Serei tão ridículo quanto as minhas palavras deixam entender?
Serei apenas reflexo vazio e surdo da minha própria sombra?
O que sou na essência? No sumo? Às claras? Em carne?
Alguma coisa que valha a pena tomar-se como palpável?
Acontecimento suficientemente importante para ser notado?
Serei dono das escritas por fazer?
Submisso das escritas impossíveis?
Atento no sentir mas desprendido no querer?
Serei o que as palavras sustentam?
Duas letras gastas e desorientadas?
Serei edifício reluzente e imponente?
Serei cabana soprada à mais leve das brisas?
Serei pergunta ou simplesmente comentário breve?
7/Abril/2010