terça-feira, 28 de fevereiro de 2006

És poesia

És poesia
És verso de amor
Que rima com o vento
Que fala com os mares...
És poema
Escrito pela mão da saudade
Cantado pela voz da solidão...
És linha decorada no meu coração
És palavra amor que escondes em ti...

És ternura
Em forma de rosto
Seda em forma de mãos...
És doçura
Que esbanjas em teus gestos
Que dança na melodia da tua voz...

És flor
Que espalha o teu cheiro e te veste de veludo...
És sorriso
Belo, único, luminoso
Que inventa o sol e ilumina as estrelas...
És nota de música
Que te molda nas nuvens
Te toca nas cordas de uma viola
És sonho
És lágrima que corre em mim...
És amor
Que sinto crescer em meu redor
Que me faz estremecer a cada pensamento de ti...
És amor... que me faz viver...

6/Novembro/2004

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2006

Ao teu encontro...

Ao teu encontro

Trago o mar dentro de mim
Abraço todas as distâncias e venço-as num segundo.
Sinto-me transportado por todos os ventos
Para o lugar de todos os lugares
Para o momento reunião de todos os momentos.
Uma paz desconhecida preenche todos os poros de minha pele
Um sorriso esquecido luta para ser de novo ouvido.

Viajo ao encontro do que não sei
Sem pressa, sem ansiedade
Como se confiasse no destino.
Viajo ao encontro de ti
Tesouro desaparecido... semente por nascer...
Viajo ao teu encontro
E de ti nada espero a não ser tudo...
Tenho medo das lágrimas que chorarei perto de ti
Medo dos medos que sentirei perto de ti
Mas irei...
Porque me diz para ir o meu coração
Porque me diz para ir a minha razão
Abraço todas as distâncias e venço-as num segundo
Vou ao teu encontro porque assim preciso...

23/Setembro/2004

Consciência

Tomei consciência do universo
Quando te descobri para além das grades da minha prisão...
Tinha nos pés os quilómetros da desilusão
E nas mãos marcas de arame farpado...
Sentava-me horas esquecidas
Contando as incertezas absolutas da minha vida
Guardando em caixas feitas de ouro todos os medos a que me entreguei...
Construí um mundo onde só eu crescia
Onde só existia a árvore que me dava sombra
A fonte onde alimentava a minha sede...
Nas paredes de ferro desta dormência
Desenhava com pensamentos de sangue
Todos os caminhos que negara percorrer...
Todas as Luas cujos brilhos me amofinaram
E em silêncio destruíram a seiva de que quase desisti...
Ansiosamente, chamava a escuridão
Para nela, meus olhos rastejantes
Depositarem cobardes lágrimas que nunca ousariam um beijo de luz...
Nas paredes de ferro deste repúdio
Transcrevi todos os sonhos abandonados
Relatei todas as dores que me oprimiram
E assenti juras de solidão eterna...
A furiosa pena batia em desespero nas espessas grades
Em insuportáveis ruídos que estrangulavam as vozes
Que me gritavam castelos de coragem...
Acabrunhado, ouvi o vento numa das fendas do meu corpo...
A frieza do ferro, por instantes, pareceu distante...
E senti a tua mão trazendo o amanhecer segundos antes da suprema renúncia...
E vi teus olhos, teu corpo, teu sorriso...
E vi o meu mundo desabar
Destruído pelo soprar das tuas palavras...
E comecei a viver todos os nãos a que me havia condenado...
No teu olhar vi aquele mar distante
Aquele mar que não existe para os mortais...
Aquele mar sereno de beleza e magnitude...
No teu corpo encontrei os traços de um futuro
Que sempre desejei tocar com meus dedos...
E no teu sorriso vislumbrei toda a vida
Que temeroso julguei não me ter sido concedida...
Em ti tomei consciência do universo
Da impotência perante o amor
Amor em forma de rosa de cores só tuas
Amor em pedaços de ternura que a cada minuto te ofereço...
Gravei-te no mais íntimo dos meus esconderijos
Mostrei-te o mais recôndito dos meus lugares
És parte de mim, indivisível...
És mulher que amo sem condições...
Mulher das estrelas, dona da Lua...
Que guarda o Sol em seus braços
Filho a quem ensina o nascer e o pôr...
És mulher que amo
Como ainda ninguém escreveu
Como ainda ninguém cantou...
Mulher a quem dedico todas as lágrimas da emoção
Com que tranquilamente te espero...

