Morrer enquanto ainda for bem vivo
Morrer cheio de vida
E não morrer moribundo e ineficaz
Quero morrer sem ser aos poucos sem ser de uma só vez
Quero
morrer pomar na colheita
Rede de
pescador esbanjando pescariaNão quero morrer incompleto
Morrer quando já tiver perdido o pulso
Sem tempo para me lembrar de esquecer de todas as coisas
Mesmo as inprescindíveis
Mesmo as imperdíveis
Não
quero morrer num segundo preso num relógio sem corda
Quero
morrer pedaço a pedaçoDespedaçado nas mãos de quem me quiser enterrar
Morrer sem gaveta por arrumar
Morrer quando a minha vontade for mais forte
Quando já não tiver vida por viver
junho/2011