecer rapidamente
23/Junho/2010
quarta-feira, 26 de maio de 2010
Mãos vazias
Preciso destas mãos vazias
Mãos recomeçadas
Mãos reconstruídas
Preciso de um princípio
Que me mostre um fim
Que o meio logo invento
Preciso tanto mas tanto
Que daria tanto do que não preciso
Troco já duas caixas de hesitações
Por meia certeza absoluta
Troco já dois amanhãs em eterna pausa
Por esboço de um hoje completo
Preciso mesmo destas mãos vazias
De as fazer novas sem linhas nem temores
Preciso delas frescas e intactas
Para agarrar tudo o que passa por mim esvoaçando
26/Maio/2010
Mãos recomeçadas
Mãos reconstruídas
Preciso de um princípio
Que me mostre um fim
Que o meio logo invento
Preciso tanto mas tanto
Que daria tanto do que não preciso
Troco já duas caixas de hesitações
Por meia certeza absoluta
Troco já dois amanhãs em eterna pausa
Por esboço de um hoje completo
Preciso mesmo destas mãos vazias
De as fazer novas sem linhas nem temores
Preciso delas frescas e intactas
Para agarrar tudo o que passa por mim esvoaçando
26/Maio/2010
domingo, 4 de abril de 2010
Serei
Serei tão ridículo quanto as minhas palavras deixam entender?
Serei apenas reflexo vazio e surdo da minha própria sombra?
O que sou na essência? No sumo? Às claras? Em carne?
Alguma coisa que valha a pena tomar-se como palpável?
Acontecimento suficientemente importante para ser notado?
Serei dono das escritas por fazer?
Submisso das escritas impossíveis?
Atento no sentir mas desprendido no querer?
Serei o que as palavras sustentam?
Duas letras gastas e desorientadas?
Serei edifício reluzente e imponente?
Serei cabana soprada à mais leve das brisas?
Serei pergunta ou simplesmente comentário breve?
7/Abril/2010
Serei apenas reflexo vazio e surdo da minha própria sombra?
O que sou na essência? No sumo? Às claras? Em carne?
Alguma coisa que valha a pena tomar-se como palpável?
Acontecimento suficientemente importante para ser notado?
Serei dono das escritas por fazer?
Submisso das escritas impossíveis?
Atento no sentir mas desprendido no querer?
Serei o que as palavras sustentam?
Duas letras gastas e desorientadas?
Serei edifício reluzente e imponente?
Serei cabana soprada à mais leve das brisas?
Serei pergunta ou simplesmente comentário breve?
7/Abril/2010
domingo, 28 de março de 2010
Ser eu
É difícil ser eu
Quando o ter significa pertencer
É difícil ser eu
Quando recuso recusar o renegável
Quando procuro nos escombros da razão adiada
Esboços que tão cuidadosamente elaborei
É difícil ser eu
Quando o que sou bem longe daqui
É mais aceitável do que o que sou aqui tão perto
É difícil ser eu
Quando escrevo tanta linha desalinhada
Quando percorro de ponta ao meio
E acabo por morrer a meio da noite
É difícil ser eu
Se para ser eu deixo de ser imitação do eu
Se o verdadeiro modo de sentir-me eu
É Romeu sem conhecimento de Julieta
Paixão comedida no fulgor e excitação
É difícil ser eu
Se tanto de mim fugiu de mim próprio
Se tão pouco eu ponho, nas horas que ainda vivo
Novembro/2009
Quando o ter significa pertencer
É difícil ser eu
Quando recuso recusar o renegável
Quando procuro nos escombros da razão adiada
Esboços que tão cuidadosamente elaborei
É difícil ser eu
Quando o que sou bem longe daqui
É mais aceitável do que o que sou aqui tão perto
É difícil ser eu
Quando escrevo tanta linha desalinhada
Quando percorro de ponta ao meio
E acabo por morrer a meio da noite
É difícil ser eu
Se para ser eu deixo de ser imitação do eu
Se o verdadeiro modo de sentir-me eu
É Romeu sem conhecimento de Julieta
Paixão comedida no fulgor e excitação
É difícil ser eu
Se tanto de mim fugiu de mim próprio
Se tão pouco eu ponho, nas horas que ainda vivo
Novembro/2009
segunda-feira, 8 de março de 2010
Apressadamente
Saiam-me da frente
Que já me bastam os pés trocados
Saiam depressa
Porque apressadamente procuro chegar ali mais à frente
Onde me esperam desmoronamentos urgentes
Para sufocar este dia que já vai longo
Saiam depressa
Porque as pedras que trago ao pescoço
Impedem-me o olhar seguro
8/Março/2010
Que já me bastam os pés trocados
Saiam depressa
Porque apressadamente procuro chegar ali mais à frente
Onde me esperam desmoronamentos urgentes
Para sufocar este dia que já vai longo
Saiam depressa
Porque as pedras que trago ao pescoço
Impedem-me o olhar seguro
8/Março/2010
terça-feira, 12 de janeiro de 2010
Algo vai ter de vir
Que saudade da voz que antes de ser minha
Viveu nos esquecimentos de todas as esquinas
Que saudade do matinal cumprimento vago e triste
Que saudade, sim, que a vida também é mar de espinhos
As envergonhadas palavras escondidas entre os olhares
As mãos suadas de tanto segurar os dias perdidos
Lembrei-me há dias que ainda não escrevi tudo
Por isso, fica aqui esta qualquer coisinha
Só para me lembrar que as vozes não se calam
Quando vivem para inventar palavras feitas de esperas
E eu já esperei e ainda espero e esperarei
Porque algo vai ter de vir...
Tenho a certeza...
12/Janeiro/2010
Viveu nos esquecimentos de todas as esquinas
Que saudade do matinal cumprimento vago e triste
Que saudade, sim, que a vida também é mar de espinhos
As envergonhadas palavras escondidas entre os olhares
As mãos suadas de tanto segurar os dias perdidos
Lembrei-me há dias que ainda não escrevi tudo
Por isso, fica aqui esta qualquer coisinha
Só para me lembrar que as vozes não se calam
Quando vivem para inventar palavras feitas de esperas
E eu já esperei e ainda espero e esperarei
Porque algo vai ter de vir...
Tenho a certeza...
12/Janeiro/2010
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