12/Abril/2005

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2006

Sentado

Sentado
Vejo-te passar e chamo-te...
Fica comigo
Ouve o que tenho para te dizer...
Sabes?..
Hoje quase senti o teu perfume
Quando acordei de manhã
Hoje quase chorei
Quando imaginei um não teu...
Dá-me a tua mão
E deixa-me pensar que ela é minha para sempre
Olha comigo o horizonte
E partilha os meus sonhos
Para que eu não os pense tão ingénuos
Tão impossíveis... tão sonhadores
Dá-me o teu corpo para que o abrace
E te envolva com o que não mais consigo guardar dentro de mim...
Dá-me o teu sorriso
Para que o veja quando nada mais tenho para ver.
Dá-me o teu olhar
Para que encontre dentro dele a ternura de um beijo...
Fica comigo
Ouve o que tenho para te dizer...
Sabes?
Hoje pensei que te amo...

13/Setembro/2004

Partes de ti

Juntei as partes de ti que em mim deixaste
Misturei-as com o sabor do teu corpo
E percorri com os meus dedos cada uma das tuas linhas...
Senti o cheiro dos teus cabelos perfumar o meu rosto
E num breve fechar de olhos refresquei-me com os teus lábios.
Senti a tua pele deslizar sobre a minha
Numa sensação tão única quanto inesquecível
Como se todos os relógios suspendessem as horas a nosso pedido...

Juntei as partes de ti e misturei-as
Com todos os poemas de amor que conheço
Para melhor desenhar a saudade que me invade
Em cada segundo dos meus pensamentos
Para melhor te imaginar adormecendo ao meu lado
E em cada instante do teu sono te amar... te descobrir
E em cada instante do teu sono te contemplar e te querer tornar minha...

Juntei as partes de ti com que alimento o meu dia
E sei que de nada mais preciso
Porque cada parte de ti é uma forma de luz que me guia
Rumo a um tranquilo lugar desconhecido
Porque cada parte de ti é um rio onde sorrio ouvindo o teu murmurar...

Juntei as partes de ti e reconstrui-te
Num quadro... numa escultura... numa música...

20/Outubro/2004

Razões

Tenho milhares de razões para te amar
E todas me parecem tão certas... tão deliciosas...
Tenho tantos motivos para te dar o meu coração
E todos me soam tão bem... tão melodiosos...
Tenho dois argumentos belos para te escrever sentidos poemas de amor...
Os teus olhos que me inspiram...
Sempre que fecho os meus para melhor ouvir o que te quero dizer...
Tenho também as tuas mãos que tanto preciso beijar
Para finalmente calar a saudade que me traz lágrimas de amor e dor...

Tenho milhares de razões para te amar
E todas me parecem tão perto de mim
Tão perto que me sinto atordoar
Quando sozinho te encontro presente em tudo o que me rodeia...
Tenho milhares de razões para te amar...
E por todas elas te quero amar...

16/Setembro/2004

terça-feira, 21 de fevereiro de 2006

A solidão

Mais um dia...
Mais um pouco de nada.
Vou ter com o mar... ouvi-lo, senti-lo...
E ele não me escuta... passa por mim, indiferente...
Mar, eu estou aqui... não te lembras de mim...
Por favor, não me abandones...
Nem me olha...
Vai sorrindo, nem me viu...

Uma lágrima basta para me afogar a alma...

No céu, o sol diz que não nasceu para mim.
Pergunto-lhe porquê...não há resposta...
Fixo-o com o olhar... tentando desesperadamente
Que a sua luz me ilumine, que a sua luz me cegue eternamente...
E ele esconde-se, divertido, entre as nuvens...

Uma lágrima cai... suficiente para me gelar o pensamento.

A Lua... talvez a Lua me queira...
Corro para ela ansiosamente...
A Lua, tantas vezes companheira dos meus lamentos... da minha dor...
Onde estás, Lua?...
Não vês que preciso de ti...
Fugiu... levando consigo a paz que persigo...

Uma lágrima basta para me inundar o coração...

Oiço um cantar de aves.
Deixo-me guiar pelo som,
O meu coração parece de novo com vida
Mas cantam por quem ainda sabe sorrir...

Uma lágrima basta para me ensurdecer...

Olho para trás e lá está ela...
Espera-me tranquilamente...
Como se soubesse que não lhe posso fugir.
Não me diz nada... limita-se a olhar para mim...
Não sinto raiva... já não sinto dor...
Olho para trás e lá está ela...
A solidão... a solidão...
Que me rouba os sorrisos... que me rouba as lágrimas,
Que todos os dias me mostra ser impossível viver sem ela.

A solidão...
Leva-me... desisto...
Sou teu...
Antes chorar sozinho contigo
Do que sozinho no meio da multidão...

10/Setembro/2004

Que palavras?

Fecho os olhos pensando nas palavras que te quero dizer
Oiço o bater do coração, tão forte,
Que a vida quase me pede para sair e correr atrás do vento...
A angústia tranquila...
Deixa-me triste,
Deixa-me alegre,
Deixa-me sonhador,
Deixa-me feliz.
Na minha pele ainda sinto a tua.
Nos meus lábios ainda saboreio os teus.
Nas minhas mãos ainda tenho o teu corpo.
As palavras escasseam, quando o momento que se vive vale mais que a própria vida.

Que palavra se equivale
A um beijo trocado... a um olhar apaixonado?
Que palavras podem definir o amor quando este está em todo o lado?
Em cada poro, em cada toque...
Em cada instante de intensa paixão ao lado da pessoa que se ama,
Que palavras podem definir a saudade que se sente
De sentir o amor invadir nosso corpo, tomar conta de nós e nos levar à loucura?
Dizer amo-te é pouco para definir
O quanto te quero e desejo,
O quanto dependo da tua felicidade para também encontrar a minha.
Resta-me o silêncio para melhor te fazer parte de mim.
Olhando-te... beijando-te... acariciando-te...
Sentir-te minha e fazer-te sentir que sou teu.
Para sempre, para sempre…

Março/2000

Busco

Busco dentro de mim as razões deste amor que sinto
E encontro-as em ti…
Em ti que existes no meu respirar…

Nenhuma palavra que escrevo te reflecte na plenitude…
Nenhum sentimento que arde tem o calor que brilha nos teus olhos...
Observo-te sereno e tranquilo
E percorro todos os caminhos contigo na minha mão
Voando sobre muros e torres em liberdade total…
Observo-te e esqueço todas as palavras como se desaprendesse de falar…
Sinto a emoção apropriar-se de mim... o amor em cada lágrima…
Sinto-me preso aos teus passos, refém da tua existência…
Preciso de te tocar... de sentir o pulsar da tua pele...

Desejo beijar-te…
Mas meu olhar não perde o teu…
E rapidamente reprimo os meus desejos
Deliciando-me com o prazer
De partilhar contigo um sorriso
De partilhar contigo um silêncio…

Observo-te e sinto-me impotente
Incapaz de te dizer tudo receando ver-te partir…
Porque te amo numa forma de amor que nunca experimentei
Sem ilusão... sem desconforto... sem desconfiança…
Em que cada dia só faz sentido
Se te disser como és única em que cada momento da tua vida...

Precisas sentir que és amada
Pela beleza que se inspira em ti para tornar belas as coisas belas…

Observo-te e busco dentro de mim as razões deste amor que sinto…
E descubro-as no céu, nas nuvens, nas estrelas…
Em todas as coisas que me lembram de ti
Em todas as coisas que passei a conhecer
Depois de as teres ensinado aos meus olhos...
Descubro-as em todos os lugares onde desejava muito que estivesses…

Busco dentro de mim as razões deste amor que sinto
E encontro-as em ti…
Em todas as frases que não consigo articular
E que são as únicas que te queria dizer…

12/Janeiro/2005

domingo, 19 de fevereiro de 2006

Sinto-me desistir

Ouço o meu fado e não o posso aceitar
Porque me doi muito mais do que consigo suportar...
A lágrima que me visita rasga o seu caminho no meu rosto
Atravessa o meu coração e queima toda a esperança que procurava alimentar...

Olho a Lua e nem na sua luz encontro o conforto
Que tanto preciso nesta noite...

Sinto-me desistir
De todo o carinho que ingénuo procurei...
Sinto a última cena deste filme que represento
Deixando todos os meus dias perdidos no escuro
Sem cheiros ou sons que me guiem...
Subitamente, encontro-me sufocado
Por um oceano de lágrimas e mágoas que serenamente me esperava
Desde que a ilusão me fez acreditar que o tinha deixado para sempre...

Sinto uma tristeza imensa que recuso medir
Sinto a falta do amor com que construi os meus sonhos
A falta do amor com que imaginei os meus sorrisos...
Sinto a raiva e a angústia
A vontade de viver sem coração
A vontade de não viver com esta dor
Que há tanto procuro esconder dentro de todas as ilusões com que me engano...
Mas é forte a voz deste fado que ouço...
Invade os meus sentidos... toma conta de mim
E leva-me com ela sem que lhe possa resistir...

Sinto-me desistir...
Vencido pelas lágrimas que não contenho...

5/Novembro/2004

Lágrimas sem sabor

O que faço de novo com estas lágrimas?
Já as sei de cor mas doem sempre mais cada vez que me encontram.
Estou a chorar como noutras noites... como noutras dores...
Sinto a solidão como em outros amores
Sinto o vazio como em outros sonhos...

Mas a dor...
A dor que me sufoca
Que torna as lágrimas sem sabor...
A dor é indescritível
Percorre o meu corpo vezes sem conta tomando conta de mim
Varrendo-me... fazendo-me perder pequenas ilusões que ardentemente guardava...
A dor... a dor...
Vou deitar-me com ela porque não lhe consigo fugir
Vou chorar no seu ombro porque já não consigo viver...

Novembro/1999

Cada momento

Cada momento contigo é mais do que um momento
É uma vida inteira num minuto... num segundo...
Cada toque na tua mão... cada carinho no teu rosto
É uma lição de amor
Cada sorriso que te descubro é um sonho que invento...

Cada momento contigo é mais do que um momento
É silêncio que nos une... palavras que nunca dizemos
Porque o vento as traz nos braços...

Cada momento contigo deixa-me derrotado
Sem vontade de te ver partir
Dominado pelos teus olhos
Preso às tuas mãos, ao teu corpo...

Cada momento contigo...
Irrepetível... indescritível... incomparável...

4/Fevereiro/2005

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2006

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2006

Água fresca

Partiste... finalmente!
Devorarei todos os sonos
Que invejei nas noites alheias...
À luz da eterna Lua
Navegarei entre sonhos de águas frescas...

15/Fevereiro/2006

Lucidez

A lucidez?
Onde está?
Porque a troquei pela inquietação de te perder?…
Será que não leio?… Que não sinto?…
Estas vozes... perdidas no mar…
Puxam-me... levam-me...
Salva-me…
Não me deixes ir…

30/Janeiro/2005

terça-feira, 14 de fevereiro de 2006

És um céu

És um céu
Um céu onde és nuvem... onde és sol
Um céu onde brilhas como a lua... como as estrelas
Um céu onde és luar

És uma floresta
Onde és os pássaros
Onde és as árvores
Onde és cheiro a natureza

És um mar
Um mar onde és as ondas
Onde és o azul
Onde és sabor a sal

És tudo
Um sorriso de criança
Um andar de gazela
Um quadro numa parede
Um toque de viola

És um tesouro
Uma parte maior que o todo
A luz de todos os olhos
O sonho de todas as noites
A chegada de todas as partidas

És uma lágrima
Um sorriso, um abraço
És o amor que se vê
Que se sente e se vive

És as mãos
Que te moldam e te choram
És a saudade que cresce e invade
Traço de pintor
Verso de poeta
És o pôr-do-sol
Abraço num fim de tarde
Bebida quente no Inverno.
És sensações
Um frio nas costas
Um calor no peito
És uma flor de papel
Um tecido de seda
Um barco no oceano
És canção de amor
Voz que seduz
És poema cantado
Poema recitado
És chuva fina
Arco-íris de mil cores
És noite de orvalho
Um beijo pela manhã
Em teus olhos cansados

És tudo o que consigo sentir
És tudo o que não sei dizer

23/Outubro/2004

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2006

Peguei

Peguei na tua mão e colei-a no meu rosto
Cerrei os olhos e com a certeza que move montanhas
E disse amo-te...

Abracei o teu corpo
E naquele instante em que o Mundo desapareceu
A minha alma tocou a tua
E disse amo-te...

O mar veio banhar teus pés e levou-te com ele...
As ondas com as cores da minha dor amparavam o teu caminho...
Fiquei na praia contigo longe de mim...
A Lua olhou-me
Pegou numa lágrima minha
E disse-te...
Ele ama-te...

4/Fevereiro/2005

domingo, 12 de fevereiro de 2006

Rosto...

Beijo no rosto

Uma lágrima beijou o meu rosto
Não sei de onde veio mas lembra-me de ti
Tem o sabor da saudade e lentamente percorre-me a face.
Escondo-me na noite e procuro sentir
Tudo o que os meus olhos depositaram nesta lágrima.
Traz a tua voz, o teu cheiro... e recordo com um sorriso triste
Todas as emoções que descobri perto de ti...
Lágrima de saudade... imensa e única
Porém, o bastante para te trazer num esboço de sonho
Que sorrateiramente me atrevo a sonhar
Quase pedindo licença ao mundo
Para sequer acreditar na simples ilusão de te ter...
Lágrima de saudade com tanto para te dizer
Nela estão todas as palavras que não encontro
Para te mostrar como o meu dia é melhor porque existes...
Uma solitária lágrima... intensa de significado... completa de amor
Porque a choro por ti...
Queria que a visses
Que sentisses o seu calor... que nela ouvisses
O que me preenche o coração...
Uma lágrima surpreendeu-me
Percorreu o meu rosto... tocou os meus lábios...
Senti saudade de um beijo teu
Olhei dentro de mim e sofri em silêncio...

27/Outubro/2004

Inquietação

Procuro entender
A inquietação que descobri escondida nas minhas mãos.
Penso em ti
E um frio louco invade o meu corpo
Antecipando a solidão que já vislumbro e vejo-te desaparecer no tempo...
Tanto te quis dizer antes de ires...
Mas agora já não escutas...
Pressinto a tristeza ao virar da esquina
E penso em ti de novo...
Deito-me na cama e abraço as tuas imagens
Que constantemente se passeiam
Em todos os lugares por onde caminho...
Meu corpo aquece quando ouço a tua voz
Chamar por mim num dos meus sonhos
Olho-te ternamente
Como se os meus olhos fossem donos de todo o amor...
Lentamente vou decifrando a inquietação de te querer
Porque estás presente em todas as partes de mim...
Em cada sorriso meu... em cada lágrima minha...
A inquietação de te amar porque estás presente
No mais profundo de todos os meus pensamentos
No futuro de todos os meus dias...
Guardo esta inquietação com o calor das minhas mãos
Para que não deixes de existir em mim...

29/Outubro/2004

Olhos de solidão

Hoje acordei com olhos de saudade
Escondi-me nas sombras
Para a luz não me mostrar a tua ausência…
Sinto vontade de não ver
Se o vazio do espaço
É tudo o que tenho sem ti…
Sem me aperceber
Caminho em círculos
Dou passos ao acaso
E nas ruas desertas
As pedras no chão
Murmuram palavras que não quero ouvir…
Hoje acordei com olhos de saudade
Com olhos lavados pela dor em forma de lágrima…
Com desejos de te ver num sonho
Te contemplar como a uma musa
E num prazer supremo beijar tua mão…
Uma vez após outra e outra e outra…
Hoje acordei com os olhos no horizonte
Esperando…
Suplicando que as nuvens me tragam um sinal teu
Que os ventos e os mares
Me levem ao teu encontro…
Porque estes meus olhos de saudade
São os olhos com que te amo
Com que te idolatro…
Com que desejo a tua presença…
Hoje acordei com olhos de solidão…

Como explicar

Imensa saudade
Ausência de tudo
Vazio do nada
Tremor da alma
Ansiedade do amanhã
Intranquilidade do agora
Num piscar de olhos todas as lágrimas se soltam
Em cada suspiro murmuro teu nome vezes sem conta...
A espera que sinto no pranto
Os beijos que te prometo em cada secreto pensamento.
A vontade de tudo se em tudo tu estiveres
Como explicar todas as emoções
Que me comandam o pensar
A vontade de te seguir a todos os lugares
Amparo teus passos
Protego teu caminhar...
Como explicar a ideia de te ter
Num sonho perfeito onde o meu amor liberto
Te faça rainha de todos os minutos da minha existência.
Um sonho perfeito... por ti...

17/Outubro/2004

sábado, 11 de fevereiro de 2006

Natal

Neste Natal
Gostava de te dar tudo aquilo que não existe
Coisas inventadas só para ti...
Assim, por exemplo...
Um extintor de lágrimas...
Uma fotocopiadora de sorrisos...
Uma flor verdadeira que nunca murchasse...
Uma fogueira portátil para levares sempre contigo
E com ela aqueceres a tua alma onde quer que estivesses...
Neste Natal gostava de te dar tudo
Aliás, gostava de te dar o Mundo...
Mas não este Mundo...
Que, pelo que vejo, não é bom para ti...
Dava-te um Mundo à escolha...
Que modelarias com o teu pensamento
O verde das montanhas seria o que quisesses
Colocarias no mar a tua quantidade preferida de sal...
E até a melodia das ondas seria aquela que mais gostas...
Sim... um mundo à tua escolha...
Onde desenharias no céu todas as estrelas que quisesses
Onde a Lua seria do tamanho do teu desejo
E o seu luar brilharia nos olhos de todos aqueles que tivesses escolhido
Para viver nesse mundo criado por ti...
Neste Natal
Gostava de te dar a solução da vida...
A paz nos teus olhos... a tranquilidade no teu coração...
Mas não tenho um truque mágico...
Apenas me tenho a mim...
E às minhas mãos... e aos meus braços... e ao meu coração...
Mas neste Natal são para ti...
Para te segurares na minha mão
Se te sentires cair
Para te abrigares nos meus braços
Se te sentires com frio
Para dormires no meu coração
Se precisares de silêncio...
Neste Natal...
Ofereço-me a ti...
Talvez não seja a melhor das prendas...
Mas é um presente com toda a ternura
Com que vives dentro de mim...

24/Dezembro/2004

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2006

Nuvens

Nas nuvens procurei o teu nome
Enquanto um voar estranho me afastava de ti
Olhei interminavelmente para as sombras
Que quase pintavam o teu rosto
Em silêncio busquei a tua respiração
Esvazio-me aos poucos
Recolhendo em cada vento peças deste tormento para onde me encaminho...
No mar tão longínquo procurei as tuas formas
Nas minhas mãos senti a falta das tuas...
Nesta viagem de errado destino
Tudo me parece trocado
Deixo tudo o que tenho em mim
E parto para perto de nada...

11/Outubro/2004

Finalmente tu

Leio nos teus olhos a força dos ventos
Uma criança assustada... um carinho escondido...
Vejo no teu rosto a esperança dos teus dias
A procura do amanhã... a ansiedade da espera ...
Sinto no teu sorriso o pulsar de um coração
Um tesouro perdido... a vontade de viver...
Leio nas tuas mãos um toque receoso
O vazio de um abraço... a paixão que sonhas...
Vejo no teu corpo a música que vive em ti
A profundidade dos mares... o mistério de ti própria
Vejo em ti que o que escondes é sinfonia...
Vejo em ti que o que reprimes te menospreza...
Segue o teu penhasco favorito
Pede conselho ao sábio dos mares
Sente a força libertadora da vida...
Quando finalmente fores tu
Na plenitude de todo o teu ser
As aves no céu imitarão o teu voar...
Quando fores finalmente tu
E a paz reinar em todos os teus pensamentos
Serás certamente
A mais bela das mulheres...

5/Outubro/2004

Morri por ti

Morri por ti... palavra açucarada
Morri na amargura do teu arame farpado...
Olhei as fendas do teu sorriso
E esventrei o meu caminho de papel...
Colhi a chuva que plantei
E depositei-a em vasos feitos de amanhãs perdidos...
Agora escuto as portas que batem ao vento
Falam-me de cores que nunca misturei...
Vou ver...
Atento...
Curado...

8/Fevereiro/2006

terça-feira, 7 de fevereiro de 2006

Sentei-me...

Sentei-me com as palavras

Hoje sentei-me
Com as palavras que conheço...
Olhei-as nos olhos
E perguntei-lhes por ti...
Quis saber quais te descrevem
Quais te conhecem...
Quis saber que palavras
Te dizem... te vivem...
Quis saber de que palavras
São feitos os teus olhos
Que palavras moldam o teu corpo...

Sentei-me com as palavras que conheço
E perguntei-lhes porque me fogem
Porque se envergonham perto de ti...
Porque me deixam só e trémulo
Quando a tua presença faz transbordar
O mar que trago dentro de mim...

Hoje sentei-me
Com as palavras que conheço
Olhei-as nos olhos...
Nenhuma delas sabia de ti...
Afinal, são apenas palavras...
Enquanto tu, meu amor...
És sonho... magia... fantasia...
És tudo...

25/Janeiro/2005

Eu amo-te

Eu amo-te
É o que me diz o vento
Que corre como louco
Cantando o teu nome...
É o que me diz o céu
Quando as nuvens
Compõem o teu rosto
É o que me dizem as flores
Quando cada pétala
Tem o cheiro da tua pele...
É o que me diz o mar
Quando o murmúrio das ondas
Imita a melodia da tua voz...
Eu amo-te
É o que me diz cada lágrima do coração
Cada suspiro da minha alma...

5/Dezembro/2004

Espero por ti

Espero por ti
Sem ansiedade
Tranquilo fico escutando
O murmúrio das árvores
O canto das aves
Sem ansiedade
Vou completando tua silhueta
Em cada sombra
Sentindo o teu perfume
Em cada brisa...
Fecho os olhos
E a ternura com que te quero
Invade todos os meus sentidos...
E sinto o meu corpo inteiro num sorriso...
Espero por ti
Sem ansiedade
Sem pressa
Com vontade de guardar
Todos os teus segundos como pedras preciosas...
Com vontade de te mostrar
As lágrimas que guardei para ti...
Espero por ti
Tenho um beijo
Que muito te quero dar...

2/Novembro/2004

Coração, triste coração

Coração, triste coração,
Como te iludiste...
E agora estás ferido,
Sangrando pelo chão,
Lembras tudo o que sentiste,
E sentes-te perdido,
Profundamente enganado.
Sentes-te só, desesperado...
E eu, como achas que estou?
Que sonhos posso sonhar,
Se nem quero dormir?
Se já nem sei quem sou,
Se tudo o que tenho para me dar
É esta vontade de me extinguir.
A vontade de passar pela vida
Sem ela dar pela minha partida.

Coração, meu triste coração,
Bates sem saber porque o fazes
Vais lutando contra a desilusão
Sem saberes a dor que me trazes,
Sem saberes que cada batida
É faca que sinto cravada
É sentir a minha alma queimada
É mágoa que já me é querida.

Coração, ingénuo coração
Pensaste que era felicidade
Acreditaste na ilusão,
Ignoraste os sinais de verdade,
E, subtilmente, foste fugindo.
Julgando ser esse o teu destino,
Sem força foste perseguindo,
Uma alegria sem razão,
Com fé foste peregrino.
Mas a tua fé esgotou-se,
As forças duraram pouco
O milagre que pedias esfumou-se
E agora sentes-te como louco...

Coração, triste coração...
E eu, o que faço então?
Em ti confiei, em ti acreditei
E tudo o que tenho para viver
É a dura lembrança do que amei
É um terno ódio que me derrota
Esta sensação de estar a morrer
e em que já nada me importa...

Coração, triste coração...
Não te oiço mais...
Espero teres aprendido a lição...
Segue o teu caminho
Nem quero saber onde vais
Que eu fico... sozinho...

10/Setembro/2004

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2006

Lágrimas

Lágrimas
Uma após outra
Arrefecem a minha alma
Anoitecem a minha vida
Dormente
Vou ficando sem respirar
Esperando que a noite chegue finalmente
Para nela me esconder
E nela tentar perder a mágoa
Que me devora
E me tira a força
Para simplesmente viver...
Tento serenar a dor que me preenche o peito
Tento segurar as lágrimas
Que incontidas continuam a correr.
Meus olhos já não aguentam saber
Que nada têm para ver.
E vão chorando sem parar
Todas as dores que nunca choraram...

25/Setembro/2004

Sombras

Fixei as sombras do meu quarto
Senti o teu cheiro numa delas
Fechei-me no silêncio
E procurei a tua voz
Porque dela preciso
Porque dela me alimento
Senti as tuas mãos
E nelas vi a luz da lua
Que suavemente me ilude a solidão...
Acaricio o teu rosto no meu pensamento
Como se fosse o meu respirar
Queria ter-te aqui
Para te tocar
Para te entregar o que não sabia ser meu
O que julgava perdido entre a névoa do passado.
Lentamente
Uma dor no peito
Acompanha o meu olhar
Fico tentando vencer a tua ausência
E te busco
Mesmo sem certeza de te encontrar.
Porque não quero relembrar as lágrimas
Que amanhã vou chorar
Quando acordar sozinho
Sem o teu sorriso
Que tanto me ilumina.
Sem o teu coração
Que tanto me abriga.
Fugiram-me as sombras
Sinto-me perdido
Sem uma esperança de ti...

19/Setembro/2004

Espero

Espero por ti
Nesta noite sem luar
Dia sem sol
Praia deserta
Casa abandonada
Estrada fechada
Espero por ti
No silêncio
Na escuridão
Segurando nos braços
A inexistência do todo
Sentindo a dor
O medo da dor
A loucura do medo
Espero por ti
Nesta esquina
Naquele penhasco
Num qualquer banco
Deitado na solidão
Espero por ti
De mãos ansiosas
Olhos sedentos
Coração suplicante
E esta alma soluçante
Que grava teu nome
Em cada pensamento
Espero por ti
Teus olhos
Teu sorriso
Tua magia
Tua voz
Espero por ti
Vida
Amor
Paz
Espero por ti
Claro!

5/Dezembro/2004

domingo, 5 de fevereiro de 2006

Cabeceira

Tenho à cabeceira o teu sorriso para me guardar o sono...
É ridículo, talvez...
Mas ele guarda-me os sonhos...
Toma conta da criança em que me tornei...
Seca as lágrimas tontas que choro sem saber bem porque as choro...
Pega na minha mão
E enche-a de doces e guloseimas...
De ternuras e carinhos...
É o teu sorriso!...
Aquele que um dia amanheceu na minha alma
E curou a cegueira dos meus sentidos ...
Que posso fazer?
Diz-me...
Se o teu sorriso é tão mais que um sorriso...
É a razão da harmonia entre tudo o que faz de ti mulher...

22/Março/2005

Num poema de amor

Foi num poema de amor que senti de novo a emoção
De te ter junto a mim... de te tocar
E sentir a tua respiração em cada um dos meus dedos....
De sentir o mel do teu corpo em cada um dos meus beijos.

Foi num poema de amor
Que teu olhar de novo me arrepiou quando entraste na minha alma
E descobriste todas as minhas fraquezas
Quando o teu olhar me acarinhou com todo o calor das estrelas
E enxugaste as minhas lágrimas com o teu doce sorriso...
Num poema de amor encontrei todos os momentos que te dedico
Todas as palavras onde te invento...
Encontrei todo o mundo que vi nos teus olhos
Toda a paz que roubo aos teus gestos
Toda a serenidade em que vivo apenas por saber que existes...

Foi num poema de amor que revi os traços do teu rosto
E em todos eles revivi a certeza dos meus passos
Em todos eles me abriguei da pior das tempestades
Foi num poema de amor que de novo beijei a tua boca
Que de novo senti a doçura da tua alma
Que de novo fiz amor contigo...

20/Outubro/2004

Fica comigo

No teu olhar vi luzes desconhecidas
Nas tuas mãos senti o toque das sedas
Na tua boca provei doces sabores
No teu corpo encontrei linhas perdidas.
No teu coração deixei o meu
No momento em que te vi
No momento em que te senti respirar...
Tranquilo beijo-te... sem ansiedade abraço-te...
Com amor quero-te... desejo-te.
Oiço-te nas notas de uma música
Sinto-te no vento que me toca,
Sinto-te nas estrelas... no sol... na noite... no dia...
Sinto-te tão perto que quase acredito que estás mesmo aqui...
Imagino-te à luz de uma vela
Imagino-te à luz da lua
Imagino-te no escuro dos lençois
As lágrimas que choro são súplicas... são desejos...
Fica comigo...
Sempre...

Janeiro/2000

Para ti

Gostava de ser poeta
Para falar da luz do teu sorriso
Do brilho dos teus olhos,
Do doce da tua boca,
Gostava de fazer um poema,
Para escrever sobre o mel da tua pele
A suavidade do teu toque...
Ou então ser pintor,
Para retratar as ruas por onde andas,
Os jardins onde passeias...
Também podia ser escultor
E esculpir cada gesto teu... cada olhar
A maneira como me delicias só de te ver...
Queria ter o talento de fazer arte
Com todo o amor que sinto por ti...
Mostrá-lo a mundo...
Mas não o tenho...
Tudo o que tenho é o sorriso por me lembrar de ti,
A alegria de te sentir minha
O prazer de me sentir teu.
Queria ter muito mais do que isto para te fazer feliz.
Para que saibas que te desejo... te quero...
Dou-te o que demais precioso tenho hoje.
Esta lágrima teimosa que me surpreende de vez em quando
Que me faz sentir tão triste e tão feliz.
Guarda-a... toma conta dela...
É por ti que ela cai..
É para ti que ela cai...

Maio/2000

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2006

Grito em teus braços

Grito em teus braços
A solidão que me consome...
O silêncio em que vivo...
É o amanhã inexistente!
Preciso das tempestades e dos ventos nos meus olhos
Preciso de sentir o gelo na alma... profundo... cortante...
Guarda este instante no teu dia
Não o afastes de ti!
É amor sem grades
Que te ofereço num pedaço de mim...

17/Março/2005

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2006

Difícil

Difícil...
Estou a tentar falar do que sinto
Sem que o que sinto me atraiçoe.
Sinto-me lutar para não dizer
O que tenho vontade de dizer...
As palavras que quero falar
São as palavras que não consigo falar.
Fecho os olhos e tento
Fecho os olhos e lamento.
Vem ouvir o que te quero contar
Sem que tenha de o fazer.
Pensamentos de amor
Misturam-se com restos de dor.
Sorrisos escondidos
Soltam-se a medo
Para logo fugirem para parte incerta.
Sinto um vazio que quero preencher
Mas não sei se deva ou possa.
Vou em louca jornada
Atrás de uma voz longínqua que parece chamar-me...
Talvez volte para finalmente te dizer
Amo-te...

13/Setembro/2004

Em ti

Em ti, vejo a harmonia dos céus... o verde das montanhas
Comparo-te ao voar de uma águia
Imponente... dominadora...
Ao silêncio dos mares... à beleza de um luar
Onde te vejo sorrindo...
Mas também sei que serás chuva... trovoada e tempestade...
Porque de ti fazem parte os dias e as noites, o sol e a lua
Em ti, vejo céus nublados... ventos fortes... chuvas copiosas...
Mas também sinto as manhãs de Outono
As tardes de Primavera... as noites de Verão
Vejo as folhas caídas... as rosas que amanhecem
Vejo uma janela molhada... uma lareira acessa
Em ti, sinto o calor
Em ti, sinto a frieza
Em ti, te sinto reunião de todos os traços
Que te tornam aquilo que és...
E que tanto me fascina sem me iludir
Em ti, vejo o que me mostras...
Vislumbro silhuetas do que tentas esconder...
Em ti, vejo mãos que me enternecem
Em ti, vejo conjunto de tantas coisas inexplicáveis...
Mas reais...

15/Dezembro/2004

Aprisionado...

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2006

Aprisionado

Fiquei rendido
Perto de ti... derrotado...
Penso na tua voz
E meu corpo estremece
Penso no teu olhar
E meu coração se embriaga
Penso em ti
E a minha alma sorri...

Fiquei rendido
Ao verde dos teus montes
Ao azul do teu céu
Ao voar das tuas asas...
Fiquei vencido
Pelo murmurar do teu rio
Pela força do teu vento
Pelo deslumbrar do teu amanhecer...

Fiquei vencido
Pela certeza das tuas palavras
Pelo calor dos teus passos
Pela leveza do teu gesto
Vencido
Pelo silêncio que me provocas
Pelos sonhos que me conquistas
Pelos desejos a que me obrigas...

Fiquei rendido, vencido...
Aprisionado
Aos momentos que me ensinas
Às horas que contigo não passam
Aos mistérios que em ti abrigas.

Fiquei rendido
A ti... a tudo o que possuis
A tudo o que constróis... a tudo o que és...
Fiquei rendido
À tua essência, ao começo de ti
Ao ponto de partida de todos os teus caminhos
Fiquei rendido...
Sem pensamentos que não te pensem
Sem sentimentos que não te sintam...

13/Outubro/2004